terça-feira, 24 de maio de 2011

Água e vinho...

não faz tanto tempo que sofro solitário,
talvez uma vida ou duas, quem sabe...
quis o destino que a vida não fosse
e que o amargor da boca, virasse doce
e que a mágoa não sofresse como eu.

tantas notas sem sentido algum soam
formando uma crosta dura de malicia.
e me pergunto: serei capaz de moldá-la?
ou farei tanto mal que magoá-la
será como o destino assim escreveu.

embora ir não seja longe a solução
todas essas pontes e essas janelas
soluçam suas duvidas que eu rebato
havera mais visões que fatos,
ou soluções que nem sabe Deus?

talvez em uma vida ou duas eu mude.
mais outras tantas eu leve pra mudá-la.
já não existe como separar o que ai está.
vivenciará uma revolução sem nexo
o há de menos complexo, há de mudar.

sábado, 7 de maio de 2011

Precisa de mim pra existir.


não canso em falar do amor,
pois o amor me sou!
e desse luto certo
tento cair por perto
e aprender com a dor.

dor que é fictícia,
pois a dor me sou!
e dessa alegria incompleta,
nasço e morro poeta
do sorriso e do horror.

quem derá ouvir a luz!
pois ela me soou!
e dessa impossibilidade certa
não falo como profeta,
mas como dono desse amor.

quem pensa em viver dele,
pois ele em mim sou,
e desse engano a saber,
que este coitado e rapaz,
é feliz, pobre e incapaz.

que das penas que se impõe
pois elas me sou!
nada mais é tão perfeito
que viver sem rumo e jeito
às duras amarras do amor.

infeliz como tantos sãos,
pois deles me sou...
e desse sentir latente
é como diz essa gente:
nada é mais carente que o amor.