domingo, 6 de dezembro de 2009

Elementar, meu caro pensamento. Elementar.

Um som no estalo da noite:
Quem me castiga agora?
Quem me traz o açoite?
Será que me degola?
Será... Quem diz que sóis?!
A verdade?
Vais embora!
Voltas depois.

E apesar do esquecimento,
Do raiar da loucura.
É pura.
É veneno.
É doce.
É fruta.

É credo na face oculta,
A espera da noite.
Espreita meu corpo, apenas,
O queres pra açoite!

Quem me castiga? A vida.
Quem me trai? A foice.
Quem me derruba? A lida.
E quem vai? Já foi-se!

Vai logo, tosco farrapo,
Corpo sem som vivente,
Ocultar quem te castiga
Procurar quem está ausente.

Reinventei o leigo trapo;
Corpulento retalho
Que de vida que pereceu.
Procuras nos sons da noite
Achar que já morreu.

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