quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Bio-tipo

Será que ainda existe esperança?
Meus ídolos, todos, morreram.
Meus ideais, combalidos, desfaleceram...
E eu não sou mais criança.
A onda perdeu altura e beleza.
De tsunami virou marola.
As promessas, dos tempos de escola,
Viraram desgraça em vez de riqueza...
O que mais pode acontecer?
Quem sabe as coisas melhorem.
Quem sabe elas piorem.
Quem sabe eu posso morrer...
Morrer em paz?
Morrer em trilos?
Morrer sem fé,
sem filhos...
Morrer, apenas desfalecer.
Cair no chão.
Chegar ao chão.
Ficar no chão.
Permanecer no chão.
Servir de adubo
Pra quem sabe virar uma árvore!
Sem frutos, mas com sombra...
Uma bela árvore,
Um lindo pôr-do-sol!
Sendo constantemente abraçado,
Sendo tocado!
Sendo livre pra sentir os livres!
Sendo o que todos querem ser:
Lembranças para os que aqui estiveram.
Ah...
Não posso ser uma árvore,
Eu demoraria muito pra crescer!
Tenho que ser algo mais rápido...
Tipo...
Sem tipos...
Como se fosse...
Como se fosse alguém.

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