sábado, 19 de março de 2011

Um segundo sol.

não sei se te conheço ou se te fiz
de tanto olhar pra lua e refletir.
alguns sons, teus, vem de longe e não os escuto bem;
alguns amores são impossiveis, porém, não são pra mim.
a última mão que toquei...
a última lembrança feliz.
o último amor que vivi
não são para mim... não são para ninguém.
é tão confusa essa mente.
não são para mim... não são de ninguém,
nada é tão inutil quanto a minha alma.
não dá pra vender. não dá pra calar,
só te sabe sentir e nem te sabe agradar!
é inutil como um grão de areia,
mas é parte de tudo e nela tudo há!
alguns amores patéticos;
alguns nem são o que são.
alguns sonhos perdidos,
e outros achados pela rua.
outros vistos de longe, lá da lua!
não são para mim e não são de ninguém,
calam quando falam e amam quando morrem.
tão inuteis como o arco-íris monocromático...
esse sim, diz-me quando parar e refletir:
não sei se te conheço ou se te fiz,
mas sei que está em mim.
assim como a nuvem do céu
que se dissipa, chove, molha e marca.
não são para mim e não são para ninguém,
os amores nascem para a eternidade.
não são para mim e não são verdadeiros,
os amores são fábulas e contos de fada.

Um comentário:

Marcelo Ed. Fisica disse...

Texto muito bom, aberto para várias interpretações, parabéns Carlos, continue sempre com essa relação homegênea com os poemas!

ATT.

Marcelo Barros