No mundo de hoje, é quase
impossível não saber o significado de uma palavra ou expressão. Fatorar, na
matemática, é uma série de divisões de um número; claro que posto de uma forma
bem simplória! Até porque, matemática é de longe meu fraco!
Mas, mesmo assim, os
problemas, tanto matemáticos quanto aqueles que a vida nos proporciona...ah, um
belo parêntese aqui: a vida não se importa com as nossas circunstâncias! Frase mais
que dita, sentida...voltando em 3,2,1... a vida nos dá oportunidade ou de
continuarmos errando a fatoração dos problemas ou chegar a um denominado comum.
Costumo ver os problemas
assim: identifico, racionalizo e fatoro. Dividir os problemas é a forma mais
eficiente de atacá-los. Os problemas têm essa fraqueza existencial, pois são incapazes
de resistir a uma mente equilibrada e sabedora daquilo que quer. Até porque,
nada resiste a uma mente constante e equilibrada. Evidentemente, depende do tipo
de constância a qual estamos nos referindo e ainda mais ao tipo de equilíbrio
ao qual estamos expostos.
Ao fatorarmos os problemas,
olhamos para o âmago de seu ser e nos apoderamos daquilo que nos antes era fraqueza.
Aprendi, as duras penas, que só existe um alguém importante na nossa vida, e
este somos apenas nós mesmos. Algo que sempre falo: se não existirmos,
fisicamente, o que mais existe?
Há em nossa mente, na parte
anterior do lóbulo frontal, uma região que nos faz refletir sobre o que estamos
a pensar, sentir e afins. É como e quando olhamos para o que estamos pensando. É
tipo aquela conversa consigo mesmo, tipo: por que estou pensando tanto nisso ou
porque pensei nisso? Serei um monstro?
Não! Por sermos conscientes da
nossa consciência, refratários de nosso destino, aqui, no sentido de sermos
rebeldes, continuamos numa busca cada vez mais profunda, rumo a um desconhecido
chamado nós. Não seria por isso, então, que a humanidade anda tão doente? Talvez
tenhamos nos esquecidos que devemos servir ao senhor nós mesmos.
É isto, simples assim? Seremos
nós apenas por nós mesmo? Jamais! É o que sempre diz o excelente Wesley
Barbosa: somos mamíferos e como mamíferos, vivemos em bando. Ninguém é uma ilha
e aqui, como todo tolo, morre a certeza. Não existe certezas ou coisas certas. Nos
números também não existe algo absoluto, pois tudo é relativo a algo.
Divaguei, eu sei, mas divagar
é preciso, é preciso e devagar. Nesse jogo de palavras, as frases se amontoam e
entoam aquilo que mal consigo prever...começamos pelos problemas e terminamos
pelas soluções. Tudo aquilo que nos é custoso, abandonar ou abraçar, é
necessário para o nosso crescimento.
A reflexão faz parte da nossa
vida. E, ao refletirmos diante da nossa miséria, ao sentarmos lado a lado com
nossos problemas, olhando para eles de fora e um pouco mais de distância,
veremos que eles não são tão grandes, feios e doídos como nos parecem.
Algo que carrego comigo desde
hoje: um covarde diria “o que os olhos não vêm, o coração não sente”. Eis que
me recuso a sentar lado a lado com um covarde! Problemas velhos não trazem
novas soluções, pois a mais simples esperança de melhorarmos como seres
humanos, vem da atitude de não aceitar as migalhas que caem da mesa, pois se há
migalhas, há alguém comendo o pão.