segunda-feira, 11 de junho de 2012

Se estou certo ou errado, nem o tempo dirá.


Todos os dias deus dá e deus tira. Assim como o diabo faz e refaz. O diabo, claro, está sempre negativado em nossos acontecimentos ruins e a deus sobra "as vontades" divinas. Nunca quis entendê-los, pois não tenho pactos ou promessas a pagar. Preocupa-me, evidentemente, não irritar ninguém.

Claro que irritar não é a maior especialidade humana, já que a criatura não pode ser maior que o criador... Ou pode? Bom, criamos deuses. Alguém duvida?

Numa clara e evidente  realidade, divindades permeiam os pensamentos de bilhões! De alah pra cá, todos entram na seara divinas. Devemos a elas! Sério? Eu não devo nada, mas respeito e admiro quem deva. Não como poderia já que a fé remove montanhas e eu não consigo remover nem meus medos!

Santos? Milhares. Animais? Digníssimos! Ao que o homem não entende, dignifica; ao que o homem não concebe, santifica; ao que o homem destrói, endiabra. Eu não faço nem uma coisa nem outra, apenas vivo ou tento conviver com tudo que está por ai.

A fé é tão necessária quanto o pão de cada dia. Será? Somos tolos em brigar por "eles". Não existem além do nosso imaginário, eu poderia dizer. Nunca vi "o positivo" e muito menos "o negativo". Não os vejo por não acreditá-los, ou por não existirem, mas pelo simples motivo de não precisar que eles estejam na minha vida, como se servissem para explicar minhas glórias ou derrotas. O destino é minha culpa e a culpa não pode existir além de mim.

Alguém tem que ser o bode expiatório; em alguém temos que por a culpa, e em alguém temos que por a glória. Não podemos ser totalmente culpados? Não podemos ser totalmente glorificados? Claro que não, pois somos falhos, tolos e culpáveis! Não somos acreditáveis, assim como não somos preteridos a vencer sozinhos. São minha culpa minhas falhas, e não de “alguém”. Não espero compreensão dos meus fatos, até porque são quase tão comuns como a de tantos outros! Mas eu entendo aos que sofrem...

É difícil sofrer e não ter a quem recorrer ou culpar. Já imaginou uma vela queimando e iluminando um ambiente vazio? De que adianta existir e cumprir suas tarefas se não podemos ser especiais; servi pra alguma coisa.

Sempre precisei criar meus próprios deuses, fazendo-os improváveis e desumanos. Eu não pensava ser igual aos que precisavam de divindades coletivas; tornara-me especialmente alocado, preso e “estranho” a tudo.

Mas um dia nada aconteceu. Não tive visões, mas tive várias ocasiões. Não procurei as montanhas para refletir sobre a vida; minha vida sempre refletiu quem fui e quem serei, pois no agora não sou nada, assim como ninguém é.

Alguns preferem depender dos deuses para sofrer melhor; outros acusam um ser endiabrado por não viverem melhor. E enquanto deus, o diabo e seus criados-criadores lutam desesperadamente, eu vou por aqui à margem de tudo que não posso entender ou conviver. Se estou certo ou errado, nem o tempo dirá.

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