Todos os
dias deus dá e deus tira. Assim como o diabo faz e refaz. O diabo, claro, está
sempre negativado em nossos acontecimentos ruins e a deus sobra "as
vontades" divinas. Nunca quis entendê-los, pois não tenho pactos ou
promessas a pagar. Preocupa-me, evidentemente, não irritar ninguém.
Claro que
irritar não é a maior especialidade humana, já que a criatura não pode ser
maior que o criador... Ou pode? Bom, criamos deuses. Alguém duvida?
Numa clara
e evidente realidade, divindades
permeiam os pensamentos de bilhões! De alah pra cá, todos entram na seara divinas.
Devemos a elas! Sério? Eu não devo nada, mas respeito e admiro quem deva. Não como
poderia já que a fé remove montanhas e eu não consigo remover nem meus medos!
Santos?
Milhares. Animais? Digníssimos! Ao que o homem não entende, dignifica; ao que o
homem não concebe, santifica; ao que o homem destrói, endiabra. Eu não faço nem
uma coisa nem outra, apenas vivo ou tento conviver com tudo que está por ai.
A fé é tão
necessária quanto o pão de cada dia. Será? Somos tolos em brigar por
"eles". Não existem além do nosso imaginário, eu poderia dizer. Nunca
vi "o positivo" e muito menos "o negativo". Não os vejo por
não acreditá-los, ou por não existirem, mas pelo simples motivo de não precisar
que eles estejam na minha vida, como se servissem para explicar minhas glórias
ou derrotas. O destino é minha culpa e a culpa não pode existir além de mim.
Alguém tem
que ser o bode expiatório; em alguém temos que por a culpa, e em alguém temos
que por a glória. Não podemos ser totalmente culpados? Não podemos ser
totalmente glorificados? Claro que não, pois somos falhos, tolos e culpáveis!
Não somos acreditáveis, assim como não somos preteridos a vencer sozinhos. São
minha culpa minhas falhas, e não de “alguém”. Não espero compreensão dos meus
fatos, até porque são quase tão comuns como a de tantos outros! Mas eu entendo
aos que sofrem...
É difícil sofrer
e não ter a quem recorrer ou culpar. Já imaginou uma vela queimando e
iluminando um ambiente vazio? De que adianta existir e cumprir suas tarefas se
não podemos ser especiais; servi pra alguma coisa.
Sempre precisei
criar meus próprios deuses, fazendo-os improváveis e desumanos. Eu não pensava
ser igual aos que precisavam de divindades coletivas; tornara-me especialmente
alocado, preso e “estranho” a tudo.
Mas um dia
nada aconteceu. Não tive visões, mas tive várias ocasiões. Não procurei as
montanhas para refletir sobre a vida; minha vida sempre refletiu quem fui e
quem serei, pois no agora não sou nada, assim como ninguém é.
Alguns preferem
depender dos deuses para sofrer melhor; outros acusam um ser endiabrado por não
viverem melhor. E enquanto deus, o diabo e seus criados-criadores lutam desesperadamente,
eu vou por aqui à margem de tudo que não posso entender ou conviver. Se estou
certo ou errado, nem o tempo dirá.
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