quinta-feira, 31 de maio de 2012

E um político que me dê a mão... Todo dia.





"Esse ano quero paz no meu coração..." Quem nunca ouviu essa música na época do fim de ano? Pois é, esse ano eu quero paz na minha consciência. Estamos em ano eleitoral, eleições municipais... Hora de escolher o próximo Dr. Mesquita, Ilário Marques, Rômulo Carneiro... Vários nomes e muitas histórias sejam elas trágicas hilárias ou com final feliz.

Em nossa felizcidade o final feliz está próximo, pois está acabando o ano e com ele, pelo menos é o que a maioria diz nas ruas da felizcidade, o mandato do nosso queridíssimo Dr. Rômulo. Antes, politicamente falando, Dr. Rômulo não existia, pelo menos não concretamente. Mas quem nunca disse: "O homem faz tantos milagres no hospital, bem que poderia ser nosso prefeito e melhorar tudo isso!" Ledo engano.

Sou do tempo em que o Dr. Mesquita fazia carreata sem moto-táxi auxiliando. Sou do tempo em que candidato a prefeito dava tiro na própria barriga. Sou do tempo em que tudo era como é hoje, cada um por si.

Mas o tempo passou e nada mudou. Continuamos votando em Dr Ilário, político que vinha para acabar com as oligarquias. Homem que destronaria os poderosos. E assim o fez, fazendo história e tentando contar a sua própria. Continuamos a votar em Médicos ou advogados e nenhum deles foi capaz de nos dar a paz que tanto almejamos.

O Dr. Ilário fez praça, mandou dar uma mãozinha de cal no estádio, outra no Cedro. Fez mais praça e mais show na praça. E mais um milhão de coisas... Dr. Mesquita fez avião pousar, sangue ajudar e escola lecionar.

Eles “muito” fizeram, pelo menos é o que dizem. E nós, cidadãos, estamos a fazer nossa parte?

Em época de campanha todo dia alguém roubou mais do que o outro. Cada dia aparece uma casa, fazenda, carro e outras tantas “benfeitorias” que os nossos políticos fazem a si próprios ou a suas famílias. Não nos enganemos com roubalheira, ela acontece sempre e nunca vai deixar de existir. Quem tem que fazer a diferença somos nós e não eles!

Não caiamos na falsa promessa do milagre, ele não existe! Os que nos governam, a priori, deveriam ser honestos e probos, mas não são totalmente e jamais serão. E sabe o porquê disso, dessa falta de total compromisso? Simples: eles são tão humanos quanto nós.

Vejo fogos estourarem quando um pobre coitado encontra dinheiro e devolve! Não é obrigação nossa pegar e devolver o que não é nosso? Devemos ser honestos; isso deve ser inerente a nossa índole!

Nós, os cidadãos quixadaenses, somos tão ladrões quanto os que nos roubam. Nos Furtamos-nos de ter educação, quando vamos a praça aceitar o pão e o circo. Somos desprezíveis quando votamos em quem subitamente enriqueceu a custa do sofrimento de quem está doente na fila do hospital!

Quer saber o que é sofrer? Vá marcar um exame na rede pública! Vá ao hospital Eudásio Barroso e pegue um médico ignorante, uma fila, um atendimento ruim, uma enfermeira bruta e um hospital sem algodão!

Gente, reclamamos por coisas que deveriam existir para a municipalidade, mas nos esquecemos de coisas que deveriam partir de nós e nossos “doutores”: Humanidade. Isso, ela existe dentro de nós.

Eu não quero ver uma Felizcidade, quero ver gente feliz e responsável. Quero ver gente humana e não cegos pela ganância de “mamar” mais 4 anos!

Vivemos tempos difíceis em relação aos nossos governantes, mas eles sempre foram assim. Eles só mudarão se nós mudarmos, pois eles são iguais a nós; vivem sob o mesmo teto solar e o mesmo chão de estrelas.

Os nossos políticos são a nossa imagem e semelhança: não cuidam de nós, pois não cuidamos deles. Eles precisam do nosso carinho e nós do carinho deles. Não precisamos nos vender, assim como eles não se venderão.

Ganhe quem ganhar, só espero que a população saiba escolher o melhor vencedor. Perca quem perder, só espero que o perdedor apareça nos outros dias do ano e não apenas nos últimos dias antes da eleição.

Esse ano quero paz na consciência coletiva.

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