"Esse
ano quero paz no meu coração..." Quem nunca ouviu essa música na época do
fim de ano? Pois é, esse ano eu quero paz na minha consciência. Estamos em ano
eleitoral, eleições municipais... Hora de escolher o próximo Dr. Mesquita, Ilário
Marques, Rômulo Carneiro... Vários nomes e muitas histórias sejam elas trágicas
hilárias ou com final feliz.
Em nossa
felizcidade o final feliz está próximo, pois está acabando o ano e com ele,
pelo menos é o que a maioria diz nas ruas da felizcidade, o mandato do nosso
queridíssimo Dr. Rômulo. Antes, politicamente falando, Dr. Rômulo não existia,
pelo menos não concretamente. Mas quem nunca disse: "O homem faz tantos
milagres no hospital, bem que poderia ser nosso prefeito e melhorar tudo
isso!" Ledo engano.
Sou do tempo
em que o Dr. Mesquita fazia carreata sem moto-táxi auxiliando. Sou do tempo em
que candidato a prefeito dava tiro na própria barriga. Sou do tempo em que tudo
era como é hoje, cada um por si.
Mas o
tempo passou e nada mudou. Continuamos votando em Dr Ilário, político que vinha
para acabar com as oligarquias. Homem que destronaria os poderosos. E assim o
fez, fazendo história e tentando contar a sua própria. Continuamos a votar em
Médicos ou advogados e nenhum deles foi capaz de nos dar a paz que tanto
almejamos.
O Dr.
Ilário fez praça, mandou dar uma mãozinha de cal no estádio, outra no Cedro.
Fez mais praça e mais show na praça. E mais um milhão de coisas... Dr. Mesquita
fez avião pousar, sangue ajudar e escola lecionar.
Eles “muito”
fizeram, pelo menos é o que dizem. E nós, cidadãos, estamos a fazer nossa
parte?
Em época
de campanha todo dia alguém roubou mais do que o outro. Cada dia aparece uma
casa, fazenda, carro e outras tantas “benfeitorias” que os nossos políticos
fazem a si próprios ou a suas famílias. Não nos enganemos com roubalheira, ela
acontece sempre e nunca vai deixar de existir. Quem tem que fazer a diferença somos
nós e não eles!
Não
caiamos na falsa promessa do milagre, ele não existe! Os que nos governam, a
priori, deveriam ser honestos e probos, mas não são totalmente e jamais serão.
E sabe o porquê disso, dessa falta de total compromisso? Simples: eles são tão
humanos quanto nós.
Vejo fogos
estourarem quando um pobre coitado encontra dinheiro e devolve! Não é obrigação
nossa pegar e devolver o que não é nosso? Devemos ser honestos; isso deve ser
inerente a nossa índole!
Nós, os
cidadãos quixadaenses, somos tão ladrões quanto os que nos roubam. Nos Furtamos-nos
de ter educação, quando vamos a praça aceitar o pão e o circo. Somos desprezíveis
quando votamos em quem subitamente enriqueceu a custa do sofrimento de quem
está doente na fila do hospital!
Quer saber
o que é sofrer? Vá marcar um exame na rede pública! Vá ao hospital Eudásio
Barroso e pegue um médico ignorante, uma fila, um atendimento ruim, uma
enfermeira bruta e um hospital sem algodão!
Gente,
reclamamos por coisas que deveriam existir para a municipalidade, mas nos
esquecemos de coisas que deveriam partir de nós e nossos “doutores”: Humanidade.
Isso, ela existe dentro de nós.
Eu não
quero ver uma Felizcidade, quero ver gente feliz e responsável. Quero ver gente
humana e não cegos pela ganância de “mamar” mais 4 anos!
Vivemos tempos
difíceis em relação aos nossos governantes, mas eles sempre foram assim. Eles
só mudarão se nós mudarmos, pois eles são iguais a nós; vivem sob o mesmo teto
solar e o mesmo chão de estrelas.
Os nossos
políticos são a nossa imagem e semelhança: não cuidam de nós, pois não cuidamos
deles. Eles precisam do nosso carinho e nós do carinho deles. Não precisamos
nos vender, assim como eles não se venderão.
Ganhe quem
ganhar, só espero que a população saiba escolher o melhor vencedor. Perca quem
perder, só espero que o perdedor apareça nos outros dias do ano e não apenas
nos últimos dias antes da eleição.
Esse ano
quero paz na consciência coletiva.