sexta-feira, 24 de novembro de 2023

A quem der mais!

Vendo meu veneno.
Não sou cobra, mas cobro.
Não sou rico, mas há risco:
No chão e no ar.

Do que sou feito?
Defeito.
Do que tenho medo?
Segredo.

Em que acredito?
Omito.
E quem sabe?
Ninguém.

Se tem, invade.
Se vem, metade!
Não sou completo!
Porém, repleto 
De medos e aparências
Entre outras tantas evidências...

Para findar o papo:
Cansei, de fato,
De ficar escrevendo
E vc prevendo
O que vou rimar.

Não há! Admita,
Pepita nesses dizeres.
Só há lama
Que se derrama sobre mim.

E assim, o fim,
Como velho começo,
Vou de frente pro avesso
Ao risco e aos fatos.
Pois, entre tantos retratos,
De mim, não será assim
O novo velho e presente começo


Agradeço a impaciência
Porém, a inconsistência
Que me é peculiar...
É de família? Talvez.
Nós três: eu, tu e ela
Foi uma prequela do que virá.

Fim, por enquanto.