quarta-feira, 23 de junho de 2010

De volta.

Pelo rio: um mar incontável e forte;
Pela margem: salutar sombra gentil,
Prestes a partir e tudo consigo
Levar antes quem dera abrigo
Ao passo de quem ofertara a morte.

E nesse orvalho torpe e destemido,
Carregada alma mais um belo fardo
Qual prestado de ser menos amargo
Réstia profunda de paixão divina.

Rica prece, pobre e de sabor discreto,
Rouba-me o ar que flui covarde
Réstia da desordem, viva e sem coragem
Teu amor destrói temendo ser tarde.

Quantos passos ainda oferecidos?
Tantos outros ainda a serem dados.
Traz o afago, a mim que já vou perdido
Ao constante mundo do incontestável.