domingo, 4 de dezembro de 2011

O time do povo que sofre.

Gente morrendo, gente nascendo;
time ganhando, time perdendo;
gente chorando, gente gritando,
time sonhando, time pesadelo tendo...

dias passando, noites finitas.
para os que vão, a sorte grita:
"Não vai dar tempo!" Ai se engana,
pois o mundo não sai do lugar.

gente chorando, time campeão sendo.
gente, tem gente sofrendo,
não há vencedores assim!

não há o que comemorar,
pois tem gente pesadelo tendo,
enquanto dura, felliz, o meu sonho...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Caatinga( uma homenagem às vítimas da "seca" que assola Quixadá!)

Ai que saudades tenho tido
daquela linda namorada,
com seus cabelos compridos
carregando uma lata... D'agua?!

Pois sim, esse meu amor
de tamanha brancura,
agora sem esplendor
com a pele escura!

O que lhe falta é água!
e aos homens vergonha!
como pode ser deixada
sem lavar corpo ou fronha?

e assim segue esse povo pobre:
de casais deprimidos,
que só namoram quando chove,
mas Deus nos tem esquecido...

sábado, 12 de novembro de 2011

Pensamentos

Deus deu ao homem o livre-arbítrio para escolher suas palavras; ao poeta coube o fardo de sempre sofre por elas, não podendo jamais estar liberto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Revendo conceitos e fabricando soluções.

Ontem vi uma miragem: A "hiluxo", do Ronda do Quarteirão, virou( do verbo “passou a ser”) duas motos que acho que não pega nem bicicleta. Fiquei pensativo... Olhei para o relógio, e vi que ainda não era meia noite para carruagem ter virado abóbora...
Esse é o meu Quixadá: “Cidade Maravilhosa”, terra por nós tão querida. Não acredita?
Veja aqui: Crianças nas ruas? Idosos abandonados? Dificuldade de ir e vir? Ausência de controle do trânsito? Falta de policiamento? Assalto? Estupro? Violência no trânsito? Quadrilhas permeiam a cidade? Bandidos soltos? Cadeia superlotada? Desumanidade no hospital? Filas para consultas? Exames do SUS que saem com 6 meses depois de terem sido feitos? Drogas ilícitas vendidas em festas lícitas? Prostituição? Nepotismo? Dengue? Falta de pagamento de funcionários? Esporte falido? Adolescentes cada vez mais embriagados? Menores dirigindo? Violência, violência e mais violência.
As autoridades, pelo menos os cargos existem, fazem vistas grossas para a situação do município. O público que deveria suprir as necessidades do povo, aqui, simplesmente não existe. È um faz-de-conta; história pra boi dormir. Só se ouve falar da briga do ex-prefeito com o “atual”. Não vemos movimento político... Enquanto nos nossos vizinhos...
E o povo que não vê isso? Bom, o povo nós encontramos linhas acima, “abandonando” a cidade. O povo não está nem ai pra nada, está mais preocupado com a próxima banda que vai tocar no “Pinheiro”, ou se a policia vai deixar o “paredão” tocar na “Irene”, quem vai se apresentar no carnaval do próximo ano, ou se o traficante fulano foi preso... “Foi preso? Meu Deus e agora que vai fornecer a parada? PQP, polícia é foda!”
Carro oficial só deveria ser usado em serviço? Aqui é diferente, aqui é Felizcidade! Aqui caro oficial leva particular e compras de mercantil! Vez por outra prende alguém... Mas como é que prende alguém em “motocas”? Hum, assim fica difícil.
Alguém pode me dizer quanto tempo se leva pra “merendar”? Os agentes municipais de trânsito, que deveriam dar apoio a população, levam mais de uma hora! Duvida? Peçam-me o endereço e venham conferir a merenda mais demorada do sertão central! Enquanto isso, o "pau come" no trânsito.
A cidade está entregue as baratas... Ou seria aos ratos e gafanhotos? Poderia até dizer, à ordenha: “Vem vaquinha, venha prefeitura lindinha, deixa eu mamar.” É muito bezerro pra pouca teta! É babão demais pra pouco ovo! Mas aqui é que nem coração de mãe... Ah, Felizcidade como é bom ter você...
É muito fácil criticar e falar mal dos outros. É mais fácil ainda quando se tem a internet nas mãos. Não quero aqui causar mais mal do que o que já está por ai, quero causar um instante de reflexão. Quero dizer que a sua Felizcidade precisa de você como cidadão e não como folião. Ninguém pode fazer mais do que o outro, pois todos temos nossa parcela de culpa. Todos merecemos a Felizcidade que aí está, nós a patrocinamos com nossos erros e com nossa falta de reflexão do que seria melhor para ela e para nós. Nada melhor para o homem do que viver feliz numa sociedade feliz, onde cada cidadão participa e pratica o bem, compartilhando os problemas e tomando frente para suas soluções.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ponto Final.

São teus olhos: Eles não me deixam...
Não me deixam dormir,
Não me deixam sonhar
Não me deixam sorrir,
Brilham como se quisessem mostrar:
O revés, a lembrança
Da vida como está.

É teu cheiro;
É teu acaso; é teu amor:
Indescritivelmente imperfeito
Nas ruas, nas nuvens, no ar rarefeito
Tomas até o que não tenho.
Colhendo a beleza, deixando a dor.

E assim é que venho
És tudo que tive!
Triste, pensativo; um bobo enjaulado
Esperando um bilhete,
Um aceno, um recado.

Da tua boca vermelha
Do teu corpo despido
Que me lembra castigo
De um quem sabe jamais revê-lo.

Antes fora sonho, hoje é pesadelo.
E em dias ruins, como o de agora,
Quem sorria como eu, chora.

O que existia padeceu
Sendo difícil aceitar
Que o amor morreu.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pensamentos...

A paixão é uma guerra a ser vencida; o amor é sentimento a ser celebrado. Faça um pouco de cada e colecione admiradores e inimigos, pois quem não está do seu lado, pode estar contra ou a favor. Não espere, aja! Não tenha piedade, aniquile! pois ao fraco só resta, para sempre, a derrota. Mas cuidado: tudo na vida é relativo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pensamentos...

Eu quis voar, pois sonhava alto; eu quis correr, para fugir das coisas; eu quis chorar, para lavar a alma; eu quis entender, para não ser injusto... Hoje, eu apenas quero andar, pois é assim que se vai longe...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pensamentos...

A perfeição só é atingida pelo homem, quando ele descobre que jamais será tão perfeito quanto a mulher.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pensamentos...

Mesmo tendo que caminhar sozinho, não deixo de acreditar nos meus passos. Pois sei que para onde eles me levarem, encontrarei todos por lá. O homem nasce de si mesmo, e morre sem se encontrar.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Em nome do pai.

Eis que todo homem nasce da mulher, e do ventre materno foge e chora.
Eis que o homem, antes apenas um ponto na mente de sua mãe, vem ao mundo, para quem sabe, mudar a realidade de muitos.
Eis que o homem ainda menino, transita entre seus familiares e busca, desde pequeno, a atenção de todos.
Eis que o homem cresce e tenta se apresentar agora, não mais para os seus, mas para todos da sociedade.
Eis que o homem chama seus irmão sociais de iguais, amigos, nobres companheiros...
Eis que o homem agita as massas! Apodera-se da atenção e da confiança dos que antes não eram livres para se manifestarem.
Eis que o homem diz que será lider. Diz que será, não o salvador da pátria, mas algo muito maior que isso: será aquele que irá nos guiar pela escuridão da miséria e do abandono estatal.
Eis que o homem se deslumbra com o poder
Eis que o homem se desmistifica.
Eis que o homem trai aqueles que nele tanto acreditaram...
Eis que alguns dizem: "Esse homem, tão falado e adorado por todos, nunca me enganou, pois homem nenhum é maior que sua própria origem..."

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Solitária Semente.

Com tantas tardes vistas da matriz
Na sombra, prostrado, ainda acordo.
O semblante menino... ninguém diz,
Que daquele rosto me recordo!

Nem de lembrar alguma história
Contada por aquele velho pergaminho
Muito mais humano que de glórias
Quis ser pobre, e assim sozinho.

A poupar-se dos desencantos vividos,
E dos malefícios jamais solicitados,
É de se estranhar terem esquecido
Das longas tarde do seu reinado.

Quisera ele ser desistente,
Que pelos anos tenham passado.
E como um velho de guerra indigente
Seja por dias um dia lembrado.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pensamentos...

Enquanto você pensa, existe alguém fazendo. E mesmo que façamos errado, é impossivel não acertar em algo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Poucos minutos.

não é possivel que eu me mate
a cada dia diferente;
nem tão pouco que me perca
todos os dias pra sempre.

e nessa loucura que já venho
buscando as buscas resolver,
traio-me mais que amo a vida
e que tudo nela eu possa ter.

assim, sem parrir tantos poemas
falsos, velhos, lindos ou verdadeiros,
preocupo-me apenas em preenchê-los
com lembranças e dilemas.

mas aqui, com quem ler possa,
não há afago mais profundo
que dizer ao poeta: "Nossa,
quanto amor tens desse mundo!"

Pensamentos...

A busca é essencial para se encontrar o amor verdadeiro, mas o acaso é que nos presenteia com amores verdadeiramente inesqueciveis...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quando o sol sente chegar...

...toda luz apaga e treme
todo amor acaba em nada
todo sonho finda à alvorada
todo calor é frio intenso.

quando o sol se vê imenso...

toda glória é passageira
toda estrela é cadente
toda dor é recorrente
toda amargura é sentida

quando o sol finda a partida...

todo amor é relembrado
todo som é ouvido
todo desprezo é deixado
todo problema é resolvido

quando sol é meu amor...

tudo perdido é transformado
toda brancura é alvejada
todo sonho é despertado
todo espinho vira flor.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Antes de convencer, acredite.

Hoje o sol sem rumo, às sombras perdidas,
quis me ver melhor ao ficar por perto.
tentou nublar, tentou ser discreto;
continuei a sentí-lo, porém ignorei.

por onde andarei, e assim descansar,
se por trás de tudo um nevoeiro há?
mas por quê, se o sol me toca a mão,
e o descanso do meu choro é desanimar?

meu reflexo é fraco, a visão opaca.
o limiar distante em tantas almas fracas...
quer viver comigo e em mim ser deus!

Para sol, condeno-te a viver sozinho!
não queres companheiros, nem vizinhos.
quer escravos, mas quem o liberta sou eu.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

De nenhum outro olhar...

... tive alegrias tanto quanto deste,
nem sorrisos mais felizes com meu pai.
nossas tristezas, que nem lembro mais,
nada dizem frente essa saudade.

nunca pensei tê-lo tão perto,
numa ausência sentida por dentro...
essa lembrança em que me concentro
é o consolo que me deixa em paz.

não tive em mim gestos como agora,
e por tanto amar fiquei acanhado;
Distraído, com tantos contos engraçados,
pois assim era sua alma encantada!

por deixar meus sonhos mais felizes,
por fazer meu amanhecer mais contente...
pai, volta um dia aqui pra gente
e me conta como é no céu...


*minha pequena homenagem ao grande "paiaço" que foi seu pai.(George Arruda)

Pensamentos

O ser humano sorri após esquecer seus erros, com a mesma facilidade que chora ao cometê-los.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quem viver terá amor de mim.

Eis que o mundo tão convincente
chamou-me a ser um dos seus
não que eu pudesse negá-lo
não que eu pudesse fugir
apenas não pude escapar
e por Deus, estou aqui.

Eis que o tempo não me esquece
e mesmo que pudesse não o faria
assim, tolo, como todos, sou
assim, belo, como poucos, tento
apenas quero um par aos meus olhos
e por querê-los ainda estou assim.

Eis que as histórias não contadas
iludem a quem pela paisagem ficar.
não que eu me erguesse no seu fracasso
não que eu quisesse o seu encanto
apenas quero fortuna no céu,
pois lá nada pode te levar.

Eis que o coração é imprevisivel
ama os iguais aos meu.
sim, eu quis perder meu rumo!
sim, eu esqueci por onde fui!
apenas quero voltar tranquilo
pois lá, tudo posso mudar...

Calçada é pra pedestre?

A lei é costume e também é norma. A lei em Quixadá é quase ser atropelado, então a lei é costume, pois costumeiramente quase somos atropelados. A lei também é imposição, então os donos dos comércios nos impõe a quase morte. A lei edifica e controla o meio social, então a lei criou e descontrola a ocupação. A lei é para todos, então tem que ser cumprida pela coletividade. É certo que os "pobres, inocenctes e desavisados" comerciantes, serão prejudicados, mas sou mais que chorem eles que minha mãe ou a de vcs, ao sermos atropelados. Realmente é feio e é no mínimo imoral a ocupação. Parece que estamos em uma cidade que não tem ordem(hahahaha), ou que não tem secretária disso ou daquilo. Quem nunca pediu um pãozinho do "gordo", ou nunca comeu um especial de carne de sol da Q'Delícia? Alguém ai nunca sentou para tomar umas no "Duarte"? Reclamar é fácil, difícil é resolver... Será? Pelo que vejo existem problemas muito mais sérios do que a vida dos pobres, coitados e desavisados transeuntes, até porque eles(nós) é que patrocinamos aos que descumprem e aos que deixam descumprir as leis. Deixemo-nos atropelar ou fiquemos com fome, eis a questão...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Acorda que o futuro é agora.

 Muitos que hoje brigam para terem seus direitos vistos e assistidos pela justiça dos homens, mal se lembram quem ofenderam ontem, e ou nem mesmo sabem quem humilharam agora. Nossa cidade é e está assim: briga de bispo, e não é xadrez; briga de ex-amigos políticos, e não é em prol da população; brigas entre cidadãos, e não é por melhorias; brigas de todos contra todos, e não é rebelião, nem tampouco revolta.

Hoje brigamos por direitos meramente imprescindiveis as nossas banalizadas necessidades. Nunca antes o banal foi tão bem quisto como agora. E porque aqui no sertão seria diferente? Vivemos, ainda, um reflexo paralelo da relação metropole-colônia, onde os que se acham no direito, validam os seus oprimindo o direito dos outros. A sombra da metropole ainda visita a consciência polítca brasileira, aferindo os seus ganhos e suprimindo os seus erros nas costas do povo. O povo parece estar morto e com ele morreu a revolução. Nossas mentes não mais "derramam" o ouro, mas "derramam" o suor muito mais taxado do que nunca antes visto no país.

Poderia parafrasear dizendo que a burguesia fede; poderia suprimir minha ousadia em achar que a vida é assim; mas me pergunto: aonde foram parar os valores desse país? Alguns diriam que em alguma conta na Suiça, outros em alguma cueca por ai, e outros não mais ou menos sérios, diriam que está nas mãos sujas dos malfeitores políticos. Mas eles tem a nossa validação por meio do voto. Simplesmente estão sendo pagos para nos roubar!

Nós colocamos nosso dinheiro, saúde, educação, segurança, transporte e outros tantos requisitos no mínimo essenciais, em poder de quem sabemos ser desonesto. Seria mesmo preciso criar uma lei ficha limpa? Mais uma vez parafraseando: " Que país é este?" Seria, ou é preciso, jornais ou folhetins abrindo diariamente nossos olhos para tanta roubalheira?

Os ricos continuam ricos. Os pobres, encurralados, pois vivem ainda no curral eleitoral, estão cada vez mais pobre de pertences e principalmente de vontade própria, se vendo dominados pela esmola estatal. A balança da justiça cada vez mais se curva ao dinheiro... E sempre foi assim? Sempre. O dinheiro pouco não foi o bastante pra corromper os que ainda resistem a ele. O ranger dos dentes, da fome de consciência, cada vez mais alimentada pela injustiça, fica mais ameno aos ouvidos do povo já tão acostumado a roubalheira. A dignidade está atônita, ao ver morrerem, abraçadas, a moral e a ética.

O voto que deveria libertar das amarras injustas do destino pobre e dar condições de poder buscar igualdade e ascensão social, se veste de carrasco, prendendo-nos as promeças quase franciscanas de melhorias instantaneas, nutridas pelo cimento ou pela telha da promiscua relação politico-eleitor. O povo é pobre não só de alimento, mas principalmente de consciência. Consciência diversa que amarra meus pensametos à esperança de ainda vivermos outros tempos.

Na impossibilidade de sobreviver eternamente, para quem sabe ver a mudança acontecer, o que podemos fazer é refletir e imaginar um mundo melhor, com pessoas melhores. Nosso mundo, quixadaense, é pequeno demais para revolucionar a nação, mas diante o nosso universo monolítico, é grande demais para se omitir e ver morrer em vão os ideais passados de ilustres quixadaenses. Acreditando que um futuro melhor é sempre esperado pelos que já passaram, tentemos mudar e acreditar que a sua mudança, mesmo que mínima, possa iluminar uma consciência vizinha.

Não será nas próximas eleições que mudaremos nosso mundo monolítico, mas pelo menos não nos deixemos lembrar, nos versos do futuro próximo, como uma cidade leniente e parada, comprimida e invejosa pela dinâmica dos nossos vizinhos, que infelizmente não nos inspiram, ainda, a mudar.

É certamente com tristeza que um pai enterra o filho, mas é muito mais triste uma cidade enterrar seus filhos na desgraça descrente de um momento político. Mostremos aos mais jovens que a esperança é verdadeira e que o futuro apenas nos aguarda para nos felicitar e nos agradecer por acreditarmos nele. Um dia veremos, assim espero, que um povo histórico, como o quixadaense, não fora lembrado apenas por um momento ruim, mas por uma eternidade batalhadora e frutifera, onde nos esquivamos do erro e nos abraçamos a liberdade de poder mudar.

domingo, 19 de junho de 2011

M de maior.

é so um lago cheio de gente.
agora a pouco passou gente...
ainda ontem era muita gente!
até agora: ninguém.

mesmo porque, não foi ninguém.
ninguém foi mesmo por quê?
foi não, ninguém mesmo!
até agora: só você

você viu o quanto doeu.
agora a pouco eu vi doer...
ninguém entende por que dói!
até agora: só eu e você.

é só um lago de ninguém
que leva gente embora.
é só um frio passageiro
que nos leva embora.

é só e mesmo só e nada
o quanto ninguém poder saber
que nada mais foi, embora,
eu nada diga sem querer.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

...Que me mata

não é de se estranhar o suspiro,

o coração está vivo e forte!

Foi ao sul abraçar o norte!

e voltou de vez do retiro.



assim, mais cadente e renovado,

espera por quem o busque.

aceita, mas alguém que não ofusque

o que já tanto foi retocado.



abre seu peito antes inerte

de sopros e som... Gente!

mais batidas, mais verdade



e essa dor que tudo invade?

é saudade! é saudade!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Água e vinho...

não faz tanto tempo que sofro solitário,
talvez uma vida ou duas, quem sabe...
quis o destino que a vida não fosse
e que o amargor da boca, virasse doce
e que a mágoa não sofresse como eu.

tantas notas sem sentido algum soam
formando uma crosta dura de malicia.
e me pergunto: serei capaz de moldá-la?
ou farei tanto mal que magoá-la
será como o destino assim escreveu.

embora ir não seja longe a solução
todas essas pontes e essas janelas
soluçam suas duvidas que eu rebato
havera mais visões que fatos,
ou soluções que nem sabe Deus?

talvez em uma vida ou duas eu mude.
mais outras tantas eu leve pra mudá-la.
já não existe como separar o que ai está.
vivenciará uma revolução sem nexo
o há de menos complexo, há de mudar.

sábado, 7 de maio de 2011

Precisa de mim pra existir.


não canso em falar do amor,
pois o amor me sou!
e desse luto certo
tento cair por perto
e aprender com a dor.

dor que é fictícia,
pois a dor me sou!
e dessa alegria incompleta,
nasço e morro poeta
do sorriso e do horror.

quem derá ouvir a luz!
pois ela me soou!
e dessa impossibilidade certa
não falo como profeta,
mas como dono desse amor.

quem pensa em viver dele,
pois ele em mim sou,
e desse engano a saber,
que este coitado e rapaz,
é feliz, pobre e incapaz.

que das penas que se impõe
pois elas me sou!
nada mais é tão perfeito
que viver sem rumo e jeito
às duras amarras do amor.

infeliz como tantos sãos,
pois deles me sou...
e desse sentir latente
é como diz essa gente:
nada é mais carente que o amor.

sábado, 23 de abril de 2011

Broken.

Hoje quis lembrar, quis esquecer o poente;
quis ser e ao mesmo tempo não estar.
quis ouvir algumas vozes a frente,
quis saber o que me faziam lembrar.

Ontem, eu nunca lembraria de hoje, jamais!
até os sons que agora escuto, vários,
não dizem mais o que faltava, e mais
Agora, eu não pintarei nosso armário.

até já quis mudar as nuances e cores,
mas a noda, a lata de som turvo e cumprido,
nos vestidos e nos pobres amores.
está cada vez mais forte, acabando comigo.

amanhã, talvez, eu não lembre de tudo isso,
que ontem fui alguém ao teu lado.
os contos que escondo, sob feitiço,
mataram, mas não queimarão meu fardo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ei...

é fácil e nada é fácil
tão quanto um erro cometer
vista seus sonhos na realidade
e a verdade tudo será
o que te impeça parecer.

é fácil e tudo é fácil
tão quanto alguém possa correr
das buscas e dos sofrimentos
é mentira que tu podes
mais do que podes fazer.

é fácil, é muito fácil
tão quanto possa a morte mecerer
pensar o quanto é longe
as palavras dificeis
que eu nunca poderei dizer.

é brisa, é fácil
o amor que tudo possa ver.
imaginar, permitir
amar mais do que eu possa amar...
é um erro que todos podem cometer.

é lindo, é fácil
todo amor que eu possa abraçar
é amor fiel e fatigado
sempre e pra sempre ele acaba
enquanto não estou preparado pra perder.

é fácil, tudo é fácil
diante tão quanto eu possa ser:
um pássaro, um galho, um ninho
ou um orvalho, é fácil, muito fácil
ser o que queremos ter.

domingo, 27 de março de 2011

Embebido

quero me atar nessa corrente
e descer lentamente
para o fundo do mar.
espero que não insista
e que logo desista
de nós "matar".

nesse mágoa besta
que desde sexta
fere meu pensamento.
Posso viver em descrença
morrer de qualquer doença
mas nunca de arrependimento.

é luto que me machuca
é farra, é luta!
é nobre queda e descida.
é suor, é morada!
é tudo ou nada...
é minha querida.

sou leigo, evidente.
há quem saiba mais a frente
que nada podemos fazer.
pois o destino, sendo traçado,
mata, do lado,
quem não deveria morrer.

mesmo estando em pedaços
não se acabam os laços
que a vida quis unir.
pois é tão perfeita a bravura
que a nossa cura
é não querer desistir.

e dessas batalhas perdidas
não há preferidas
e nem as que quero fugir.
lutarei todas elas,
as feias e as belas
que nos há de submergir.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mera mente.

Tu tens um troco pra me dar?
pode ser qualquer coisa.
podes também me emprestar:
um abajur, uma roupa,
uma demão de tinta
ou um brinquedo.

se nada tens a declarar,
pois dificil é a vida e isso sei,
quanto vale esse risco no teu braço?
posso comprar? ou vai me vender?
é pra gastar? é pra ouvir melhor?
ta bom, posso esperar um pouco.

mas me dê uns conselhos,
esses dizem ser grátis e baratos.
perca seu tempo e ganhe crédito!
dilua seus pecados e seus gastos.
alguns valem a pena e outros se perdem,
será que devo tê-los?

melhor do que está ou pior ficar?
mas porém com tanta duvida...
hei de querer outros tempos
onde nunca se perde uma luta,
e que eu tenha menos a doar
indo assim mais a frente.

sem olhar pro lado e evitando
os olhos, as pessoas, e seus sentimentos.
não sabemos quem é esse a frente
e nem aquele que "matamos"...
mal sabemos quem somos
o que dirá com quem estamos.

devagar, em frente: sempre! sempre.
pensando: pra cima! pra baixo!
quero perder o que tenho e conquistar.
evitando tantas coisas inuteis, sem graça.
renovando todos os passos possiveis
e reanimando os impossivelmente improvaveis.

sábado, 19 de março de 2011

Um segundo sol.

não sei se te conheço ou se te fiz
de tanto olhar pra lua e refletir.
alguns sons, teus, vem de longe e não os escuto bem;
alguns amores são impossiveis, porém, não são pra mim.
a última mão que toquei...
a última lembrança feliz.
o último amor que vivi
não são para mim... não são para ninguém.
é tão confusa essa mente.
não são para mim... não são de ninguém,
nada é tão inutil quanto a minha alma.
não dá pra vender. não dá pra calar,
só te sabe sentir e nem te sabe agradar!
é inutil como um grão de areia,
mas é parte de tudo e nela tudo há!
alguns amores patéticos;
alguns nem são o que são.
alguns sonhos perdidos,
e outros achados pela rua.
outros vistos de longe, lá da lua!
não são para mim e não são de ninguém,
calam quando falam e amam quando morrem.
tão inuteis como o arco-íris monocromático...
esse sim, diz-me quando parar e refletir:
não sei se te conheço ou se te fiz,
mas sei que está em mim.
assim como a nuvem do céu
que se dissipa, chove, molha e marca.
não são para mim e não são para ninguém,
os amores nascem para a eternidade.
não são para mim e não são verdadeiros,
os amores são fábulas e contos de fada.

sexta-feira, 18 de março de 2011

"...que eu quero passar."

o que vem do mar?
um céu dourado,
um olhar nublado
e um pensar:

qual o seu lugar?
ao meu lado,
de sorriso embargado
sob um luar.

um azul estampado
numa data perdida.
amor, despedida;
assim não a tenho

pois de onde venho
o rumo não é norte
e muito com sorte
você possa achar:

o mesmo lugar
o mesmo poente
a mesma gente
a nossa imagem

perdida na areia
achada na praia
perigo de arraia
encanto de sereia.

o que vem do mar
é o meu céu:
em perfeita lua-de-mel
com vontade de amar.

o que vem do mar?
é tudo que quero
é meu castelo
é meu penar.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Agora vai.

Não é desmerecer quem está a frente e nem favorecer, quem lá, a frente não está, mas nessas horas da na gente saudade do "Oi de bila". Sujeito "jeitoso", pois tinha o seu jeito peculiar; Um cara amigo, há de se dizer. Mesmo que já tenha morrido, o referido, muito por nós poderia fazer.Quem sabe ser prefeito, será que ia faltar alegria? Com obras malucas, há de se resaltar. Mas pense nos benefícos, não haveriam sacrificios para a população entender: como pode ser prefeito um louco e que não sabe escrever? Mas ora vejamos o que ai está: é boa gente, não podemos discordar. É honesto e dele o que podemos dizer? Uns dirão que não faz nada e outros que é do PT. Então está decidido: Próxima eleição troque de partido, e que seja "elejido", "Oi de bila".

De mim, pra eu.

Se eu fissesse um poema por dia,
que me declarasse,
o que diria?
que não sou poético com as palavras
e que as repito
por dias e dias ?

E dessa breve realidade
brotasse a flor
da apatia...
uma quimera de subjetividades,
será que alguém
me entenderia?

Eu que já busco me encontrar
nos loucos tombos
do devaneio,
como posso alguém amar
tendo em mim
tantos receios?

E se por mim me declarasse
que só haveria, assim,
felicidade?
acabaria com a esperança
de alguém...
deiraria saudade?

Ou que loucamente noutra face,
que pequei tornar
em pranto,
que tão doce,
o meu amor,
enjoou do meu encanto.

Meu amor é pobre e sofredor
não se atreve a pensar
em gente.
faz o sonho virar água
e o passado virar
presente.

se eu podesse externalizar
a cada dia
um poema doçe,
jamais declararia o meu amor
a quem quer
que fosse.

Os guardaria para mim: um solitario
a cada passo
e a cada queda.
pois me bastava ser meu amor
a cada sonho
e a cada entrega.

Saberia de cor e saltiado
onde locar a alma
e o coração.
que jamais morreriam de fome
por amor
ou paixão.

Onde eu estive, eu queriria estar
não abusaria da minha
confiança.
deixava livre essa alma louca
que tanto procura
por bonança.

Se eu pudesse que por pouco recordar
do último beijo
que me vivenciei,
certamente não iria deixar
que me dessem
menos do que me dei.

sexta-feira, 11 de março de 2011

viva

O amor é uma página trágica dos corações que não tem amor próprio. Dou o que tenho, ao passo que recebo o que dou.

terça-feira, 8 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Pensamentos meus...

Certamente, existem dois motivos pra viver: Um eu desconheço e o outro me faz acreditar que o primeiro existe.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dê os primeiro.

Sei que o passo é cada dobro um cento.
E que o centro é certo, passo duvidoso.
Não me acabo de começo, tento
Alcançar o que me é mais proveitoso.

Até que achar é fácil e compreendo
Seus motivos perdidos ao meu encanto.
Quando eu passo, não passo, invento.
Quando caio, não saio, vaio e pronto.

Não levanto, bambeio, porém nunca caio.
Levito, evito, acredito, imito e acabo.
Sou a fera que espera a alvorada

A lenda escondida nos olhos d'água.
Cheios de torpor e glória; sou macabro:
Uma mistura de Deus com o Diabo.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pensamentos...

Vivi e vivo procurando aperfeiçoar os meus defeitos, para que eles sejam os mais sinceros defeitos que alguém possa ter.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"E tome remédio"

Fico lembrando aquela música: "E tome remédio!" Onde anda aquele carro de som? De quem era ele? Ah, era dos que estão agora na prefeitura e de outros tantos que agora sofrem com a falta dele. Mas mal sabe, a maioria da população, que o castigo vem a galope; Deus tarda mas não falha; Antes tarde do que nunca; Aqui se faz aqui se paga... E outros tantos dizeres caberiam bem, nesse momento cataclísmico que vive nossa cidade. Fico imaginando se aqui tivesse encostas para as águas levarem vidas e terra. Imagine se aqui tivesse crime organizado, com balas traçantes sobrevoando nossas cabeças. Policiais invadindo o morro com tanques e outras "cozitas" mais. Fico pensando num surto de malária, de gripe "a, b ou c"... Mas ainda bem que moramos em Quixadá. Cidade feliz, onde a "Felizcidade" é uma utopia. Cidade onde com algumas pás e pedras de calçamento, poderíamos resolver quase todos os problemas. Uma cidade onde um médico mais humanizado, uma ambulância nova, uma banda legal no carnaval, um gestor mediano resolveria todos esses "problemas! Será que não existe nessa "FelizCidade" um administrador que seja capaz de resolver esses poucos problemas que temos? Queremos trazer turistas pra cá nessa situação de tristeza e desamparo? E aos que tinham e deram o remédio, vai sem qualquer revanchismo essa singela observação: A soberba precede a ruína.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Carnaval em Quixadá!

Gente, esse ano serão várias atrações! jà estão confirmadas desde a última eleição municipal! Vejam as atrações: Na sexta quem quiser um programa mais caseiro, pode ouvir Aedes aegypti e Banda Som da muriçoca; No sábado vc não pode perder, corra corra que vai ter fila! No sábado vai ter Forró do Deus me ajude lá no Hospital Eudásio Barroso. No domingo, no domingo, vai rolar Buracões do forró, essa banda é show demais! Eles são um estouro!!! Vai ser pipoco de dinamite o dia todo!!!! Vc's não podem perder, pois essa banda é patrocinada pele Prefeitura Municipal de Quixadá e tem a participação mais do que especial da Marsilop produções de eventos e catastrofes! Na segunda vai ter a dupla sertaneja elétrica: Romulo nunca mais! e Ilário(hahaha) , essa dupla foi formada a pouco tempo, mas já é sucesso de público e privada! Na terça, pra encerrar, vamos ter o Bloco do Otário. Esse sim, é a cara do povo de Quixadá. Nele voce encontra todos os que foram enganados e os que se enganam até hoje com essas atrações nada carnavalescas! Na quarta feira de cinzas não precisa ter banda porque é o que sobrou da nossa cidade: cinzas.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que mais falta nessa cidade? Vergonha!

Esperar é uma atitude natural de qualquer ser vivo, mas saber esperar é uma qualidade que só o ser humano possui. Esperamos pelos nossos políticos, e o que aconteceu? Nada. Será que os quixadaenses estão SABENDO esperar? Não. Fica muito fácil criticar quem está no poder, mas antes disso devemos ver que o colocou por la, ou alguém acredita que o nosso prefeito é uma pessoa que age de má fé? Eu não acredito nisso, pelo contrário, ele de tão bom foi se misturar com quem não presta e acabou virando... O que mais falta nessa cidade? Vergonha!
Como pode faltar saúde para um povo que não quer que ela funcione? Quando foi que a saúde daqui funcionou? Quando foi que não faltou remédio no hospital? Quando foi que não faltou médico, maca, soro, Tylenol e outras tantas coisas básicas que deve existir em um hospital? O nosso povo não está merecendo nada de bom e muito menos hospital, pois há tempos o município só está interessado nas festas realizadas pelos grandes políticos do PT. Pena viver assim em uma cidade que falta gente que se interesse pela terra que vive. Falta-nos amor por nossa cidade e falta vontade política de mudar. Espero que um dia nós quixadaenses tenhamos vergonha na cara e passemos a viver uma realidade nova e mais promissora, porque infelizmente estamos estagnados e iludidos por acharmos que podemos fazer ou ter algo que não merecemos.
Hoje Quixadá está em transe diante aos buracos e ao descaso provocado pelas escolhas erradas do povo quixadaense . Deixamos de ser, há muito tempo, a capital do sertão central. Assistimos o Corpo de Bombeiro, as várias fábricas, o IML e outras tantas benéfices irem para Quixeramobim. Vimos o nosso ex-prefeito Dr. Ilário Marques fazer shows e mais shows, praças, mobilizações contra a vinda do presídio, foguetório na passagem do ano, agressões a inimigos e aos próprios “companheiros”...
Quero imaginar que ser quixadaense é muito mais que ser representado por esse tipo político sem moral e sem escrúpulo. Ser quixadaense é ser histórico; é esta na vanguarda da literatura e da política cearense. Ser quixadaense é ser trabalhador e vitorioso, mesmo diante as dificuldades dessa terra árida.
Vamos ver se nas próximas eleições continuaremos com esse tipo político que faz acordo de interesse particular, ou se vamos ver políticos com pactos para o desenvolvimento da cidade. Somos maiores quando fazemos essa reflexão sobre nossa vida coletiva. Seremos muito mais felizes quando olharmos para trás e vermos que o amanhã foi construído com o aprendizado dos erros do passado.