Já ouvi falar sobre flores.
Nem conto mais com suas dores.
Já escrevi minhas árvores,
derrubei meus livros
E descobri que nada sei.
Não era pra ser assim, de
tempos em tempos?
Uma refazenda?!
Nem sei o que é isso;
É mistura de bicho? É
"fulô"?
Já contei milhares de espinhos
E com eles senti meu cheiro.
Já preparei a
"mudança", esqueci da "mundiça"
E ainda não cheguei.
Onde que era mesmo, à vaga
lembrança?
Melhor que a encomenda,
Interesse diverso...
Mas o que eu queria mesmo
Era ser livre como meus versos!
Neles eu esqueço, lembro e
converso!
Não importa se são simples ou
complexos.
Se terminam com “ão”, então,
Como os começo?
Não os meço,
Nem os impeço.
Endereço
A todo vivente.
Tornam-se gente e alegorias...
Fantasias, isso!
É um vício, um mar pendente!
Um luar vira dor e a dor
latente.
Mas não. Não posso ser livre,
assim.
Tudo tem seu por que,
Mas não encontro o porquê de
tudo.
Convivo com incapazes
E deles depende minha
sanidade.
Deixam saudade.
Falam a verdades.
Dizem palavras mesquinhas.
E eu escolhendo as minhas...
Neles eu esqueço, lembro e
fico perverso.
Não me interesso,
Nem me adianto.
O ser humano é doce
E doce mata.
Assim como sal conserva
E a água desmancha.
Não dependo mais deles,
Eles são chatos...
Ingratos!
Perdidos!
Tornam-se gente e são minhas
alegrias...
E tristezas e melancolias...
Não há razão para falar mais,
Por isso eu poderia só
escrever.
Poderia, mas não faço.
Queria, mas não posso.
Faria, mas não devo.
Seria, e sou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário