terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A cor do dia

Se eu quisesse um tom de cor
Dar ao dia que nasceu hoje
Daria a cor dos teus beijos
Que são as flores!
Do meu céu, são as perdizes
Entre os pensamentos pequenos,
Que me esquece a cor
Do ódio... do querer o mal...
Lembrá-lo, a cor dos meus abraços
Fazê-lo sentir remorso
Sem que soubesse o que há de bom...

Dar ao esquecimento do céu...
Aprender a ler seus poemas de tristeza
Fazer deles uma lição a cada dia
Entender seus dizeres,
Falar das suas brancuras...
Como há em mim tanta mágoa,
Se vivo sob um céu tão ingênuo?
Uma fresta de luz entre as nuvens
De um comum desperta comum...

Bem que nem todos olham como eu.
Bem feitio, o tempo pede pressa!
Pára de tempos em tempos
Para pensar em nós,
Como se fôssemos mais uma nuvem...
Como se fôssemos seu pedinte;
Como se fôssemos seus expectadores...
Como sem fôlego, pedíssemos abrigo.

Não estou pedindo, ordeno um beijo do céu!
Quero dele sua cor e sua admiração,
Quero sua pele azul, pois azul é minha cor!
Sou teu e tu és meu!
Quero de tudo até teu amor!
Daí me o que preciso: loucura.
Daí me o que renego: a vida.
Daí me o que procuro: amor.

Faz de mim o teu deságüe...
Mas só te olho.
Não parto e nem chego... Só olho.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

PODE HAVER?


Pés lindos, caminhar traquilo.
Esperar tardio e sem ideais
colocar no peito o dizer: jamais!
meu barato amigo,um velho grilo.
sem respoder-me , estás com medo?
sou teu amigo; sou teu passado!
já fomos fruto,fomos segredo
hoje somos nada e nada mais...
quem possa ajudar? não temos!
estamos sós...a sós demais!
passamos muito, nem percebemos,
que o hoje,agora, é nunca mais!
o nosso tempo; a nossa glória,
se ainda existem... sem ideais.
meu criado grilo, como podemos,
ainda estar entre os mortais...
Meu caminho e o teu caminhar
de semelhança vivem entender.
o mesmo passo,a mesma história
o que foi de vida, hoje é morrer.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Bio-tipo

Será que ainda existe esperança?
Meus ídolos, todos, morreram.
Meus ideais, combalidos, desfaleceram...
E eu não sou mais criança.
A onda perdeu altura e beleza.
De tsunami virou marola.
As promessas, dos tempos de escola,
Viraram desgraça em vez de riqueza...
O que mais pode acontecer?
Quem sabe as coisas melhorem.
Quem sabe elas piorem.
Quem sabe eu posso morrer...
Morrer em paz?
Morrer em trilos?
Morrer sem fé,
sem filhos...
Morrer, apenas desfalecer.
Cair no chão.
Chegar ao chão.
Ficar no chão.
Permanecer no chão.
Servir de adubo
Pra quem sabe virar uma árvore!
Sem frutos, mas com sombra...
Uma bela árvore,
Um lindo pôr-do-sol!
Sendo constantemente abraçado,
Sendo tocado!
Sendo livre pra sentir os livres!
Sendo o que todos querem ser:
Lembranças para os que aqui estiveram.
Ah...
Não posso ser uma árvore,
Eu demoraria muito pra crescer!
Tenho que ser algo mais rápido...
Tipo...
Sem tipos...
Como se fosse...
Como se fosse alguém.

domingo, 26 de outubro de 2008

Um botão chamado flor...

Venho por meio desta,
Por vias lacrimais,
Buscar duma floresta
Coisas sociais.

Não que algo impeça
O pobre ser feliz
De ser, por meio desta,
Ser o que se quis.

Porém, já há bastante;
Já há desilusão demais!
Não há em nós instantes
Só há em nós o “faz”!

Perdeu-se a poesia.
Mataram a hipocrisia!
Sumiram com o amor!

Deram a justiça
O cheiro virou mundiça
Acabaram com a dor

Como eram os bons...
Como os sons...
Como não lembro.

Quem sabe um dia,
Volte a poesia
E com ela o amor.

domingo, 19 de outubro de 2008

Aqui e ali.

Será que passou passado,
E que o atrás foi deixado?
Um dia esquecido,
A ser, um beijo roubado...
Estremecido ou estagnado;
Aplaudido, ou humilhado;
Resquício ou completo;
Perdido ou repleto;
Que será que foi tudo isso?
Meus passos desmedidos
Por quem me foi ritmo;
Um ritmo do coração!
Um abalo de improvisos
Pelos cantos caídos!
Sem ser aplaudido,
Com as cortinas a serem baixadas.
Meu amor reprimido e inconstante
Por coisas do passado
Faz-me lembrar dos resquícios
E dos seus grandes pedaços.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

DNA's


Disseram que eu era feio
e que não tinha vaidade.
talvez pela pouca idade
mas nisso não creio.

Depois veio o insulto,
o plágio e o devaneio;
criado por mim: o receio...
uma fuga da socedade.

Como se pra caminhar, pedisse!
Como se pra respirar, pagasse!
torno-me de forma lenta...

Olho-me calmamente,
e vejo que sou igual a todos
os que se chamam de gente.

domingo, 21 de setembro de 2008

O vai ou racha!



Meu deus, de fatos ligantes,

vivo apregoado a ti por meio desta:

prezado azul, como o que me resta.

sou cego em perceber os dotes;

colher as frestas

e dançar na terra.

mas como poderei vencer?

tu vês que sou desapercebido,

na multidão que nos consola!

corro; passeio; jogo bola;

me faço... de morto!

(um monstro nesse ex-quisito)

construo mentiras; faço paredes.

embalo-me com sonhos (pra rimar)

em redes e redes!

não lembro de ti,

como escondo de todos

sou peça e me peça

que te dou meu amor.

senhor, venho por meio desta

pedir por meus fatos

suprir meus descasos,

cair na cadeira,

sem rever os fatos,

e contar as esmolas que hoje recebi.

quem entende o que digo?

apenas o senhor.

o senhor entende?

assim espero,

pois ja que me quero

ir longe, à passadas.

subir as escadas e nada encontrar,

constrange os fiéis

sem que possam voltar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

DNA
onde se colocar um amor:
se joga fora,
o manda embora?
lhe diz que não cabe
a porta não abre
do coração ao amor?
e o olhar onde fica:
os olhos se fecha?
mas o olhar é flexa
é ausente de dor!
é tão curto,
ao contrário do amor!
desnecessário escrever
o que se pode imaginar:
o olhar ,o amor se joga fora...
pouco embora,
a dor, não dá...

sábado, 8 de março de 2008

MY WAY

o que seria do mundo sem sorriso?
o que faria o mundo sem motivos
para fazer tudo no improviso
e do improviso seu aviso:
que não há mais tempo para o frio
calculo de nossas mentes diminutas,
pois mais insipidas que as aguas de um rio
segue vossa mente e suas condutas!
sempre pautadas pelo trilho correto
pelo asfalto e o concreto
entre o real e o abstrato...
que um dia venha se ater a um fato:
não houve ninguém mais chato
que esse vosso amigo eu.

quinta-feira, 6 de março de 2008

vai!!!!!!!....

Distante, bem perto daqui, num outro ser,
pousa e repousa, incesantemente um ladrilho;
colocado retirado colocado posto nos trilhos
um dia será, assim diz, um dia será você.

ele ainda que meio robusto tem seus dias de leveza
tem cinco dias de astúcia, benevolência e atitude
provido de estações ímpares que com destreza
se arrastam de mãos dadas até a sua separação.

poderia ser de um belo pesadelo ou dum insano sono
a começar de se estar só e de só quer estar
sendo-se tão perto e tão perto que nem se vê ao trono
de sua vida e que vida ele pode se dar?

ele ainda tem-se, e o que não é muito nem bastante
mas o suficiente para para que em alguns instantes
ele seja instigado a se perguntar:
quem pode me querer deste chão?
quem pode me roubar?
quem pode me dar outra vida...
e que vida essa será?
já não tenho o suficiente, e se perder o que tenho?
perderei meu empenho de só nisso ficar!
o que poso fazer, o que posso calar?
pois se só me tenho ao chão
em nada menos posso errar.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

É amigo, é difícil entender:
Nasce-se de um sofrimento
Vivi-se cada tormento
E tem gente querendo nascer!
Que mundo maravilhoso
Que lindo dia florido
Que bom estar só
Que ótimo não ter ninguém
Que liberdade estas paredes me dão
Que assunto as falo
Que lindo dia!
Que angústia fervorosa!
Morram todos os que querem morrer...
Mas me deixem viver.
Deixem-me em paz,
Dêem-me um livro
Façam dele meu capataz
Dêem-me uma ilha,
Mas que seja repleta!
De espaço pra correr livre,
De noites infindáveis...
Não os disse?
Não gosto do dia,
Apenas escuridão...
Lágrimas...
Choro...
Estrelas-cadentes...
Estrela-do-mar,
Levada pelas ondas,
Se a praia deixar,
Querendo ser má.
Querendo fuligem
Querendo meu mau
Querendo matar.
Vão ficar querendo...
Morrão!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

sou you.

you... a pessoa das que se acham pessoas
sempre perdido entre raizes e flores
vive a contar a todos suas dores
de que adiantou?
refletiu? curou? mediu? calou
mas apenas por instantes
as dores de antes
sempre e sempre tornam a vencê-lo
vêm de sopro, vêm de brisa,
o choro, mas cortando a pele...
alguém ai me entende?
se é que há alguém ai.
eu falo de você! falo pra você!
mas se você não me ler...
alô, quem fala?
é que eu escrevi umas coisas,
ai gostaria que você visse...
pode ser?!
quem bom!
era vez, quem a ninguém devia
quem a ninguém conhecia
quem com ninguém falava...
quem ninguém parava pra falar
quem ninguém lembrava
quem ninguém sorria
que nunca alguém havia visto
a não ser pelo seu jeito bacana
pelo sorriso sem jeito
que se alegrava quando alguém via
que se dizia: olha alguém me viu!
kkkkkkkkkk!!!!!
é dessa vez!
mas a vez passava
deixando a devastação habitual.
se engana que esse sou eu
acerta que esse fui eu
mas, principalmente,
vê o quanto é doente quem seus males escreve!
nelas a dor se esvai,
mas pra dentro de quem escreve.
quem, quem ,quem...
quem de tantos sou eu?
esqueceu?
sou you!
é que não posso mais escrevê-lo,
ele é a principal fonte dessas palavras:
sou you... entende, sou you?
procure dormir um pouco
não lhe garanto, mas é lá que o encontro...
sou you.
não o traga para o mundo real
deixe-o em paz.
sou you.