terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A cor do dia

Se eu quisesse um tom de cor
Dar ao dia que nasceu hoje
Daria a cor dos teus beijos
Que são as flores!
Do meu céu, são as perdizes
Entre os pensamentos pequenos,
Que me esquece a cor
Do ódio... do querer o mal...
Lembrá-lo, a cor dos meus abraços
Fazê-lo sentir remorso
Sem que soubesse o que há de bom...

Dar ao esquecimento do céu...
Aprender a ler seus poemas de tristeza
Fazer deles uma lição a cada dia
Entender seus dizeres,
Falar das suas brancuras...
Como há em mim tanta mágoa,
Se vivo sob um céu tão ingênuo?
Uma fresta de luz entre as nuvens
De um comum desperta comum...

Bem que nem todos olham como eu.
Bem feitio, o tempo pede pressa!
Pára de tempos em tempos
Para pensar em nós,
Como se fôssemos mais uma nuvem...
Como se fôssemos seu pedinte;
Como se fôssemos seus expectadores...
Como sem fôlego, pedíssemos abrigo.

Não estou pedindo, ordeno um beijo do céu!
Quero dele sua cor e sua admiração,
Quero sua pele azul, pois azul é minha cor!
Sou teu e tu és meu!
Quero de tudo até teu amor!
Daí me o que preciso: loucura.
Daí me o que renego: a vida.
Daí me o que procuro: amor.

Faz de mim o teu deságüe...
Mas só te olho.
Não parto e nem chego... Só olho.