quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Game Over



Auspicioso o momento de agora: O mundo vai acabar, mas será que daremos, ou teremos a chance de dar um reset nas nossas vidas, nas nossas realidades?
Não sou fã de crendices e certamente não acredito no deus de todos, mas acredito que tudo pode melhorar por nossas mãos. Somos ou não temos o livre-arbítrio?  Eu tenho certeza que temos e mais ainda certeza que somos semelhantes por sermos tão diferentes.
Ouvimos uma música que não gostamos, odiamos, e desde logo traçamos a linha reta da reprovação. Desgraçamos que joga papel no chão! Mas não dispensamos aquela cervejinha ou aquela "carreirinha" de... Pois é.
O "apontamento" é o esporte coletivo preferido! "Aquele é isso!" "Esse é aquilo!" E mesmo assim, você, pobre e mortal, acha que o mundo vai acabar? O mundo já acabou faz tempo, só nós que não percebemos.
Um mundo feito de consumo. Um mundo feito de paredes, agora virtuais, que cada vez mais nos afasta. Um mundo da fome, da desigualdade de pensamento e da ganância. Um mundo dos crentes e do dinheiro. Um mundo da paz sem amor, ou do amor sem paz.
Vivemos no fim dos tempos, pois desde que o homem pôs os pés nesse mundo, ele só pensa em destruí-lo. Floresta, macaco, rios ou mares?! Pra quê? Qual o seu mundo vai acabar amanhã? O mundo do Iphone ou do Galaxy? O mundo do android e do facebook?
Nos importamos com aquele mundo que está na sala? Com as pessoas que não cumprimentamos nas ruas? Um bom dia sincero pode salvar o mundo, sabia? Alguém pode estar esperando ser lembrado por você, em uma simples ligação, mas o orgulho não deixa...
O mundo é feito de fins e recomeços. A minha vida já terminou várias vezes. A sua também. Quem nunca perdeu alguém? O mundo acabou... Quem nunca esperou por quem não veio... O mundo acabou...
Não, o nosso mundo não vai acabar amanhã. O nosso mundo jamais acabará. Estamos fadados a vagar pelo universo indefinidamente, assim como minhas palavras...
Mas é o fim do mundo importar-se com cores ou procedências. É o game over da vida querer achar ser melhor ou pior; somos iguais na realidade que nos faz sonhar.
O mundo acaba quando a gente quiser. Deus?! Certamente tem coisa mais importante pra fazer do que ver tanta gente, pequena, se "matando" por besteira. Deus olha pro pobre e pro rico, mas só dá a mão, para salvar do fim do mundo, quem dá a mão ao seu semelhante.
Mas caso o mundo acabe amanhã, espero não encontrar todos do facebook por lá.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Zoom demais ou pixels de menos?



Quantos dias são precisos para enfrentarmos novos dias? Quixadá precisou de 12 anos para acordar, e mesmo assim, não é certeza que iremos mudar. A vontade está ai; os dias estão passando, como sempre, e nós diplomando nossos representantes mais uma vez.
A justiça foi feita, assim como em outras vezes que pensamos estar feita; nossos representantes agora estão legalmente diplomados nos respectivos cargos e só nos cabe, agora, ajudar e reza para que tudo dê certo.
Não precisa fazer muito. Precisa fazer sempre o melhor...
Dei um zoom na foto do diploma do nosso prefeito, João Hudson Rodriguês, ex João 10, mas não consegui ver o que dizia... Faltava mais alguns pixels na foto, mas não me faltou imaginação!
Lá, no diploma, diz que o povo, investido no poder democrático e na vontade pelo desejo de mudança, elegeu, ao 7º diz do mês de outubro, João da sapataria, o melhor prefeito de todos os tempos!
Lá, agora menos irreal, diz que o povo, cansado de sofrer, vem por meio desde, passar a chave da cidade a alguém que tem a OBRIGAÇÃO de ser honesto, probo e saber respeitar os votos contrários e a seu favor!
Lá, agora do jeito que é, diz que alguém venceu; diz que o Juiz da comarca titulou; diz que o povo quis; diz que estaremos de olho; diz que os erros acontecerão, mas por humanidade e não por maldade.
Na diplomação que não vi, não estive presente para ver, certamente trás uma OBRIGAÇÃO contratual, onde o povo dá o direito ao João 10, de trabalhar dia e noite por um Quixadá melhor e maior que este que vemos hoje.
Tristemente, nós, o povo, passamos às suas mãos João, uma cidade parada a 12 anos. Uma cidade que desaprendeu a ser grande, encontrando grandeza apenas nos problemas e na distância que a separa das outras cidades...
Quixadá, hoje, é sombra perdida na claridade em que o país vive; é rastro, ao invés de caminho; é réstia e alvorecer.
É triste a realidade, assim como é belo o futuro.
Nós, quixadaenses, de todas as cores e legendas, desejamos luz, paz e sapiência para seguir essa estrada.
Hoje, teu papel, teu diploma e teu orgulho, são a esperança  deste  povo pelos próximos 4 anos.

www.carlosdemilao.blogspot.com

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Nada demais



Vejo umas asas decoradas;
vejo adornos inúteis.
Vejo e quem vejo, caladas,
por meio de palavras fúteis.

vejo surgir, de leve e extenuada,
vejo a rena e a passarada!
vejo, lá longe, sem entender nada,
os palhaços e os homens.

mas se fecho os olhos sou santo.
se abro o coração sou humano;
cubro-me de promessas e estou perdido.
não há abrigo.
não sou, nem tanto,
mas assim, eu me amo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Ser diferente, ou se achar diferente, não é novidade na vida de ninguém. Novidade é aceitar que somos todos iguais.

sábado, 1 de dezembro de 2012

"Estava aqui pensando..."



Para alguns, pensar, pode ser um verdadeiro "milagre". Para outros tantos, e que são a maioria, pensar é algo normal e cotidiano.
Eu poderia dizer que pensar é tão normal quanto andar, mas não poderia saber, da mesma forma que vejo as pessoas andando, o que e como as pessoas pensam.
Escrevo isso, por achar que: ou pensamos demais, ou pensamos de menos, ou simplesmente pensamos.
Aos que pensam muito, é fadonho o quase ritual do pensamento. Verbetes incomensuravelmente debitados no fundo da mente; palavras inequívocas e surreais; o pensamento é um verdadeiro "acontecimento filosófico"! A razão é uma profusão e de nós emana, como se fôssemos deuses... O pensamento é para nós, é um escravo da razão. Nesse caso, somos PENSADORES.
Quando de menos pensamos, o tal vernáculo se torna reticente. É o simples afazer cotidiano e monótono, que alguns "bestas, tentam dizer que sabem mais que nós!", é um saco parar e fazer isso! Mãe, pai, e todos os incomodados com nossa vida, querem porque querem nos ver, pensado. É a eterna rebeldia, transtornada e transformada em desmantelo! Nesse caso, somos os INFELIZES.
Agora, se você chegou até esse ponto do texto, parabéns! Você não vai ganhar nada, mas também não perdeu nada. Simplesmente pensou e parou um pouco pra pensar! Não fez mal, não fez bem, mas vai fazer diferença.
O pensamento é uma simplicidade de tons; um dever pessoal, e não um estrondo emocional. Problemas?! Pare e pense. Dilemas?! Pare e pense. Emoções?! Viva-as, mas não deixe de pensar.
O mundo é multicolorido. O pensamento é uma diversidade em meio a iguais. O que nos diferencia é o modo no qual agimos a todos esses estímulos. Uns acham que sabem demais, outros pensam que sabem demais, mas no fim, todos apenas vemos que não temos o controle de nada.
 Eu queria pensar mais, e pensar menos; agir mais não adianta, e se agir menos eu paro de vez!
Quero que sejamos TOLERANTES, pois assim, o pensamento será comum e humanitário. Não adianta um mundo tão grande, com pessoas pequenas e de mentes gigantescas! A maioria dos nossos problemas pode ser resolvido com um gesto: pensar no próximo. Se vemos alguém em dificuldade, e pensamos "poderia ser eu", e ajudamos, fazemos o que estamos aqui pra fazer: o nosso melhor.
O meu pensamento é esse, e o seu?

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Barretinho.




Causa estranha essa vida: cumprida, dolorida...
O debate é sempre chato: "ingrato", "te mato"...
É sofrer de parto em parto,
um querer sorridente,
pois não falta gente
querendo nosso retrato.

E assim de sonho em sonho, corro livremente:
vivendo felizes e chatos, mas sempre indo em frente.
Comendo o "diabo", sofrendo "absurdo"!
sonhando acordado, com amor do mundo...

Eu defendo, ou ataco?
Sorrio, ou choro?
"Saudade, eu te imploro, não vás jamais!"

domingo, 28 de outubro de 2012

Dilma, a próxima vítima da manga?


Eu sou muito burro e incompetente! Não consigo separar a compra de votos por meio de dinheiro, e a compra de votos por meio de ameaças. O PT quando ganha, é a vontade do povo; o PT quando perde, é o abuso do poder econômico. Mas vem cá, vocês nunca estão errados não? O povo não pode se cansar de vocês?
Por 3 vezes o povo do Brasil não quis Lula. Na 4ª vez, por pena, claro, quis. Quando o Lula ganhou, foi o povo quem quis; agora que o poste perdeu, foi abuso do poder econômico. Aqui o PT jamais ameaçou: " se o 45 ganhar, eles vão acabar com o bolsa "esmola"". Aqui e em outros locais do país jamais teve isso! O PT jamais comprou um voto se quer! Joaquim Barbosa, seu mentiroso! Marcos Valério, seu santo! Lula não sabia de nada, e nem eu sei.
Luiziane escolhida a prefeita mais odiada do país, e mesmo assim o Roberto Cláudio comprou todo mundo. Fortaleza só o buraco e mesmo assim o poste ia ganhar! Ganhou foi nada.
Duvido que o povo tenha se conscientizado, mas o povo não aguenta mais servir de massa de manobra pra petista. Rui Falcão: "Atacar o PT é atacar o povo!" Atacar o PT é bater na mentira. Os ideais petistas se foram e com eles ficaram os dólares na cueca.... Inocentes, pobres e indecentes. Mas sempre estão nas páginas da corrupção.
Fortaleza bela? Shows superfaturados na passagem do ano? R$ 714 mil por um show do Caetano Veloso?
Uma coisa é certa: É muito melhor um mal de verdade, do que um mal mentiroso. Eu prefiro uma verdade ruim, do que uma mentira travestida de bondade. Nesse mundo feito de mentiras, não existem inocentes; mas nem todos somos farinha do mesmo saco. O PT se acha acima do bem e do mal, mas pra mim, não são um mal necessário. Dilma, prepara-te, pois o teu dia vai chegar...  #CHUPAESSAMANGAAMARELA

sábado, 27 de outubro de 2012

Pinguim versus Poste



Procurei, e quem sou eu para o contrário, não comentar e nem me envolver na disputa a prefeitura de nossa capital. Não moro lá, e acho justo que apenas as pessoas de lá e que lá votam, se envolvam nisso. Digo isso, pois durante toda nossa campanha, do povo 10, condenei as tentativas malogradas do candidato DERROTADÍSSIMO, de tentar influenciar os munícipes, com depoimentos e visitas de pessoas que nem aqui votavam.
O ex-presidente Lula não pensa assim; esse tal de Elmano, que a Luiziane chama de poste, também não. Poste... Pois é... Está certo que estamos falando da capital alencarina, mil vezes maior que nossa Quixadá, e com um peso político gigantesco!
Mas cada cidade tem seu valor, e sou mais a minha cidade.
Aqui a vida é pacata(já foi); é sertão selvagem e povo hospitaleiro. É pedra sobre pedra! É verão e seca! Lá, na capital, tem poste, tem banquinho pra candidato ficar maior, tem militância, tem mala com dinheiro, e pasmem: O cuecão também estava lá!
A política, podre e sem gênios, é feita pelo puro interesse de ganhar, obter poder a todo custo. "O povo..." Alguém acredita que eles, os políticos que disputam a prefeitura da capital cearense, estão preocupados com o povo? Falam em investimento, hospital da mulher(aqui eram 2 hospitais), em parceria do governo federal(aqui já tinha um hospital pronto pra vir, com papel assinado pelo senador pimentinha), mundos, fundos e todas as pompas possíveis! Mas é tudo farinha do mesmo saco, estavam até pouco antes das eleições do mesmo lado, ou melhor, lado a lado.
Mas eles não tem o que temos: Um humilde. Eles não tem o João 10! Eles não tem um homem do povo, e talvez jamais terão.
Lá, o Lula é quem vai decidir pelo povo. O Cid é que vai decidir pelo povo. Aqui, ministro, senador, deputada, deputado e até mesmo o Lula tentaram, literalmente, mas o povo quis ser soberano e não escutou o canto da sereia.
A capital cearense tem as muito mais filas nos hospitais, por empregos e por as esmolas do governo federal, que aqui. A cidade é maior e os problemas também. A pobreza de lá é muito mais complexa. Já a nossa pobreza, não é nada comparada com a da capital. Temos uma possibilidade de mudar muito mais rápido, de fazer muito mais pelo povo.
O meu prefeito conhece o povo e o povo o conhece. Aqui nos conhecemos pelo nome; lá, eles se separam pela marca da roupa. Nossa cidade teve um povo soberano; teve seu dia da independência, mesmo que tardia.
Minha cidade não é tão bela quanto Fortaleza, mas é minha e a partir do dia 1 de janeiro será de todos nós.
Minha Quixadá é tranquila, não tem orla, nem mar. Mas tem a beleza do cedro, da galinha, do cruzeiro, do santuário e de um povo que soube querer ser feliz.

142 anos e uma esperança.


 
 

Emancipar. Separar, e até agora ainda depender? Difícil. Quixadá hoje, em nada lembra a cidade de quando eu nasci. Quase todos os casarões foram derrubados; as praças destruídas pelas pedras portuguesas e nada mais. O açude abandonado e desrespeitado, saúde sucateada, buracos centenários nas ruas, e entre mortos e feridos o povo ainda tem esperança... Ow povo pra sofrer!

O povo quis mudar, ou será que apenas mudou de lado? O povo está sendo sábio ou apenas está sendo esperto? Só ao povo cabe a mudança; mudar o prefeito e um partido, não mudará nada, se o povo não fiscalizar. Nem começou e eu já estou cobrando.

Os dias de oba oba terminaram. Daqui pra frente é tentar recuperar os 142 anos de história. Não dá mais pra fazer um colégio aqui, outro ali e achar que está ou que mudou a história da educação da cidade. O povo pode até se enganar com reforma de praça, de colégio ou ampliação de qualquer coisa que seja, mas eu não.

20 dias se passaram após as eleições e somente se escutam boatos. Fofocas e maus agouros. Uns ressentidos pela derrota, outros contentes com a vitória e onde estão os que estão preparando o nosso futuro? Vão ficar comemorando até quando? Os que perderam vão ficar esperando o circo pegar fogo? Eu quero é ver trabalho com pessoas honradas e sérias, e não ficar de palhaçada o dia todo! Talvez não saibam ou não tenham visto ainda, mas eu ainda estou dando de comer aos que pedem comida na minha porta.

Educação é uma lástima. Hoje, poderia se fazer, nas escolas  públicas da cidade, um simples teste de tabuada. Sabe qual o resultado? Vou nem dizer pra não passar vergonha. A cidade está cheia de faculdades, mas a principal formação tem que se dá na formação do cidadão. Somente o cidadão bem nutrido de educação pode mudar o seu meio social. Alguém nutrido de festa e oba oba, vai ser apenas mais um zumbi.

Alguém pode até achar ruim eu estar reclamando agora, mas não estou muito preocupado com isso não. Estava preocupado quando havia a possibilidade do atraso voltar a ocupar a cadeira de prefeito, mas como isso não vai ocorrer nos próximos 4 anos, temos que aproveitar e avançar. Há muito que se fazer e 4 anos, frente ao atraso de 142 não é nada!

A cidade perde em todos os quesitos para nossa vizinha. Aqui, praticamente não há nada em termos de benéfices públicas. Nem carteira de identidade se consegue por aqui; pelo menos não com muito sacrifício e espera.

Quixadá é hoje um exemplo de autodestruição. Viver é bom, mas viver bem é melhor ainda. Hoje não é um dia de comemorar. Orgulho temos de nossa cidade, mas orgulho do povo e lembrança dos amigos, nada mais. Muitos saíram daqui para tentar uma vida melhor em outras cercanias. Sempre foi assim? Sempre será. Mas nem todo mundo pode comprar um Troller,  pra enfrentar essa buraqueira! Lembremos: buracos centenários!

Espero sinceramente que todo esse mal tenha passado, e que os novos gestores andem pelas ruas e pelo povo. Não merecemos mais sermos enganados pelo Petismo, já chega! O atraso passou... Será? Fiz o que pude para que isso seja verdade.

Ontem quis o verde da minha esperança. Eu disse que a esperança era 10. Hoje o verde é apenas uma lembrança boa, queremos uma realidade. O povo também soube ver isso, e é assim que será pelos próximos 4 anos. Lembrem-se, meus amigos futuros gestores: O mesmo povo que vos acolhe, pode muito bem lhes abandonar. O povo é sábio e eu não sou burro.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sábia mamãe...



"Mãe, o menino me chamou de viado." "E você é, meu filho?" Daqui eu posso tirar muito do que mamãe me deu: EDUCAÇÃO. Mas posso tirar um pouco mais: AMOR-PRÓPRIO. Mas a maioria, tiraria sangue de quem dissesse isso.
O mal causa destruição, mesmo que ela seja necessária. A dor causa mágoas e desavenças, mesmo que elas sejam necessárias. O sofrimento faz bem, enquanto seja construtivo... O mundo é grande demais para que os detalhes sejam vistos por todos. Somos diferentes, justamente por sermos iguais. Existem, claro, pessoas especiais, da mesma forma que existem males insanáveis. Acreditar, é todo que precisamos. Perceber, é tudo que normalmente não queremos.
Vivemos no país das cotas. Mas vivemos no país da intolerância? Vivemos no país dos ladrões. Mas vivemos no país do povo desonesto? Vivemos no país dos boêmios, mas não vivemos no país dos filósofos... O nosso Sócrates... O nosso Ulisses... Somos um país de escravos do poder; poder que deveria emanar no povo.
Mamãe se perdeu na conversa, mas ela sabe que alguém perdido não deve procurar o mal. A luz se apagou, mas nem por isso me achei distante ou separado do resto do Brasil. Alguns se importam com os comentários ou com a INTOLERÂNCIA dos mal-educados, e eu me importo com quem se importa.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Podemos ser tudo, inclusive nada.



Efêmera a alegria sem sentido. Somos assim: Mil sentimentos, muitos amigos, inúmeros amores e poucas alegrias. Rimos de nós e sorrimos para nosso futuros algozes... Sonho de vida ou viver de sonhos? Não há como se saber o que vem amanhã, mas o que se faz, aqui se paga.
Ditados, deitados, correntes de pensamento; em tudo somos apenas as sementes de novas ideias! O que quero dizer? Nem eu sei. Mas vamos "divagar" como a dor, pois o santo é de barro. E se se vai longe andando devagar, imagine se corrêssemos todos os riscos! Mas os riscos marcam, assim como a alegria sem sentido...
O poeta sorri para a dor, a mesma medida em que a dor lhe destroi.
Dor só me serve se for doída, tingida e fingida de amor...
Não quero sois pontes, indigentes ou festins;
quero sois alegres, entregues pra mim.
Não há espaço para lides, pois as miríades estão ao meu lado; e ao meu lado há rancor, pressa e alegria. É o raiar do dia, a má formação das nuvens. É o meu canto paginado e vergado em pranto. A dor é imensa, e minha crença pequena. E os meus problemas... Não existem, mas de moram comigo. Amo-os e os maltrato. Esses são os fatos e os estratagemas pessoais contra mim... São meus, os problemas, coisas sem fim.
Efêmera alegria que dura sem sentido. Se foram os amigos; se foram, não sei se eram. Sou apenas uma e não mais de mil. Já tive outros amores, mas como esse, vil, não dá pra sentir mais que isso.
Amanhã, como tudo igual, saberei que sou humano e como tal, erguerei os meus castelos com as pedras que atire; vencerei meus duelos, pois me sou o rei!
O poeta medita com a dor, a mesma do que lhe vende sem apreço, ou suor, e apenas sente.
A dor que já fora doída, vivida em desamor...
Hoje é lua escura nua crua virtua intrusa que petrifica.
Esqueças os sois alegres, pois só há rancor nessa promessas! Vamos, tenho pressa!
Amanhã, dia frio.
Efêmera alegria, que contagia, e se transforma em dor,
fizeste tua paz, e nunca mais se foi.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Memorando de lembranças.



No silêncio de uma pausa
Um triste fim de caminhada.
Uma busca pelo relento,
no pensamento e na calçada.

Digo que não, mas tento,
Na surdina madrugada
entender se me sustento
na dor ou no abandono

Não é o que me tira o sono,
nem o que me deixa inquieto.
é o que me consome por completo.

Pois ao ter uma irá sem dono
Não sou além de mim...
Quem dera viver assim....

P.S. Pra sempre.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nada mais triste que a INTOLERÂNCIA.



Chegando do trabalho, deparo-me com esse câncer chamado intolerância. Um câncer racista, promiscuo e imbecil. Refiro-me a uma foto que compara João Hudson Rodriguês(João 10) e o ex-prefeito Ilário Marques(13). Um comparativo infeliz e desumano. Ilário ganharia do Lula, ou não? Comparar escolaridade? Comparar experiência política? Porquê? Ilário foi prefeito, a
lguém duvida? João nunca foi. Mas Ilário já foi comerciante? Ilário já foi empregador? 
Ilário foi tão bom prefeito que deixou a prefeitura em total ordem. Dr. Rômulo destruiu a cidade em poucos mais de 1 ano e meio? Ou não era Ilário que esteve por lá por dois anos? 
O que João 10 não tem é experiência em mentir. O que João 10 tem é vergonha na cara pra não roubar! Agora falar em escolaridade? Coitado do Lula... E não foi a ele que Ilário precisou recorrer esses dias pra mandar uma carta para a população? Onde está a sua experiência Ilário? Você precisa ir pedir ajuda a um ex-torneiro mecânico? Você não é advogado? Você não tem história? Pra que ir pedir ajuda a um semi-analfabeto? Você precisa de ajuda pra ganhar do João 10? Vem só cara! Traz contigo essa corja que planta esse tipo de foto. Traz esse tipo de intolerantes pra urnas e vamos ver quem ganha.
A intolerância já matou muita gente pelo mundo e até hoje fere quem quer ser diferente. Aqui, no time do povo, no time do João, tem gente do bem e gente que não precisa apelar pra esse tipo de coisa não! Ilário, cara, seu tempo já passou. Agora é tchau e bença pra você e pra esses intolerantes que se dizem do povo humilde...
Humildade não se compra, se conquista.
E façam uma coisa, chamem o Lula pra ele ver uma pessoa do povo, igual a ele, que está prestes a subjugar uma minoria que enriqueceu as custas do povo. 
O que já foi uma primavera, hoje é um inverno frio e medonho; uma família que passa fome de carater e se desespera. Uma meia dúzia de pessoinhas pobres de espírito. Vamos combatê-los até o último tombar sobre as próprias mesquinharias. O que hoje é 57%, só ira aumentar com esse tipo de comparação. O povo quer o povo e não meia dúzia de coitados, que se reúnem sem alegria e sem motivos pra sorrir.
Ilário, chama o Lula, a Dilma, o Pimentel, o Delúbio, o Zé Dirceu e o resto do teu povo, porque aqui, só tem gente 10! Pelo menos a maioria...

Papai é o povo!




Corromper, no dicionário, vai desde "ficar podre" até "subornar". Poderia, corromper, significar também "comprar" ou "depravar, mas eu costumo chamar de PETRALHAS, que pra mim é coletivo disso tudo ai. Aqui em casa isso si
gnifica APROVEITADORES. Meu Pai ensinou que tudo isso é BANDIDO mesmo! 
Então meu Pai é um criminoso por falar a verdade? Pois ele sempre me ensinou as coisas certas. Mas talvez, para os bandidos, o cidadão de bem que fala a verdade denigre. Então eu sou um criminoso, pois vivo fazendo o que é certo e o certo é não roubar. 
Vejamos: Os que roubam merenda, fazem de conta que pavimentam as ruas com qualidade, os que constroem vias públicas com postes virados pro mato, que fazem colunas milionárias e que "merendam" no lugar das criancinhas são bandidos e ladrões! Meu pai é sábio e aprendi a ser honesto com ele. O que é dos outros não é meu, entendeu?
Mas tem gente que não é filho do Papai e não sabe votar direito. Mas hoje fiquei sabendo que Papai tem muitos filhos e muitos filhos ele tem! 
57% do povo daqui aprendeu com o Papai a só votar em gente de bem! Graças a Papai o povo vota certo.
Papai ensinou nos ensinou a votar. Desde criança já me mostrava o que era urna e o que era privada. Ele também ensinou que tem um livro grande, cheios de leis. A Carta Magna!
Ele disse que essa carta me garante o direito de ficar indignado: "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato". E ela, diz mais: " É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias."
Meu Pai é minha crença; meu povo é meu lugar, minha casa, minha religião. Meu povo é asilo inviolável. Minhas palavras são livres para manifestar a roubalheira, e não me nego a apresentar minha cara! Quer bater em mim? Eu chamo o Ronda pra lhe prender, seu bandido Petralha! Digo não a violência, e digo mais não ainda aos ladrões.
Em Quixadá, eles dizem, não tem disso não. Cidade pacata. Políticos exemplares, e sem nenhum envolvimento com a justiça... Não sei de onde meu Pai tira essas coisas de que são tudo bandidos. Estará Papai louco ou tem bandido mesmo?
Nada mais sagrado, pra mim, que meu Pai. Meu Pai é meu povo. Sempre "honrei pai e mãe". São meus ícones, e não esses bandidos soltos por ai. E tem gente que pratica idolatria com o Pai dos outros... Gente maluca.
Papai não tem processos na justiça. Então Papai é honesto? Eu não tenho processos na justiça. Então eu sou honesto? Mas gente honesta, assim, como nós não podemos falar e eles podem nos roubar? 
Eu digo a um político por ai: Você era gente boa, correto; representava a mudança, mas seu tempo passou. Ficou podre. Comprou a alma do povo e vendeu a sua ao diabo chamado poder. O povo cansou de você. O povo, mais uma vez, quer mudança. O povo não quer miragens, nem falácias! O povo que um banco confortável pra sentar. Uma água gelada pra beber, enquanto espera na fila. Você é que quer mordomia, mas a mordomia patrocinada pelo povo, acabou. 
Foi mal... Desculpa... Parte pra outra, cara. Vai nessa. Sai fora. E como o Papai me ensinou: Seu tempo é passado e passado é pretérito imperfeito.

Às mãos de Francisco.



Fazer comparações é uma das coisas mais difíceis que existe. É uma tentativa de infinitas possibilidades. Hoje resolvi comparar minhas mãos. Começo pela obviedade de uma ser a esquerda e a outra direita. Ambas possuem as linhas longas da vida. Elas não tem calos. Elas já apontaram e já me defenderam. Elas são meu "olá" e o meu adeus. Meu positivo e o negativo. 
Passaria noit
es, na infinidade, a percorrer todas as possibilidades linguísticas anatômicas, mas não venho aqui para isso; venho aqui comparar o que os dedos dessas mãos disseram ontem e dirão hoje, sobre o que os olhos presenciaram, in loco, nos dois principais movimentos políticos da cidade.
É um absurdo tentar comparar os ambientes. No comício do 13, aqui na minha calçada, e no meu abandonado bairro, era uma mistura de "já era" com "vamos fazer força que dá". No que vi hoje, no campo novo, era uma mistura de vontade e de atitude, com esperança e multidão... Sou suspeito pra falar? Claro que sou, mas não sou mentiroso como... Nem posso falar que é candidato, pois ele não é.
Aqui, ontem, no Alto São Francisco, eu vi palco de horrores. Na frente da minha casa, e o pior, na frente da igreja, mentiras e mais mentiras; pessoas que só tem compromisso consigo mesmo... Pense na vontade de falar o que penso, mas nem sempre podemos falar a verdade... Ver certos vereadores, e outras autoridades que mentiram, é algo que dá nojo! Mentirosos!
Agora, ir ao Campo Novo, ver Dr. Ricardo Silveira, Jose Nilson Gomes, Wellington Cí, Cristiano Goes e tantos outros mais, é algo sem comparação. Não tem como comparar. Ouvir as propostas e principalmente a cobrança, em praça pública, para uma multidão, que o Dr. Ricardo fez ao João Hudson, é algo que não tem preço.
Dr. Ricardo cobrou o compromisso de João 10 com a maternidade. Jose Nilson dando o seu apoio incondicional ao Cí e ao João 10. Cristiano Goes explanando sobre a necessidade de desenvolvimento e colaboração entre nossas autoridades, rumo a construir uma grande Quixadá, é incomensurável! 
E no comício de ontem, aqui em frente a igreja de São Francisco... Deus tenha piedade... Ontem aqui as palavras me soaram vazias. Não tinham a força da verdade e nem da vergonha. Ilário Marques, seu tempo passou. Seu tempo acabou ontem, aqui, em frente a igreja. Você já era. Não tem como comparar. Não posso comparar o que não é igual. Minhas mão são iguais. Meus olhos são iguais. Meus ouvidos são idênticos. O que diferem as partes de um todo são as nuances da utilidade.
Enquanto você, Ilário, usa as mãos para persuadir o público, Jose Nilson as usou para conclamar a união. Enquanto você usa as mãos para gestuar a pseudo-multidão, Dr. Ricardo segurava o ombro do João 10 e lhe pedia compromisso com a saúde e com o hospital do coração. 
Não tem como comparar. É como comparar uma pedra com um dedo. É como comparar ficha suja com ficha limpa. É como comparar quem perdeu com quem ganhou. É como comparar um morto com um vivo.
Valeu a pena comparar um comício mentiroso, com uma reunião de políticos prontos para fazer muito pela cidade. Jose Nilson disse que o povo que iria mandar no mandato do João 10. Nessa hora eu levantei as mãos e fiz o sinal do 10. Eu fui povo naquela hora e me senti ouvido pelos que lá no palanque estavam.
Minhas duas mãos, as mesmas mãos de um Francisco, de um Antônio, de um João, Ricardo, de um Jose... As mãos que são iguais em importância e em honestidade; as mãos que expurgarão os mentirosos e os... Infelizmente, nem tudo podemos dizer, mas meus dedos digitarão o número do povo, o número do João 10!
Ilario, eu estarei lá, no dia 7 de outubro, lhe dando adeus, e se quiseres, lhe dando um abraço. Mas pode ter certeza que meu dedo lhe apontará seu novo rumo, que é o rumo do esquecimento.

Mudas

O dia hoje foi bem bucólico... Estava, confesso, apreensivo pelo comício do 13, que se realizaria aqui, frente minha humilde residência; humilde não por eu morar numa casa acanhada, mas pela comparação a casa de praia que o "candidatíssimo" tem. 
Mas o tempo foi passando e chegava a hora do comício começar. O meu medo, de certa forma aumentava, pois eu imaginava uma lotação... Mas a decepção foi u
ma grata e esperada surpresa.
Senador da república na minha porta, com deputada raquel marques chorando no palco por quase 2 minutos, eram ingrediente fantásticos de uma cena triste e melancólica.
Eu ri bastante de nossa deputada chorando. Ela que jamais trouxe uma banda de tijolo pra por na parede de um pobre, agora chorava copiosamente para os mais humildes verem como ela é do povo... Que papelão minha senhora... Foi ridículo, para não dizer bisonho!
A vossa excelência, o Senador Pimentinha, não deu nem pro chá... Foi uma palavra mais ridícula que a outra, como se o povo fosse besta. Veio com uma história que falou pra Dilma que viria a Quixadá, e que a Dilma deu todo o apoio ao nosso povo e que outro lá, não sei quem, ia trazer mundos e fundos pra cá... Dilma, vossa pessoa sabe onde fica o Quixadá? Sei, sabe muito. 
Mas o rei, o Roberto Carlos da política quixadaense, foi magnânimo em seu discurso. Juro que esperava que ele chorasse também, mas o "homi" é macho e dizem que macho não chora. Mas eu preferiria que ele fosse homem, porque homem não mente, e ele mentiu.
Afirmou sem pestanejar que "Jamais persegui ninguém na cidade". Velho, desculpa ai, Pqp... Dá vontade de mandar tomar no C*. Um cara desse é um irresponsável em dizer que vai construir um Hospital Geriátrico para os velhinhos da cidade, isso não se faz, isso é brincar com coisa séria! 
E mais, disse também que vai construir outro hospital no valor de R$ 5 milhões de reais, dinheiro que o pimenta já havia arranjado la em Brasília... Brincadeira tem hora. Chamou o Romulo Carneirode traidor, mas não traidor do povo, mas traidor do " plano de continuidade" de poder. Ou seja, o povo que se foda!
Ai teve um foguetório, umas músicas chamando o João Hudsonde amarelão, e olha que o Ilário disse que na campanha dele não tem baixaria...
Mas uma coisa me chamou mais atenção, o clima estava diferente... O ar estava pesado... A alegria não contagiava ninguém... Não estavam eufóricos, os antes tão brandantes. Não havia uma comunhão entre oradores e orados. O povo não veio, e aparentemente, a estrela não brilhou mais.
Pouco, ou quase nada, se falou sobre justiça, a dos homens. Ele mal mencionou os problemas com a justiça. Talvez por ser muito complexo ou com certeza, por ser vergonhosa a situação.
A estrela está cadente, e a constelação não brilha mais. Está gastando suas últimas forças na tentativa de imprimir um ritmo de retorno aos céus, mas estrelas-cadentes vão para o chão e para a lembrança.
Hoje, para mim, os meus "inimigos" políticos não existem mais; morreram em frente a minha humilde residência. O sonho deles, de voltar ao poder morreu com sua ganância e com sua prepotência. Achavam que poderiam enganar o povo pra sempre, mas o povo é sábio, e a sabedoria é popular.
É hora de "ir pra cima" João 10! Seu, meu e o nosso inimigo está fraco como nunca esteve. Faz promessas que não pode cumprir e está só esperando um empurrão para tombar definitivamente.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sei mais que o Lula.


 

Seria falta de obviedade saber o que todos pensam, mas o senso comum e o meio termo, remetem-me a uma simples e singela constatação: Somos todos igualmente diferentes na medida contrária do nosso interesse.

É, também, um claro desperdício do meu tempo e da sua atenção ler isso, mas fico feliz em ser assim, tão diferente. Todos esses dias, sazonalmente políticos, damos-nos as mãos e afiamos as palavras na tentativa de nos convencer da vitória e de engajarmos o maior número possível de simpatizantes por nossas ideias.

Em nossa cidade não existe ideologia, existe uma luta entre o bem e o mal; o mal, que para alguns é divino, e que para outros é profano.

Já o Ben é 10! Ou o bem não é 10, é despreparado e comandado, como se todos não fossemos...

De um lado o mal, mas preparado, que prega está sendo perseguido e fuzilado, de baixarias e notícias falsas! Para muitos, o TRE-CE mente diariamente por colocar em seu site a situação do candidato Ilário Marques como sendo de impugnação.

Ele, como advogado que é, já deveria ter esclarecido o porquê de tal situação. Ter esmiuçado tais alegações do TRE-CE. Já que ele está apto a fazer campanha normalmente, contribuiria bastante com a população, em parte leiga, a fazer tais alentos jurídicos.

Do lado de cá, dizem termos um candidato leigo administrativamente; uma pessoa que veio do nada, assim como o outro candidato, mas que não conhece os “tentáculos” do poder... Isso é bom ou é ruim? Doutor Rômulo conhecia o poder? Não, mas mesmo assim o candidato Ilário Marques pôs o povo a acreditar nele...

Como é isso? Como é que eu não consigo entender isso? Fácil entender e difícil de explicar... Fácil entender porque o interesse agora existe em desacreditar a ingenuidade política do Ben 10;

Antes, o outrora fantástico médico Rômulo, era a esperança vermelha de continuidade do PT em nossa cidade. O povo seguiu em colunas medievais, em busca de levar ao trono o “Czar” aristotélico... Viajei?! Demais, mas não tanto quanto o povo.

Ilário, como hoje o fará em nome próprio, aqui na praça do alto são Francisco, bradava, na mesma praça a 4 anos atrás, aos 4 cantos que estaria ao lado do inexperientes médico. Gritava a todo fôlego, quase a não deixar o Rômulo falar...

E no amanhã do próximo ano, será assim com o João Hudson, o homem da sapataria? Não, pois o João é uma pessoa sincera.

João não foi a faculdade de medicina e voltou para o hospital para salvar vidas. Ele não pôs a mão no peito e disse: “Nesse, vocês podem confiar”, como fez o vosso Ilário, em detrimento ao  povo e a favor de continuar no poder.

 João veio do nada, assim como Ilário veio;  mas João 10 não passou pela faculdade de Direito, então assim, não aprendeu a mentir. Ele é sincero, assim como o povo.

Esses dias lemos, quem quis, a carta do vosso presidente Lula ao povo quixadaense. Lula é um trabalhador que veio do sertão. Não passou pela faculdade de Medicina, nem de Direito, mas passou muito tempo no poder, e o poder corrompe e pede para corromper. Lula aprendeu a mentir e a andar com mentirosos. Qual valor tem o povo quixadaense para Lula? Números, apenas. Irresponsabilidade dividida com quem propaga tal carta. Só que aqui, ele esquece, somos pessoas e não papéis e muito menos números.

Ah, mas o Lula conhece o Quixadá e já veio aqui “N” vezes! E eu que moro aqui, e sempre morei, não serve de nada a minha opinião? Para alguns, não.

Minha carta, essa, não terá seu conteúdo copiado para os anais da literatura mundial. Mas duvido que eu não fale a verdadeira realidade, e saiba mais dela do que alguém que está a milhares de Km daqui!

Se o povo quer quem mente e engana, tudo bem. Se o povo quer quem está nas páginas da justiça, ok. Se o povo quer quem erra e é perdoado, após ter sido apunhalado pelo inexperiente médico, ta legal. Se o povo quer ficar cego, surdo e louco, quem sou eu para relutar.

Mas se o povo quer pensar, refletir e saborear uma nova tentativa de mudança, a mudança é verde. A mudança é a cor da esperança. A mudança é a inocência do homem pobre que venceu na vida honestamente. A mudança é agora. A mudança é 10.

O povo é soberano e saberá escolher se quer mudar. Respeito todo e qualquer voto, a favor ou contrário ao que penso. Mas espero que leiam, pelo menos alguém leia. Se eu mudar um voto estarei infeliz, pois quero mudar minha cidade.

Essas palavras não chegaram ao imaginário de todos, mas ficarão guardadas, caso vocês errem novamente, para as próximas eleições. E eu, estarei aqui, não dizendo “ bem que eu falei”, mas dizendo e continuando: Acredite no inocente, pois ele assim será, até provem o contrário.

domingo, 19 de agosto de 2012

Nel mezzo del camin... (Olavo Bilac)


Toda e qualquer tentativa de entender o desumano ser humano, será em vão. Mas uma coisa é certa, de tal animal, ele sempre está perdido.
Quem conhece ou já pode ler alguma coisa de Olavo Bilac não pode se abster de ter em mente o poema: "Nel mezzo del camin..." . Para mim, é de longe, a marca da perfeição em sua obra. É um poema que eu tenho em mente todos os dias. Faz-me ir e vir ao encontro do nada que povoa as intempéries cotidianas. 
Tentar entender o poeta é um erro clássico de quem ignora a própria ignorância. Relutar de que nada sabemos é um erro fático e pontual da ignorância alheia. A coletiva e resumida promessa de dias melhores, não existe no mundo real. Por mais que façamos, muito pouco é feito e todo acontecimento é pautado pelo feito dos olhos alheios e pelo caminho já seguido antes.
Muitas vezes incomoda o fato das palavras terem esse poder de "chegar" a qualquer lugar, mesmo que a realidade não seja essa, a das palavras. O rico é cheio de pavor do pobre, assim como o pobre não esquece o tanto que trabalha para ser o que é.
"E triste, e triste, e fatigado eu vinha..." Podemos parar de súbito na estrada, mas nem sempre a minha presa será a de quem não me entende. A minha parada poderá ser mental, enquanto a do outro poderá, ser, para observar quem parou...
Entender é como um poema: Não se faz perfeitamente. O poeta é louco e sem "tempos" neste mundo. Tudo que escreve é irreal aos olhos de quem o observa, e só ele sabe o porque de ter parado; apenas ele sente o "desnecessário" momento de pensar: "Tive da luz que teu olhar continha."
"Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida..." Não há ser que não possa entender a dor ou a alegria; podemos ignorar "longos anos", mas nunca "pressa à minha". O ser humano é caótico e "solitário", precisa de "agoras" e não de "amanhãs".
Toda dor é latente e todo amor é passado.
Todo olhar é pra frente quando o amor está ao lado.
Toda face é despercebida, quando não quero ter
Mais que outro olhar de amor, que não seja você... "E eu, solitário, volto a face, e tremo... Palavras fazem circulos e amores os desfazem; palavras matam verbos e amores o conjugam. A vida é o poeta vivido ou o sonho desperdiçado. Entregar-se ao óbvio é parar sem motivo são, e são são os abismos do pensamento do poeta: Ele sabe o que quer.
"Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo."
Podemos embora, mas jamais seremos esquecidos pelo tempo. O tempo é ouro e o ouro é eterno, assim como os olhos que brilham feito diamante. Assim se faz uma parada nesse mundo; um mundo onde o poeta eterniza o dia-a-dia do homem comum, que tem como única riqueza a vontade de mudar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Boa noite...


É assim, no escuro do quarto
sem ver o que me rodeira,
mas sei que lá está.
Está sem perceber,
está sem ao menos pensar,
mas sei, está lá.
Dormindo... Não.
Pensando, talvez.
Sendo o que sempre foi.
Não é nada,
dizem todos.
E talvez não seja!
Será tarde pra acordar?
Um tanto cedo pra perceber
que nada vai mudar.
Tudo pode, mas não vai...
Será, serei
e quando as luzes me virem terei ido.
Mudado de sentido,
perdido e sem voz
de tanto que gritei em vão.
Eram apenas paredes quebráveis,
Sonhos sem sentido
e alguém dormindo...
Mas porque eu?
Logo eu...
Enfim, serei melhor amanhã.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

REFLETIR


Não poderia ser um espelho, seria um reflexo sem forma; 
não poderia ser o futuro, pois não teria passado; 
não poderia ser o escuro, e repleto de lágrimas,
esconderia-me das pessoas que precisam me entender.

Não poderia dar dois passos, seria um por vez;
não poderia dar a mão, seria cada um por si;
não poderia dar o meu melhor, pois ressentido de mágoas,
mostraria o que não sou e o que preciso ser.

Não posso voltar, é improvável;
não posso seguir, é desumano.
não posso deixar de crer,
que refletir trás o que não pode existir.

Não tenho forças, é humanamente possível.
não tenho sonhos, é tarde demais.
não tenho duvidas, e assim vou vivendo,
de que nada acontece se Ele não permitir...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Meu livro, eu.



Não tenho por mim me visto
tão ultimamente, assim, desconfiado.
Não sei se pelo que insisto,
ou pelo que não tenho tentado.

E num sonho, tão imprevisto,
não caio, não pulo e nem ensaio.
Sou um viajante que me reconquisto
a cada soneto improvisado.

Não me escondo e nem preciso,
tão escondido que sou inexisto.
Minha forma ninguém entende.

E se sou o que não sou, improviso
naquilo que não tenho disto,
e em tudo aquilo que me compreende.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O rei da razão.



"Não me canso de falar que te amo
E que ninguém vai tirar você de mim
Nada importa se eu tenho você comigo
Eu por você faço tudo
Pode crer no que eu digo..."

Ah Roberto, mah, para com isso... E é assim que é aqui, os fanáticos esquecem dos erros e simplemente amam. O amor, esquecem-se eles, é egoísta; não vê obstáculos, nem o feio enxerga. Só existe o belo e seu canto amoroso. Dos menos favorecidos aos mais abastados, tudo é love love love! Ama-se tudo, a qualquer hora e a qualquer tempo! As pessoas são frágeis demais, se enganam com qualquer um...
A nivel municipal, eleitoral e prosopopéico (só pra sacanear), pois aqui falamos de um ser quase mitológico, o amor é algo religioso É assim que a pobre, mas sofrida, população vê o candidato que teve sua candidatura impugnada pela justiça eleitoral; a maioria o vê como um grande amor, um amor incondicional. Fazendo assim é muito simples abrir um paralelo diante a toda e qualquer situação que envolve o amor e a irracionalidade.
Meu querido candidato João Hudson Rodriguês, esse texto é pra você e tenho certeza, pois tenho que acreditar que o meu amor é pela cidade e não pelo candidato!
Um amor não pode ser destruído por ninguém, e a maioria ama o outro candidato! O seu papel é bastante simples: Não adianta tentar mostrar a maioria que o outro não isso ou não aquilo,  ou que o outro não presta; você, para ganhar dele, tem que substituí-lo no coração do povo! É simples ver, mas muito complicado de se executar.
Mas a "tática" do outro lado tem uma grande falha: O amor do povo, por ele, é um paixão amorosa, como se qualquer erro ou qualquer aventura, pudesse ser perdoada sem castigo. E o erro é justamente ai, um amor maior existe do que esse amor apaixonado; um amor lento e cativado pelo exemplo de vida; um amor nítido e sem desculpas ou defesas; um amor familiar a quem cria sua prole; um amor filial.
Ao pai caba acolher o filho no erro, e o povo vem errando todos esses anos com essa paixão desenfreada e irresponsável. A cidade vem pagando com a perda de tantos benefícios, que somente as grandes festas podem esconder! O povo está revoltado e cego. Em terra de... Quem tem... É rei...
Nessa eleições eu tenho duas opções: Votar em quem nunca votei, ou votar em quem nunca foi votado. E ai, fácil né? Ele eu sei quem é e todo mundo sabe, é o cara das multidões, das festas, das colunas milionárias, das luminárias voltadas para o mato no estrada para o cedro, dos favorecimentos, da maracutáia, pelo menos é o que diz a justiça, e de tudo mais que represente o atraso e a enganação.  Praticante do Fisiologismo político! Ele teve a oportunidade de fazer e não fez. Aqui no alto são francisco, onde moro, se me mostrar uma obra em todos esse anos eu voto nele! Nada, nada, nada.
E você João Hudson, está preparado para ser o pai do povo? Eu estou me preparando para seguí-lo por 4 anos. Já sei o que o outro é capaz... Coisas boas não são. Você João Hudson, se vai ajudar o povo ajude logo, começando a tirar essa pedra do sapato do povo que contente com a dor que ela causa, tem medo de tirá-la. O povo está cego de amor e você como um pai sofrido e cuidadoso com seus filhos, há de por moral na maioria!
Ele está nas cordas, pronto para ser derrubado. Um empurrão e já era. Tire seus "filhos" da sala, João Hudson, e aplique uma "surra" moral nele! Você é honesto; ele é? Você é trabalhador; ele é? Você vem do povo... E ele também veio, mas você não traiu o povo e ele sim. O povo está traído e cego pela paixão. Cabe a você chamar seus "filhos" e cidadãos, e  lhes mostrar que o verdadeiro amor deve ser pela família e não por uma paixão sem freios.
Quixadá teu povo morre sem saber porque; teus filhos lutam sem querer. Teu suor é farpa que queima na noite fria; tua vida está perto de ter grande alegria.
Quixadá já foi uma grande cidade, hoje está "mais menor" do que algum dia foi. Hoje o povo, novamente, pode querer mudar, mas só com força de vontade e dignidade.
João Hudson, o teu povo precisa de aplausos e não de foguetório.
" Quem espera que a vida seja feita de ilusão,
pode até ficar maluco ou morrer de solidão.
É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer,
é preciso saber viver.
Toda pedra no caminho você pode retirar;
numa flor que tem espinhos você pode se arranhar.
Se o bem e o mal existem você pode escolher, é preciso saber viver..."

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Divagar"


Com os dias que passam, a máquina humana tritura suas emoções e lembranças. Faz, muitas vezes, de conta que algumas coisas não passaram ou não a fizeram sofrer. Mas dizem que não somos máquinas, somos assemelhados. Também dizem que temos um destino, um carma de outra vida a cumprir. 
Diz muita coisa a sabedoria popular; diz que a voz do povo é a voz de Deus. Não gosto de usar deus como Deus. Não gosto de me apropriar de coisas que não entendo. 
Não gosto de azares, contos antigos, amuletos ou qualquer tipo de superstição. Também não gosto de arrependimentos, ou erros repetidos infinitamente. Já não é muito uma vida toda para se arrepender? O destino trata de nos mandar para aonde pertencemos e não onde devemos ficar. Não gosto do destino. Não sei destinar minutos ao acaso ou ao relento. 
Com os dias que passam, a máquina humana se enferruja com seus sentimentos e lamentações. Pessoas ficam para trás, seguem seu destino. Lembranças e suores; rumores e a vida que passa... Tudo fica para trás e só o que fica para trás é que é realmente real.
Dizem que não existem dias iguais, mas existem. Todos são iguais. Nossos arrependimentos são tão lamentosos a cada dia que deles esquecemos a toda e qualquer nova dor. Causamos o destino e dele somos a causa. Tenho azares, mesmo não gostando deles! Já escutei milhares de contos. Já tive meu lugar preferido para que a sorte chegasse! Já estive procurando um trevo de quatro folhas. Já procurei Deus. Senti-me semelhante. 
Não fui de ficar olhando para o sol ou contando as estrelas, mas já pensei que tudo isso tem um fim...
Já é muito uma vida toda de arrependimentos; eu tenho os meus, vocês os seus, mas ninguém sabe onde estão os de deus.
Já tive dias melhores, mesmo eles sendo todos iguais. Já tive dias piores, mesmo que deles não lembre mais. Já tive olhares únicos e destinos dos mais diversos. Já tive certas escolhas ao fazer as escolhas certas.
Já tive azares que se modificaram e me fizeram feliz. Senti-me igual. Sou igual. Posso ser mais? Não. Nunca poderemos nos superar. A superação é algo absolutamente improvável. Mas mesmo as coisas mais absolutas tem seu dia de glória. Um dias as coisas mudam... Um dia o destino se cumpre. Um dia o arrependimento surge; noutro o destinos no beija a face, e mostra que esteve ali, sempre com você. No final, quando as luzes estiverem fracas, poucas estrelas virão lhe ver. Mas todos os olhos que te admiraram estarão lá, mesmo que seja na Tua lembrança.

sábado, 14 de julho de 2012

Nem tanto. Portanto...





As pessoas são objetos de estudo dos mais variados temas e suposições. Mas uma coisa elas tem que ter em comum: serem elas mesmas, mas sem deixarem de ser normais. Diferentemente iguais em forma, mas igualmente diferentes em reação. Não é a toa que tudo está como sempre esteve: indefinido.

Há de se sonhar com um mundo perfeito, onde os sonhos são simples singelos e jamais acabam! Onde as pessoas se congratulem em religião, preconceitos e necessidades das mais variadas. Um mundo correto; um mundo fraterno e ao mesmo tempo singular.

Dá para ser assim? Não, nunca será.

A dor tem que existir e da mais diversas formas. O homem tem que evoluir com a dor e dela tirar sua forma de ser e de reagir aos estímulos do mundo. Ninguém pode se afastar ou se isolar de tudo isso, pois assim sendo, não seremos mais sociais, e sim, Neandertais.

Os filósofos procuram divagar sobre suas próprias consciências e necessidade; eles veem o mundo com os olhos de quem vê o sol em pleno dia. Os pensadores não sabem mais de mundo que nós mesmo, os meros e tolos mortais.

Os médicos, curandeiros ou afetivo-psiquicos, são impulsionados pela perspectiva da necessidade e ensinados a prever e prescrever nossos caminhos. Não sabem mais do que nós, pois não são capazes de evitar o inevitável.

De que me serve viver melhor e enfrentar os medos, se tudo terá o mesmo fim? De que me serve escolher entre tantos modos de viver, se tudo dá no mesmo?

Uns tem fé, e outros tem a si mesmo. Mas ninguém acredita em nós mesmos; somos incapazes de vivenciar de forma pura e cristalina, todas as mazelas da vida, assim como também suas felicidades.

Não existimos para sermos eternos e nem para sermos perfeitos. Existimos assim, somos "assado", vivemos de qualquer jeito. Não, não fomos ensinados dessa forma.

Trazemos na mente todas as páginas do livro humano da organização; de como temos que ser e como temos que nos determinar diante nossa infimia linha da vida. Os pormenores são apenas contratempos sem lógica. Perceber que as nuances é coisa de louco ou perda de tempo, ou até mesmo uma bela viagem ao esquecimento...

Somos coisas e não pessoas. Sou humano e não uno.

As pessoas são objetos de sua própria história e de sua imprópria vida. Destacamos-nos em todas as partes do mundo, principalmente no tocante enganatório do irreal. Insisto em prever nosso fim, sem se quer saber o porquê de estarmos aqui. A vida é feita de grandes e minuciosos estudos, mas o principal estudo não existe: O porquê de tudo não existir.

Divagamos, curamos, sociabilizamos, mas não abstraímos. Não nos dotamos do paradoxo da inexistência. Nunca achamos que estamos perdidos para sempre, pois no sempre, há uma esperança. O ser é tão infinito quanto sua história é passado. Não somos, pois nunca existimos em um tempo tão pequeno, frente a imensidão universal.

Passamos a existir pelo complexo fato biológico do nascimento, mas antes disso houve infinitos acontecimentos para que nós “acontecêssemos”. Incrível pensar em tanta coisa e não desistir na hora que se toma consciência de tudo! E pior, não sabemos de nada. Estar aqui foi por causa disso, que deu causa aquilo, que acabou sendo nós.

Com o tempo e com mais afazeres, deixamos o mundo seguir seu rumo; a vida seguir suas vontades. Nesse meio tempo, apresentam-nos algumas escolhas e isso chamam livre-arbítrio. Se livre fôssemos, não nos sujeitaríamos a censura da opinião diversa. Por mais que tentemos nos abstrair, não podemos, pois não é assim que as coisas são.

Queria voar e com os pássaros sentir que eles não sentem nada demais. Queria saber o que os animais não sentem. Queira não existir pelo tempo, como as montanhas inexistem. Mas não podemos ser aquilo que os fatores do acaso decidiram por nós. Não temos espaço suficiente na vida para abstrair na reflexão. Somos escravos dos dias e do pouco tempo que dispomos para nos mantermos vivos... Muitas vezes, viver parece apenas uma forma de morrer de uma forma melhor.

Os pensadores, e seus imbróglios psicológicos, são médicos que não curam, mas que fingem saber que as respostas estão na não existência do porque da pergunta. O homem não deveria existir, assim como os pássaros deveriam sentir vontade de serem eternos. O homem é uma causa sem causa, um abismo cheio de porquês; é uma pergunta ambulante que não deve ser respondida, apenas vivida. Somos nada além disso que não vemos, o infinito.

O homem é uma falsa verdade que com o tempo simplesmente se aperfeiçoou no que de melhor podia, que é a sua vontade de ter razão para existir.

domingo, 8 de julho de 2012

Diferentes olhos.



Não são teus, eu sei, nem de quem te inventou.
São da vida e dessa eu tenho pena.
Nem os olhos mais lindos viram quem te levou,
E ainda sim espera por outros problemas.

Não são meus, nem sei, os poemas sem graça.
São da vida, errante, tosca e plena.
Nem a boca mais sabia diria tanta desgraça
E ainda sim, não passaria por tantos dilemas.

Não são nossos, sabemos, nem das nossas alegrias.
São da vida as lágrimas e as despedidas.
Nem os olhos mais cansados deixariam de ver

E ainda sim, e por todo sim, amariam você.
Não são eles, sabem que sim, tão preteridas.
São da vida, dos anceios e dos dias.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A jornada dos ossos.


 Fazem parte da nossa rotina e de nossas vidas. Os cachorros são quase ou mais humanos do que nós. Precisam de quase ou mais tudo que nós. São dóceis e imprevisíveis. Cada cachorro tem seu style ou seu jeito de não ser.
Mas eles têm a pior das qualidades do homem: morrer. Um dog sem raça mas com jeito de cachorro grande; e ele é grande! Enorme! Rabugento... Mas não quer mais viver. Perdeu a força vital; a sua fonte da vida secou. Ele é apenas uma sombra do que era. Não há veterinário que cure a falta de vontade em viver. Ele está e é velho! São mais de 12 + 1 anos de vida! É assim que me lembrarei de sua idade, 12 + 1.
Quando aqui chegou, ainda com 2 meses de idade, pegou pela frente logo um comício. Adivinhem de quem... 1999... Pois era um grande e "festeiro" comício. Foguetório pra ensurdecer até quem não escutava bem. O pobre... Todo se tremendo... Mal sabia ele que iria ficar traumatizado com fogos! Os fogos passaram, e o candidato, infelizmente ganhou e não passou. Não era pra ter ganhado? Era, pois a maioria assim quis, mas por mim... Por Spock...
Hoje os fogos não o incomodam mais. Ele mal escuta, está velho e cansado de tanto sofrer. Quando ainda novo, pegou uma tal de virose. Parece coisa de gente, mas não é. Foi tratado e medicado como um ser vivo que precisava de cuidados. Mas ele não sabe que nem humanos tem o tratamento que ele teve, sempre.
Parei um pouco de escrever agora. É difícil falar e não se emocionar. É e está sendo difícil não vê-lo comer nem beber água. Spock está no fim, no fim de sua jornada, a jornada dos ossos. Não tem mais forças pra quebrá-los, pois está sem vontade, sem alegrias... Eu entendo ele, pois também já fiquei sem rumo, sem forças, sem vontade. Mas ele não tem consciência da vida; eu tenho.
Por mais de 12+1 anos coloquei sua comida e água! Todos os dias, com poucas exceções. Não está sendo fácil pra mim, mas imagine pra ele. Ele não tem mãe pra segurar sua pata... Ele só tem a mim e eu a ele. Não era pra ser assim Spock, você não poderia fazer isso comigo. Mas é a vida, uma vida de cão. As pessoas vivem para verem os outros morrerem.
Um dia lembrarei-me de você como alguém que se foi; alguém que nunca mais vai voltar. Saberei que fora um cachorro legal, gente fina demais! Eu pude lhe contar meus segredos, mas nunca soube dos seus. Dos gatos que matou, das dores que sentiu ou sobre as cadelas que nem mesmo chegou a conhecer... Isso mesmo, ele passou a vida sem saber o que era viver. Mas acho que não dará muita importância para isso, pois não tem como sentir falta daquilo que não conhecemos.
É assim que tento prestar minhas homenagens a quem ainda não se foi; alguém que nem mesmo era alguém, mas um cachorro que foi tratado como gente, mesmo sem nunca ter sido um de nós.

sábado, 16 de junho de 2012

Que país é esse?



Nossa vida é um espelho do mundo em que vivemos. Um microcosmo e uma pequena amostra seja ela de bondade ou de maldade. Minha vida é sabida por quem não me conhece e querida por quem sabe quem sou eu. Durante esses quases dois anos que estive na convivência de grandes amigos na faculdade, aprendi que não temos quase nenhum amigo de verdade.

Minha relação com meus colegas de sala é amórfica. Minha vida é, com eles, sem muita vivência, mas de muito aprendizado. Sou assim, distante. Sou assim, parado, quieto e educado. Sou professor e me julgo ensinante. Não estou em lugar algum para aprender se eu não quiser. Na faculdade eu pago para ser bem tratado! Não pelos corredores, portas, maçanetas ou espelhos, mas pelos funcionários, que de certa forma eu pago.

Quem não me conhece sabe quem sou eu. Imagina que ali, somos alunos e distantes, mas não, somos pagantes. Assim como em um ônibus; assim como em uma pizzaria, ou padaria; assim como em qualquer lugar onde existe essa relação de “eu preciso” e ”você me atende”. Não estou na faculdade, pagando, para ser maltratado. E não maltrato ninguém. Nunca. Jamais.

Meus colegas de sala sabem que sou eu, vulgo “Carlão”. “Esse bicho é doido”, diria um amigo.

“Você e suas coisas” diria outro. Mas nenhum deles seria capaz de dizer o sentimento pelo qual passei ontem em sala de aula.

Não sou um aluno que serviria de exemplo, mas sou um aluno exemplar. Não tenho vaidade de ser o melhor aluno ou o mais querido pelos professores. Poucos são os professores que merecem serem chamados de PROFESSORES. Mas os poucos bons professores que ostentam esse título, fazem-me esquecer dos ruins que não merecem serem chamados como tais. O melhor professor da instituição FCRS que eu conheço, também foi o que me faz pensar sobre qual o objetivo da faculdade de Direito; uma frase que ele disse logo na primeira aula do primeiro semestre: “Aqui não é o mundo lá de fora”. Aquilo foi transcendental.

Pensava eu que não poderia haver cura para o mal, sem usar o próprio mal como matéria prima. Não há como encontrar cura para algo que não tenha vindo dele próprio! Como eu poderia mudar o mundo sem olhar para dentro dele? Como poderia esquecer o mundo que me maltrata e me magoa? Iria viver aonde? Como eu disse, isso veio do professor que eu mais admiro na instituição; um cara que não faz chamada, mas que quer que deixamos nossa presença no mundo irreal! Ele está certo, pelo menos na visão irreal das coisas.

Eu sou melhor que qualquer pessoa daquela faculdade, pois é assim que certos professores me viram. Sentiram-se magoados ou tocados por alguém que eles achavam conhecer melhor do que ninguém! “Somos intocáveis e não aceitamos sermos contrariados”. Mas eu, “professor”, sou melhor do que o senhor, pois lhe tratei de forma justa e a luz da minha justiça. Justiça essa que eu conheço por educação.

Ontem enquanto eu esperava começar a prova (AP2) de Direitos Humanos, tentei não ficar em sala enquanto não fosse necessário. Só adentrei na sala quando já vinha o professor. Ele chegou, olhou pra mim e foi guardar suas coisas na mesa, lá na frente. Voltou e me perguntou o que eu fazia ali sentado, ocupando o espaço dos outros (pasmem!). Eu puxei fôlego e fui o mais breve e calmo possível, e disse que apenas esperava por fazer minha prova. Ele disse que não sabia pra que eu ia fazê-la, a prova, pois ele não abonaria minhas faltas. E eu perguntei se eu não tinha esse direito de fazê-la. Ele parou, olhou e disse que não fazia a menor diferença se eu ia fazer ou não...

O que eu poderia ter feito para tanto? Postei neste mesmo Facebook uma crítica a atuação do professor contra minha colega de sala. Colega essa, mãe e acima de tudo, minha estimadíssima amiga. No dia em que tentei defendê-la, ela estava errada, pois tentava “pescar” na prova dele. Ele não titubeou e arrancou de suas mãos o mundo irreal, trazendo-a ao mundo real. Eu pensei como poderia ser assim? Onde estão as liberdades e garantias do ser humano? Irônico, não? Onde está o direito do ser humano, estudante, em exercer sua função laboral? Eu só estudo, então minha profissão é ser estudante. Não aceito ser maltratado como fizeram com minha colega, que após o acontecido em sala de aula. Ela, nos jardins suspensos da FCRS, sucumbia em prantos naquele dia. Eu não poderia deixar assim. Ela errou? Sim. Mas não precisava passar pelo que passou. Aperto, pois a sala estava lotada, assim como ontem. Humilhação pública. Motivo de chacota. Não existia o crime de fraude em concursos (Lei 12.550/11) até dia desses, imagine o de fraude em prova de faculdade!

Estive olhando no sistema da FCRS minhas faltas e não tive faltas até o mês de março, e olha que foi a época em que eu mais faltei! O professor disse que eu poderia fazer a prova e que nada adiantaria, pois ele não abonaria minhas faltas. Eu não poderia ter ficado doente, ou qualquer outro tipo de problema? Por que ele veio logo dizendo isso, que não abonaria minhas faltas?

Quem é mais criminoso aqui? Eu claro, pois defendi os direitos do mundo real. Direitos esses os quais cresci e vivi vendo pessoas “intocáveis” usurpando-os de pessoas de menor valor humano. Eu estou e sempre estarei do lado mais fraco, pois é lá que me sinto pequeno e com a possibilidade de ver o quão grandioso é a obra de Deus. Enquanto, outras pessoas vivem em um mundo criado por eles mesmo. Em um mundo distante da realidade e do sofrimento de quem faz tudo isso acontecer.

Parabenizo-me e saúdo-me por ser quem sou: um amigo admirado e aclamado pelo silêncio dos corredores, dos quais espero jamais voltar.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Se estou certo ou errado, nem o tempo dirá.


Todos os dias deus dá e deus tira. Assim como o diabo faz e refaz. O diabo, claro, está sempre negativado em nossos acontecimentos ruins e a deus sobra "as vontades" divinas. Nunca quis entendê-los, pois não tenho pactos ou promessas a pagar. Preocupa-me, evidentemente, não irritar ninguém.

Claro que irritar não é a maior especialidade humana, já que a criatura não pode ser maior que o criador... Ou pode? Bom, criamos deuses. Alguém duvida?

Numa clara e evidente  realidade, divindades permeiam os pensamentos de bilhões! De alah pra cá, todos entram na seara divinas. Devemos a elas! Sério? Eu não devo nada, mas respeito e admiro quem deva. Não como poderia já que a fé remove montanhas e eu não consigo remover nem meus medos!

Santos? Milhares. Animais? Digníssimos! Ao que o homem não entende, dignifica; ao que o homem não concebe, santifica; ao que o homem destrói, endiabra. Eu não faço nem uma coisa nem outra, apenas vivo ou tento conviver com tudo que está por ai.

A fé é tão necessária quanto o pão de cada dia. Será? Somos tolos em brigar por "eles". Não existem além do nosso imaginário, eu poderia dizer. Nunca vi "o positivo" e muito menos "o negativo". Não os vejo por não acreditá-los, ou por não existirem, mas pelo simples motivo de não precisar que eles estejam na minha vida, como se servissem para explicar minhas glórias ou derrotas. O destino é minha culpa e a culpa não pode existir além de mim.

Alguém tem que ser o bode expiatório; em alguém temos que por a culpa, e em alguém temos que por a glória. Não podemos ser totalmente culpados? Não podemos ser totalmente glorificados? Claro que não, pois somos falhos, tolos e culpáveis! Não somos acreditáveis, assim como não somos preteridos a vencer sozinhos. São minha culpa minhas falhas, e não de “alguém”. Não espero compreensão dos meus fatos, até porque são quase tão comuns como a de tantos outros! Mas eu entendo aos que sofrem...

É difícil sofrer e não ter a quem recorrer ou culpar. Já imaginou uma vela queimando e iluminando um ambiente vazio? De que adianta existir e cumprir suas tarefas se não podemos ser especiais; servi pra alguma coisa.

Sempre precisei criar meus próprios deuses, fazendo-os improváveis e desumanos. Eu não pensava ser igual aos que precisavam de divindades coletivas; tornara-me especialmente alocado, preso e “estranho” a tudo.

Mas um dia nada aconteceu. Não tive visões, mas tive várias ocasiões. Não procurei as montanhas para refletir sobre a vida; minha vida sempre refletiu quem fui e quem serei, pois no agora não sou nada, assim como ninguém é.

Alguns preferem depender dos deuses para sofrer melhor; outros acusam um ser endiabrado por não viverem melhor. E enquanto deus, o diabo e seus criados-criadores lutam desesperadamente, eu vou por aqui à margem de tudo que não posso entender ou conviver. Se estou certo ou errado, nem o tempo dirá.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Falam por falar.






Já ouvi falar sobre flores.

Nem conto mais com suas dores.

Já escrevi minhas árvores, derrubei meus livros

E descobri que nada sei.

Não era pra ser assim, de tempos em tempos?

Uma refazenda?!

Nem sei o que é isso;

É mistura de bicho? É "fulô"?



Já contei milhares de espinhos

E com eles senti meu cheiro.

Já preparei a "mudança", esqueci da "mundiça"

E ainda não cheguei.

Onde que era mesmo, à vaga lembrança?

Melhor que a encomenda,

Interesse diverso...

Mas o que eu queria mesmo

Era ser livre como meus versos!



Neles eu esqueço, lembro e converso!

Não importa se são simples ou complexos.

Se terminam com “ão”, então,

Como os começo?

Não os meço,

Nem os impeço.

Endereço

A todo vivente.



Tornam-se gente e alegorias...

Fantasias, isso!

É um vício, um mar pendente!

Um luar vira dor e a dor latente.

Mas não. Não posso ser livre, assim.

Tudo tem seu por que,

Mas não encontro o porquê de tudo.



Convivo com incapazes

E deles depende minha sanidade.

Deixam saudade.

Falam a verdades.

Dizem palavras mesquinhas.

E eu escolhendo as minhas...



Neles eu esqueço, lembro e fico perverso.

Não me interesso,

Nem me adianto.

O ser humano é doce

E doce mata.

Assim como sal conserva

E a água desmancha.



Não dependo mais deles,

Eles são chatos...

Ingratos!

Perdidos!

Tornam-se gente e são minhas alegrias...

E tristezas e melancolias...



Não há razão para falar mais,

Por isso eu poderia só escrever.

Poderia, mas não faço.

Queria, mas não posso.

Faria, mas não devo.

Seria, e sou.