sexta-feira, 4 de maio de 2012

O homem da lua.

Alguns bebem. Outros fumam. Todos cheiram. E cada um tem sua forma de "potencializar" ou afastar os pensamentos do mundo real. Eu apenas penso e sofro, ou sofro e penso mais ainda. Quem está livre dos vícios humanos é um fraco! Os vícios nos despem, sendo a luz em nossa alma. Iluminam nosso caminho até, às vezes, o amanhecer... Tão belo... Tão bucólico... Tão sozinho.
O vício nos... afasta das boas pessoas... Dos chatos! Da mesma forma que nos aproxima dos "bons" e dos maus. Quem não tem certos vícios, não sabe o que é ter aquela larica na madrugada... “Os vícios são legais, blz? Soh”... Quem não tem outros certos vícios não sabe o que é aquela ressaca moral e nem muito menos a orgânica. Não sabe o que é falar besteira e ter coragem na ponta dos olhos! Rico! Valente! Deitar no chão e sonhar com ela, a mulher amada...
Ter vícios é ser “demasiado humano”, mas não ter a tristeza na alma. Triste daquele que não tem vícios. Não tem amigos ou sequer inimigos. O homem sem vícios é um fraco, arrogante e desumanizado! Quem não tem certos vícios não sabe o que é ou como é o banheiro de uma festa... É lá que o homem volta ao princípio divino e”vira” pó. È lá que o homem se separa dos “meninos”. É lá que tudo gira mais rápido. É lá que a “parada” é sinistra. É lá que começa o fim.
O vício mata a realidade e com ela, morre o ser. O homem nasceu pra sofrer e só assim conseguirá encontrar seu caminho entre tantas pedras. O vício é lindo e maravilhoso, enquanto seu efeito dura. Quando o filho chora de fome, o vício não é seu amigo. Quando se vende a alma por uma “pedra”, o vício está lá, na espreita. Quando a morte, a vida e a melancolia se tornam parte de uma mesma realidade, cuidado, você está viciado.
O vício é “bom”, mas o viciado é triste.
Meu único vício é saber demais, sobre coisas que nunca provei.

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