Um som no estalo da noite:
Quem me castiga agora?
Quem me traz o açoite?
Será que me degola?
Será... Quem diz que sóis?!
A verdade?
Vais embora!
Voltas depois.
E apesar do esquecimento,
Do raiar da loucura.
É pura.
É veneno.
É doce.
É fruta.
É credo na face oculta,
A espera da noite.
Espreita meu corpo, apenas,
O queres pra açoite!
Quem me castiga? A vida.
Quem me trai? A foice.
Quem me derruba? A lida.
E quem vai? Já foi-se!
Vai logo, tosco farrapo,
Corpo sem som vivente,
Ocultar quem te castiga
Procurar quem está ausente.
Reinventei o leigo trapo;
Corpulento retalho
Que de vida que pereceu.
Procuras nos sons da noite
Achar que já morreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário