Uma noite do mercado:
o que se compra?
quem se vende?
é muito grito
e um estalo:
terá sido o orgulho
novamente?
E nessa noite improvisada
sussurros, gemidos,
murmúrio e suspiros
de tontos vendidos.
cuspo-lhes e atiro!
ninguém sabe de nada.
"de nada" e sigo em frente.
Tem mais alguém perdido lá...
Vários, deverei ir?
melhor ficar.
quem nesta calada está?
silêncio, cinta!
quem estava vivo,
tomba e tumba.
Uma noite no mercado,
onde todos compram
e ninguém se vende,
uma confissão é certa,
e tão certamente,
quanto mais o Curumã é pago,
mais ele mente.