Quando pequena, ainda vento,
Era um botão de uma minha rosa.
Em tão lindo dia, então formosa,
Rompeste a flor do nascimento.
Em clara noite, vendo teus passos,
Ainda os primeiros da jornada,
Dá-me a lágrima, linda fada,
O condão do amor feito de aço!
Feita de mim! Feita por nós, amor...
Meu bem-querer de tanto verso;
Tanto que o tempo perverso
Tenta, sem sucesso, causar-lhe dor.
Quando pequena, o bebezinho.
Depois menina e não mais criança.
Adolescente e sem “esperança”,
Quando adulta sabe o que quer.
Brota no rosto a vontade, ainda,
De ser a mais linda flor de mulher!
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Ensinar-me-á.
Terra árida se faz com desespero.
Sem fim é lúdico o explicar decente.
Cobre-me os pés de lama e nevoeiro
No faz-de-conta a sombra do vivente.
Água pura em pedra de rocha batida
Paupérrima sobra de amor divino.
Deus, santo que falha e castiga,
Olha quem perdeu... Dorme sem destino!
Não dá castigo, ele já sofre tantos.
Suor é vago, e dor beneficência.
Olha pelos que não foram santos
E todos os que estão em decadência.
Caídos descompassadamente,
Perdoa-lhes os passos, dá-lhes induto.
Árvore ruim, fruto e semente...
Nessa ordem, fator não altera produto.
Sem fim é lúdico o explicar decente.
Cobre-me os pés de lama e nevoeiro
No faz-de-conta a sombra do vivente.
Água pura em pedra de rocha batida
Paupérrima sobra de amor divino.
Deus, santo que falha e castiga,
Olha quem perdeu... Dorme sem destino!
Não dá castigo, ele já sofre tantos.
Suor é vago, e dor beneficência.
Olha pelos que não foram santos
E todos os que estão em decadência.
Caídos descompassadamente,
Perdoa-lhes os passos, dá-lhes induto.
Árvore ruim, fruto e semente...
Nessa ordem, fator não altera produto.
sábado, 3 de abril de 2010
Meia-boca.
Quando o mar sopra meu sono
É pra avisar que a noite chega.
Vou do acalento ao abandono
E a noite clara vira negra.
Minha lembrança espatifada,
Sem entender que acontecia,
Foi deixando a boca calada
Sem saber que amor viria.
Seu colo não é mais estada!
Sua boca?! Perdida alegria.
Nas nuances da madrugada
É dor, exatidão e apatia.
Minha rima exacerbada
Carece de ter algum sentido,
Pois vejo, enquanto divaga,
O luar dos esquecidos...
Essa lua inda ontem bela,
Fez sentido como nunca antes,
Vi nos olhos de quem zela
O choro perdido e navegante.
Venha comigo ao deslumbro
Raiar da última morada!
Veja o sol enquanto sucumbo
À sinuosidade da estrada.
Não é de dor, lacera a demora,
Nem de frio que me inquieto.
É de amor, o mais extremo,
Que meu corpo por ti implora.
Implora tanto que desperto
Para outro dia que não lembro.
É pra avisar que a noite chega.
Vou do acalento ao abandono
E a noite clara vira negra.
Minha lembrança espatifada,
Sem entender que acontecia,
Foi deixando a boca calada
Sem saber que amor viria.
Seu colo não é mais estada!
Sua boca?! Perdida alegria.
Nas nuances da madrugada
É dor, exatidão e apatia.
Minha rima exacerbada
Carece de ter algum sentido,
Pois vejo, enquanto divaga,
O luar dos esquecidos...
Essa lua inda ontem bela,
Fez sentido como nunca antes,
Vi nos olhos de quem zela
O choro perdido e navegante.
Venha comigo ao deslumbro
Raiar da última morada!
Veja o sol enquanto sucumbo
À sinuosidade da estrada.
Não é de dor, lacera a demora,
Nem de frio que me inquieto.
É de amor, o mais extremo,
Que meu corpo por ti implora.
Implora tanto que desperto
Para outro dia que não lembro.
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