quinta-feira, 29 de maio de 2025

É miócalá

Não existem meios-termos na política: ou se é de um lado ou se é doutro. No caso, não referido, dialogo com o problema IPMQ. 
Como funcionário que ainda sou,  ninguém gosta de pagar mais contribuições. Mas também como funcionário, devo me abster de dizer os erros ou acertos da administração, principalmente, em questões de e que envolvam política. Quem quer ser político, não deveria fazê-lo enquanto funcionário. Não tenho aspirações nesse sentido, pois, normalmente, minto pouco e com o passar dos anos, cada vez menos. 
Ser político é, primeiramente, um ato mentiroso. Falo isso de quem está político ou quem vive isso diariamente, algo que passa longe de ser meu caso...mas ser político é, além de mentir, omitir interesses e razões dos porquês. 
O político não deve dizer o que pensa, deve dizer o que o povo quer escutar. Mas aqui, nesse ponto, deveria ser o político ideal, aquele que mente por um bem maior. Se a cidade tem um problema, se você é político, a culpa nunca é sua...ou alguém aqui já ouviu um político dizer que errou? Eu nunca vi! E tenho certeza que tenho muita experiência de ouvir e falar com os políticos locais.
Ultimamente tivemos a votação de um projeto de lei que busca equacionar o IPMQ. Pulando todo o blá-blá-blá, digo e repito: ser político é mentir e nunca assumir culpa de nada. Então os que aí estão estão mentindo? Não! Os que passaram, mentiram? Com toda certeza! Eu estou mentindo? Não faço a menor ideia. Mas que existe um culpado, ou melhor, culpados, isso sim existe. Mas o culpado primal, aquele que é culpado a cada 4 anos de eleição, é o povo. As pessoas vendem seu voto, cada vez mais caro, e depois querem cobrar coerência... meus amigos, não muitos e poucos queridos, aprendam a se contentar com as "coisas" que compram e vende. Se seu voto vale 100 reais ou um pneu de moto, como você pode ser compadecer com alguém que está nos hospitais da vida ou nos buracos das ruas... as pessoas mudam de lado como mudam de rua: de acordo com o interesse. Mentem ao cobrar dos políticos, mentem ao ser dizerem indignados, fingem preocupação, mas na realidade, não estão nem aí para o que é certo ou errado... e como diria o popular ditado: farinha pouca, meu pirão primeiro!
É assim e sempre será. Entrará "perfeito"( você não leu errado), sairá perfeito, vereador e afins, e tudo será como é e como sempre foi: apenas migalhas que caem da mesa. Isso sim o povo gosta! Apanha, apanha e pede: bate mais! Parece outra coisa, mas é apenas política. Mais uma sessão, menos uma sessão, todos indo para suas casas e amanhã é um novo dia para olhar no espelho e mentir para si mesmo: eu faço isso pelo povo! Faz nada! Ou faz muita coisa, ou faz mais ou menos ou me engana que eu gosto.
Os políticos são apenas nossos representantes. Simples assim. O poder, que dizem emanar do povo, é desconhecido, ninguém nunca viu. Porém, o povo acha que o tem quando quer apenas falar mal ou defender o seu lado da rua da política local ou estadual ou nacional.
Por isso eu digo e costumo repetir insistentemente: estou nem aí para o que o povo acha ruim, pois se acontece, acontece quando o seu lado da mesa está vazio, povo. Este que grita é o mesmo que se cala quando seu lado da mesa está cheio. Não vejo ninguém defendendo o funcionário público, ele tem o direito de permanecer calado e tudo que disser poderá e será usado contra ele. Por isso, calo eu, calo tu e nada para ninguém, nunca!
Para finalizar, como diria o gaiato: é miocalá.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Tudo, menos cuidado.

Dizem que muito é veneno e pouco é loucura, mas a saudade, é bom sempre lembrar, deve ser usada sem moderação. "menino olha o carro", "menino olha o chão quente", "olha as tarefas da escola", "presta atenção com quem você está andando", "e essas amizades", "você vai pra onde e com quem", "e essa namorada", "essa menina não presta", "rapaz, não faça isso com ela", "eu bem que lhe avisei"... e por aí vamos, até hoje. Quando criança nascemos sem medo, sem amarras; apenas às limitações físicas e psíquicas são visíveis e limitantes. Mas hoje, parece que as coisas mudaram demais, pois existia algo, no meu tempo de criança, adolescente e adulto, que até hoje eu levo no peito e na mente que é gostar da presença de todos. Vejo demais a falta disso nos dias de hoje, parece que vivemos presos a telas e  vendo pessoas desconhecidas, como se fossem de nossa convivência diária. sempre lidamos com estranhos, pessoas que vão e vem diante dos nossos olhos, mas que com a violência e essa perda de respeito, cada olhar a cada um que passa, pode ser nosso algoz. até mesmo as pessoas que conhecemos, tornaram-se ainda mais estranhas, pois a convivência não é mais baseada naquilo que percebemos, mas sim, na visão digital das redes sociais. Apelidos? Não pode mais, é politicamente incorreto. Crimes virtuais, exposição pública e coisas piores, se tornam cada vez mais fáceis, mas, aparentemente, permitidas, pois causam likes e comoção seletiva. Vejo, mesmo pelo pouco que vejo, adolescentes cada vez mais presos em si mesmo, de cara no telefone com seus amigos virtuais e suas alegrias medidas em bits e não mais no suor do pé no chão…eles não fazem a menor ideia do que é arrancar o chaboque da cabeça do dedo! Inaptos ou ineptos ao circo social adolescente dos anos 90? Tempos difíceis esses que vivemos...Mas eu tento não me calar ainda mais diante dessa modernidade, tento, mas é difícil convencer as pessoas que nós humanos, reais e ali, na sua frente, ainda somos tão interessantes do que uma tela. Costumo cobrar a todos que sentam na calçada que devemos conversar e não ficar olhando status ou curtindo. Eu sei que é difícil, pois a humanidade está cada vez mais conectada e cada vez menos compreensiva com seu semelhantes. Tudo é motivo para lixamentos públicos, ninguém mais pode errar, não existem mais os “4 olhos”, “os negros da lata de óleo pajeú”, as freiras não podem mais colocar as crianças de joelhos em cima dos caroços de feijão ou de milho. A humilhação pública agora é digital, milhões podem ver, mas ninguém pode mais sentir. Eu já fui mestre splinter, palito de dente, mas já chamei de viado, bixa, baitola, travesti e afins! Mas esse era outro mundo, um mundo real, de realidades e dificuldades. Hoje é diferente, pois nos tornamos zumbis da selfie, da hashtag, da trend, das dancinhas e coreografias “imorais”. Fomos reduzidos a bits, numa dicotomia 0 e 1, 0 e 1, nada mais que isso. Será esse o fim dos tempos? No meu tempo o mundo acabaria no bug do milênio, mas não rolou...Eu acho que não faço a menor ideia do que está para acontecer, mas o que está acontecendo é muito nítido: o homem cansou de viver e agora suja os pés no beach tenis! É o máximo que podemos aceitar. “viado” tornou-se sinônimo de algo para apenas chamar atenção. “teu cu”, antes popular, não pode ser dito em “praça pública virtual”, “nego cafuçu” é crime… mas não é crime ser hipócrita. Se fosse, estaríamos todos presos. Evidentemente que tudo isso era dito pela percepção visual, mas jamais por olhos, que hoje, tão aclimatados estão pelo politicamente correto. A medida que os dias passam, menos dia temos, mas ninguém percebe. Somos zumbis consumidores de likes e visualizações. Curtindo a trend do momento e entrando em quadra para jogar o beach. A canela não ficará mais dolorida pelo racha violento e viril; a lembrança estará contida na nuvem e não mais em nossas mentes. Os bons momentos, inesquecíveis, ficarão guardados na selfie e aquela boa história será contada em podcasts e não mais nas calçadas. O mundo acabou e nós não nos demos conta. A bomba caiu, o cogumelo subiu e nós viramos baratas em redes sociais. Te pego lá fora? Bullying. Pregar chiclete nos cabelos das meninas ou nas carteiras da sala de aula…deverá ser crime logo em breve, mas era engraçado pra caralho. Enfim, no mundo conectado, onde as pessoas se encontram em grupos do zap, a presença física se tornou quase um devaneio saudosista. Que pena, pois mal sabem eles que era isso que nos unia na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e no dim-dim pós racha…

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Qual o futuro de Quixadá: Realidade ou distopia?

 

As últimas eleições evidenciaram um novo amanhecer a nível político da cidade: estávamos, por anos, acostumados ao incômodo petista e agora vimos ele ser massacrado de forma contundente. O quixadaense deu uma maioria de votos ao grupo do Dr. Ricardo Silveira, e agora, com o PT esmagadoramente derrotado e um prefeito que não será candidato a nada, teremos fôlego para uma cidade que pulse rumo as mudanças necessárias.

E como falar assertivamente sobre o futuro? Olhando o passado e tentando não repetir os erros de outrora. Porém, pode ser difícil, mas a meu ver é bem fácil saber o que acontecerá com a cidade, se os atores políticos forem os mesmo em suas intenções, pois a própria cidade nos diz isto: não acontecerá nada.

E por que nada? Porque é o que a história tem se colocado, onde tais atores políticos pensam apenas em trocar de lugar, em eleições, em se colocarem nos melhores lugares perto da fogueira do poder, mas nunca, em momento algum, pensam em fazer a cidade, verdadeiramente, prosperar.

Mas digamos que você não concorde. Digamos que vivemos numa cidade que, apesar dos problemas, está indo de vento e popa, rumo ao desenvolvimento sustentável, com avanços significativos em todas as áreas de atuação pública, com vários e vários canteiros de obra, com drenagem, esgoto, asfaltamento, educação de primeira qualidade, transporte público funcionando como um relógio, segurança e por aí vai! Ufa, cá para nós, algo do que eu disse é de acordo com a realidade que vemos nas ruas e no dia a dia do município?

Por anos Quixadá viveu dos mitos políticos: Páscoa, Baquit, Silveira, Mesquita e Marques. E hoje, mesmo tendo um Silveira, em companhia de Baquit’s, dos Mesquitas e do jovem Páscoa, outros novos nomes aparecem. Mas quem são? De onde vem? Para onde vão? Como vivem? Esta é uma pergunta fácil, também, assim como prever o futuro do município: ninguém, pelo menos à primeira vista, tem um projeto de cidade e para cidade. Até hoje, neste minuto, o único plano era derrotar o PT e olha que isso é para lá de polêmico, pois há uma, digamos, verdadeira corrida de quem chega para uma foto com o governador, petista...

Baquit está lá, Silveira, mais ou menos? Mas lembremos que: a maioria esmagadora dos mais de 31 mil votos que Ricardo Silveira conquistou são de pessoas que não votam no PT. Como isso se sustenta? Pois é, viu como é fácil prever o que vai acontecer: nada.

A administração pública se concentra, ou pelo menos deveria, em solucionar, prever, fazer funcionar e servir a população, a seus interesses e fomentar aquilo que o particular não consegue. Deve ela coibir benesses apenas aqueles que estão se servindo do poder emanado do povo. Mas não é isso que vemos e, mais uma vez eu pergunto: Qual o projeto para a cidade? Vamos ficar nessa de culpar o PT e ser (da melhor forma possível eu coloco esta palavra) a amante do governador petista?

É bíblico: “Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.” Apocalipse 3:15-16.

E para mim, isto diz tudo: não se pode servir a dois senhores. Ou se é quente ou se é frio, mas o meio termo, neste caso, não serve. Ou estamos ao lado dos reais valores pelos quais dizemos lutar, família, religiosidade, amor ao próximo, ou não teremos obra alguma.

É tudo uma questão de perspectiva: ou Quixadá tem um projeto a apresentar, ou estará fadada a ser aquela que come as sobras. Simples assim.

Ah, mas ganhamos prêmios! Ah, mas estamos com escolas nota 10! Ah, mas...mas...mas e quando chove? Pois é, os velhos e os mesmos problemas de sempre. E quando alguém precisa de um hospital com atendimento de alta complexidade? Pois é, lá vamos nós nos deslocar ou para o regional ou para Fortaleza.

É isso que eu falo, é isso que eu vejo e é isso, que graças a Deus, eu pouco passo, mas eu escuto as pessoas falando dos velhos problemas de sempre. Mas também escuto que o fulano ajeita isso, deixa eu falar com o cicrano que ele resolve...isso não é administração pública, é fisiologismo, é curral eleitoral...e não é disso que dizemos que o PT pratica: manter o pobre na coxia, dependente, impotente e ignorante?

Então se é isso que dizemos combater, não podemos fazer igual e muito menos nos acompanhar desse tipo de político. E aqui me vem uma lembrança, daquele radialista que tanto falava da política do pão e circo. Somos isso? Digo somos, pois me relaciono com os que são indescritivelmente contra o PT e o petismo. Não tenho acordo com esse tipo de gente, pois, como disse Churchill certa vez: “Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra.” E podem ter certeza, que eu preferi o silencio da minha própria guerra, a me associar com qualquer coisa que envolva vermelho e uma estrela decadente.

E quem sou eu para dar conselhos..., mas se pudesse, diria ao atual prefeito: não faça política, faça o político. Como assim? Seja político, articule, proponha, imponha e, principalmente, se cerque de pessoas que querem realmente o bem de Quixadá e não apenas de uma meia dúzia que quer continuar eternamente mamando e sugando e matando nossa cidade.

Veja com quem contar na Câmara, imponha uma agenda. Não tem? Prepare, pesquise, procure as melhores práticas administrativas, saiba ver para onde o mundo real aponta. Paremos de ver gente apadrinhada, sem formação, sem história, sem mérito, sem conhecimento de causa e, principalmente, sem ética, moral ou bons costumes; gente que só quer mamar e mamar e mamar.

Por fim, mas não menos importante, por algum tempo convivi com o prefeito e sei quem ele é. E com todos os defeitos que eu tenho, muito mais do que qualquer outro quixadaense, mesmo assim, eu quero o bem da cidade e sei que o prefeito também.

Houve um dia, senhor prefeito, que está ao seu lado era radioativo...eu estava lá. Houve um dia, senhor prefeito, que estar ao seu lado era sinônimo de se dar bem...e eu não estava lá. Veja quem está com você, mas veja quem quer ajudar. Esqueça quem são e foque no que querem para nossa cidade.

Mesmo com o pouco que temos, a nível municipal, é possível fazer muita coisa, mas com toda certeza, isto só será verdade se você estiver cercado de pessoas boas, jovens e não apenas de velhas raposas felpudas, ricas ou pobres de espírito.

Que minhas palavras sirvam para alertar, pois a vida é muito dura com os que tem más intenções e sei que não é o seu caso.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

2025: "sem as mãos". Só homens entenderão...

Einstein disse, certa vez, que a definição de insanidade, ou loucura, é fazer a mesma coisa sempre e esperar resultados diferentes. com toda a certeza ele estava certo! E todo começo de ano é assim: velhos problemas, novas soluções, mas sempre o mesmo resultado. Talvez porque sejamos imediatistas ou inocentes, ou porque não queiramos mudar. Queiramos?! Talvez eu esteja indo aonde nenhum homem jamais foi: sincericídio.

Mas voltemos ao tema principal: eu e vocês. Se existisse em mim a crença sobre dons, estaria eu, agora, dizendo que tenho o dom de escrever. Bem ou mal, mas escrevo. Já escrevi mais já li mais, já fui mais ativo, já fui mais homem e menos menino, já vi a vida como minha e não como a dos outros.

Nós, homens de hoje, padecemos da criancice ou do deixar para lá. Não! Eu já fui inocente até demais, bobo, bocó e hoje, talvez, eu seja apenas mais um imbecil. Palavras duras meu caro amigo. Com certeza! O limite do já foi ultrapassado há tempos e o que queremos? Mais do mesmo ou mudança? Lembremos Einstein...

Acredite que as pessoas estão constantemente testando nossas fraquezas e nos colocando em situações de desconforto. Eu, agora mesmo, estou digitando de olhos fechados, ouvindo Bach. Viu? Não consegui digitar Bach sem olhar para o teclado! Eureca?! Não, apenas costume.

Somos, hoje, acostumados a ter nossa masculinidade tolhida por uma sociedade boba, que eu, particularmente, não faço a menor das questões de pertencer. Diria eu ontem, caso tivesse ganhado na mega da virada: fodam-se quase todos! Excetuaria uns poucos, mas muito poucos mesmos; talvez os inocentes, velhos e crianças que não sabem o que pensam ou o que fazem.

O mundo adoeceu e eu, por querer andar com ele, girando, girando e girando, acabei tonto, tolo e bambo em minhas próprias forças. Onde estão as palavras doces, carregadas de veneno ácido? Onde foram parar as pancadas secas ou o tô nem aí para você...esse era eu, ou fui eu, um jovem tolo, mas que não parava para ouvir ninguém.

Posso dizer que sempre fiz o que quis. Fora eu tolo? Talvez por não ter ido até o final. Assim como Adão ouviu Eva, impregnando-se ele pelas palavras de uma mulher, a primeira mulher! fiz eu o mesmo caminho. Diz-se que o homem deve sair da casa de seu pai e sua mãe...pronto, eis o problema. Como diria Einstein...

Mesmo assim, nascido e criado, deitado eternamente em berço esplendido, ao som do mar e a luz do céu profundo! Mas claro, não há mal que dure para sempre e prepare-se para meio mundo de lemas batidos e não debatidos. O homem é forte quando acredita nas próprias palavras e apenas nelas. Tem em deus seu conforto nos momentos difíceis e não dá ouvidos a ninguém que não seja o criador ou a sua própria necessidade.

Tivesse Adão me visto nos tempos áureos, veria que mulheres são apenas mulheres e homens são apenas meninos, brinquedos, nas mãos delas quando paramos para escutar. Isso sim é um fodam-se! E olha que é sem mega da virada...tragam a cruz! Talvez nem precise, já a carrego desde o dia que Adão parou para ouvir...se fudeu e nos fudeu. Mas, claro, não somos obrigados a continuar com os mesmos erros, pois não obteremos resultados diferentes e não obtendo resultados diferentes, não poderemos vencer a ilusão.

Sim, a vida é uma grande ilusão. E você ainda para para (não estou gago, apenas o verbo parar que perdeu seu acento diferencial) ...viu? Tive que ir no google saber se eu estava certo, mesmo tendo certeza que você, um quase analfabeto funcional, jamais saberia se o verbo parar perdeu mesmo o seu acento diferencial. Voltemos!

A vida, ou as pessoas que querem nos enganar, inventaram necessidades inúteis, redes sociais fúteis e fuderam com a nossa realidade imaginada. Todas elas pensam que todos vivem bem e felizes. Alou, Eva, está na escuta? Ninguém é feliz num mundo onde temos que agradar. Ninguém é feliz num mundo comandado por imbecis. Ninguém é feliz num mundo de ilusões e mentiras.

Vou me abster de citar a música do momento, para evitar replicar a imbecilidade do homem, no sentido de dar importância a determinada parte do corpo feminino. Se você não faz a menor ideia do que estou falando, certamente estás a comer capim, seu burro! É uma importância exacerbada, sobre algo fugaz. Que seria mesmo fugaz? Procure e encontrarás, esqueça e jamais lembrarás. Viagens a parte, o mundo é uma zona de importâncias sem sentido, com pessoas sem sentido ou porquês. Acreditar em si é a única solução.

Saia e quebre a cara. Isso certamente o deixará mais forte. Deseje o que sua boca anseia, mas jamais deixe que seu coração seja comandado, ou que suas necessidades sejam ditadas. Como eu escutei dia desses: seja homem! 2025 é e será um ano de rever e refazer muitos conceitos. Um ano de reconstrução. Um ano que farei 45 sem a perspectiva de fazer mais 45, não ou pelo menos do jeito que as coisas estão. E você, está na mesma pegada? Apegado a quem te oferece prazer e raiva? Desapegue e se apegue em viver por você, independente do que e de quem são os outros.

Claro que concordo com a frase de que “Homem nenhum é uma ilha...”, mas convenhamos, no final do dia, apenas o céu é certeza e apenas deus estará contigo. Seus problemas são diferentes dos meus, mas talvez tenham, se você acredita, a mesma raiz, o mesmo radical e a mesma fonte:...

Descubra-se, desnude-se, faça por você e não pelos outros. Fique mais calado, mais focado e talvez, apenas talvez, nossos pecados sejam perdoados. O homem foi fraco no paraíso, mas não deve ser fraco no inferno que é esse mundo. Fraqueza, assim como sangue nas águas do oceano, são sentidos a quilômetros de distância pelos predadores.

E sem mega da virada: “você, para mim, é problema seu”. Repita isso todos os dias em 2025 e veja a mágica de uma vida melhor acontecer. Como diria Einstein: “O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir”.

Seja você mesmo, independente dos outros.


segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Caros hipócritas, o que é comunicação?

Vários são seus significados, mas como a comunicação deve ser algo a repassar uma ideia ou mensagem, de nada adianta comunicar algo inteligível, ou seja, a comunicação deve ser algo possível de ser recebido e entendido.
Nesse mundo conectado, muitos de nós achamos que " bom dia", "boa tarde" e " boa noite" são algum tipo de comunicação. Outros exortam o Senhor ou a Ele, com qual intenção? E as correntes de oração? " repasse essa oração e bla bla bla? Sério que pagamos a Internet pra isso?
Irritante, para dizer o mínimo. Acredito que todos somos importantes demais para que nós demos o destrabalho de encaminhar, por vezes, com frequência, coisas que são feitas apenas para encher o saco. Sim, isso mesmo.
Interessante que todos os "enviadores" dessa baboseira, acreditam que o mundo está ótimo e que isso, essa coisas fabricadas para não comunicar nada, mantém o mundo a salvo do mal! Piada! Assim como tantas outras coisas, como apertos de mão e bons dias ditos a estranho.
Diga-me qual o significado de um " bom dia" a alguém aleatório na rua? " Nossa como eu sou educada!" Será? Damos muito mais importância a essas, digamos, etiquetas sociais do que realmente nos importamos com o mundo exterior. Antigamente a comunicação era algo difícil de se ter com pessoas que não moravam conosco. Ter um telefone fixo era, por tempos, coisa de rico e até mesmo uma ligação era coisa cara.
Com o advento do celular e seu SMS as pessoas começaram a se comunicar por horas sem precisar falar. O tempo passou,  claro!, e veio o smartphone e com ele uma penca disforme de formas de comunicação em nada, principalmente por meio da redes sociais.
Começamos a viver vidas digitais, longe do marasmo que era nossa própria vida. Curtir, comentar e compartilhar virou uma obrigação. Somos os novos escravos digitais. Milhões vivem em meio a todo tipo de comunicação que por vezes não diz nada. É a época do besteirol elevado à infinita potência. Época na qual abandonamos a abordagem física e entramos no mundo do digital.
O mundo mudou? Será? Acho que não. Apenas as pessoas estão provando cada vez mais que são pequenas e arrogantes, insignificantes e arrogantes, falsas, defeituosas e desafeituosas. Ninguém se importa realmente se você está tendo um bom dia ou se Deus está realmente vendo tudo que fazemos. Estamos mais preocupados com o quem do que com o porquê. O conteúdo não importa, desde que seja enviado com frequência.
Como eu disse, somos pequenos,  achando-nos importantes e que dizemos verdades. Mas não somos.
Deus, certamente, não lê nossos status ou quando nos mostramos tão crentes na redes sociais, pois Ele, certamente, tem coisas mais importantes para ver do que a nossa hipócrita social e digital.
Ele fez o mundo, mas esqueceu de dizer, ou melhor, esqueceu de nos mandar a real: somos pequenos, mas jamais insignificantes. Mas claro, desde que não sejamos apenas hipócritas replicantes de coisas que não vivemos ou realmente sentimos. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

preto, pobre e sem perspectiva

Sou filho de um pai conhecido por todos como negão. Nunca vi isso como demérito e nunca, por momento algum, vi isso com um ar jocoso.
Mas teve uma vez que fomos em Fortaleza comprar um óculos pra mim. Fomos de ônibus, andamos de coletivo e fomos até o centro da capital. Chegando lá na ótica, meu pai pediu pra ir ao banheiro e me levou junto. No banheiro, eu e ele, tirou a calça e trazia o dinheiro dentro da cueca. Pra mim, aquilo era, no mínimo, estranho mas continuamos a compra, agora, claro, fora do banheiro.
Ele pagou e vinhemos pra rodoviária. Eu achava muito divertido esse tipo de viagem, pois meu pai era fumante e fumar passou a seu proibido dentro do ônibus. Ele ficava louco! E não se aguentou e foi ao banheiro fumar. Vocês não imaginam o que era isso! Quando ele abriu a porta, depois de fumar, o ônibus era só fumaça e cheiro de cigarro. Ele, nem aí pra nada, sentou e dormiu o resto da viagem.
Lembro que pouca gente falou algo, mas uma mulher ao lado ficou resmungando e ouvi ela dizer para quem estava com ela: tinha que ser preto. Se papai ouviu, fez de conta que não é continuou dormindo...e eu com vergonha, mas não pela ofensa, mas pelo senso que meu pai sempre me ensinou: de nunca fazer algo proibido.
Hoje, agora, sentado na calçada que ele tanto sentou, que tantos o viram ali como se fizesse parte da paisagem, passaram 4 pessoas, 3 adultos e uma criança.
Todos negros. Mas o olhar da criança me tocou de uma forma indescritível.
Minha filha estava comigo, mas ela não conhece aquele olhar. Eu sim! É o olhar de uma mãe jovem que pouco tem para dar. A mãe muito magra e preta e o filho com aquele olhar de necessidade. Talvez fome, mas certamente, um olhar de quem terá poucas chances de ter sequer um pai...
Isso faz toda diferença. Ter um pai, independente dele ser negro ou branco, mas ter um bom pai, inteligente, sensato e diligente, é algo que poucos tem hoje em dia.
Eu estou a anos luz de distância do pai que tive, mas não por ele ter sido a melhor pessoa do mundo, pelo contrário, meu pai era cheio de imperfeições, bruto, mas jamais ignorante. Era uma pessoa admirada por todos e acredite, já foi insultado por alguns, mas nunca na presença dele, mas na minha presença e certamente por ser negro. Mas isso é outra história...
Ser pai é ser homem. Meu pai era um homem de fé franciscana. Uma pessoa quase inabalável. Nem quando jazia no leito de morte, derramou uma lágrima sequer. Dizia ele: nunca troquei uma cerveja por uma mulher... mas eu sei que ele bebeu muitas...
Deus me presenteou em ter o pai que tive,  que jamais me deixou com aquele olhar daquela criança preta, pobre e sem perspectiva.
Eis o mundo no qual fazemos de conta que não existe. Onde alguns vivem e tantos outros sobrevivem, sendo estes ignorados e marcados para morrer como indigentes numa sociedade cada vez mais rica de teoria na terra e miseráveis num céu que jamais viverão.
Meu dia hoje será com aquele olhar, daquela criança sem perspectiva. O que posso fazer? Não sei, sinceramente. 

domingo, 31 de março de 2024

Atenção, prefeito!

 

Eu poderia contar mil histórias que vi e outras tantas mil que me contaram. Mas irei me ater aos fatos atuais...pelo menos tentarei. Sei que são poucos que param para ler algo que tenha mais que 3 palavras. E certamente está é a maioria da população, até porque, poucos são aqueles que não são analfabetos funcionais, ou seja, leem, mas não sabem interpretar o que leram.

Estaria eu chamando o povo de burro? Não, apenas que a maioria não tem condição de ver além das paixões, no caso, políticas. 

Sou um cara chato, amargo, ranzinza, besta, desocupado e tantos outros adjetivos que você possa me descrever. Como eu disse certa vez a um, já falecido, ex-primeiro-ministro da cidade: “se você parou pra ouvir alguém falar mal de mim, acredite nele e não na nossa amizade”.

Pode parecer meio confuso, mas logo chegarei ao ponto. Pronto, o ponto chegou.

Quando se é prefeito de uma cidade onde as paixões políticas são o que movem as peças do tabuleiro, de damas, pois xadrez é algo incompreensível para estes atores, uma miríade de gente se encosta no prefeito. Gente que chamava ele ou familiares de assassino, de trambiqueiro e outras tantas coisas!

Mas é aqui que existe o grande equívoco, que já vi acontecer...”10, 10!” Existe, e o governante não resiste, o gracejo do poder. Para simplificar: quem não gosta daqueles lhe abanando, servindo uvas, enquanto você pensa que é o imperador que tudo pode e tudo sabe!

O ser humano é vaidoso, pois ninguém gosta de alguém falando mal de você. Então, o que o prefeito faz? Para evitar o processo judicial: chama aí todo mundo que ama nossa cidade e não se importa com cargos, dinheiro e outras coisas mais, e vamos fazer uma grande coalizão pelo bem de Quixadá! Eita, imagina aí se isso fosse verdade, esse amor pela cidade...ah, aqui seria a Suíça.

Mas sejamos sinceros, isso é quase irresistível! Aí, onde você anda todo mundo aplaude, quer tirar foto, fica gritando “já ganhou, já ganhou!” ..., porém, vem o vento e derruba a casa construída na areia, vem a chuva e leva o sonho da casa própria construída em qualquer lugar e de qualquer jeito!

Culpa do povo? Não, pois acredito que todos querem uma casinha para morar, mesmo que ela seja dentro da lama ou em um lugar onde não existe esgoto ou calçamento! É como muita gente vive aqui na cidade. E o prefeito, tem culpa? 

Eu era menino e já entrava água nas casas da rodrigues jr. Eu nem sabia que existia rodoviária e já entrava água lá também, rua padre Cicero, sem milagres, e tantas outras localidades que eu não faço a menor ideia onde são, mas que entram água também! E a culpa é de quem joga lixo nas ruas? Meu povo, é querer esticar demais a baladeira. Mas digamos que fosse, que todos fossemos uns verdadeiros porcos e estamos saindo na mesma hora, todo dia e o dia todo para jogar lixo nas ruas...ninguém fiscaliza a população jogando lixo nas ruas?

Mas voltemos ao fato principal que é o descolamento da realidade. Como eu disse, eu conheço o centro do poder e como ele funciona; já estive lá, infelizmente. Sei como é, onde fica e como funciona. Só que o atual prefeito tem um grande problema: ele não tem mais a rádio para avisar que está faltando, digamos, por exemplo, gaze no posto ou que o dr fulano de tal não apareceu, ou que o carro do lixo não passou na rua sei que lá ou se a cidade está uma buraqueira só!

Ao não ter ninguém criticando, seriamente, perde-se a perspectiva da realidade; e este é um mal que o poder traz, pois ninguém quer se indispor, ninguém quer falar a verdade e a realidade das ruas esburacadas ou daquele serviço seboso do intertravado. O cedro, ou o caminho até chegar lá, vira problema do estado, e os alunos da Fadat? São coisas e mais coisas que existem, mas não falam.

E aqui não é alguém que deveria ter ódio do prefeito, pelo contrário, nutri a esperança nele tanto quanto muitos que dele se afastaram. Como eu disse, é babão demais num canto só, e meu pai já dizia: quem muito se abaixa...e eu não tenho essa vontade de me abaixar para ninguém.

Prefeito, farei este texto chegar a você, não porque quero o seu bem, mas por lembrar o que eu, como servidor público municipal, passei quando o PT esteve no poder. A humilhação de todo jeito, o esculacho, a grosseria e a falta de respeito que esse povo tinha comigo e com aqueles que eram “contra”. Se fosse contar aqui, dificilmente alguém acreditaria, mas é algo que passou e eu espero não passar mais por aquilo.

Dr. Ricardo, já fui seu fã. Já fomos amigos, pelo menos da minha parte eu o considerava como da família. Porém, grandes homens se juntam para fazer o bem, enquanto homens pequenos se separam para fazer o mal um ao outro. Este que vos fala, sabia das suas boas intenções e até hoje não duvido delas, mas muitos desses que estão a sua volta, ao seu redor, rondando-lhe como as hienas fazem quando estão para comer o grande leão ferido, querem apenas o bem próprio, não se importando com a população que tanto gosta de você.

Reaja, pois ainda dá tempo. Pare com essa de “já ganhou, pam pam pam”. Isso é coisa de menino mimado que não está nem aí se o circo pegar fogo! E inteligente como sei que você é, veja um dado importante: desde que o ex-prefeito Ilário Marques saiu e entrou o Dr. Rômulo, ninguém se reelegeu. O próprio Romulo, depois o 10, 10, tivemos o Ci, depois Ilário, João Paulo por alguns meses, Ilário e você. Esse balanço político diz algo que é muito nítido: muitas lideranças trocam de lado por esse "amor a Quixadá". Muita gente não tem vergonha de lhe chamar de vagabundo hoje e amanhã está de braços e abraços com você.

Eu sei e você sabe que eu estou falando, não a verdade, mas a realidade. Se afaste desse sol maravilhoso que é a vaidade e se curve diante da necessidade do povo que o elegeu. Tem gente do seu lado que está apenas ao seu lado, mas que só conhece o próprio lado. Como disse, eu poderia ficar calado e fazer de conta que está tudo bem, pois de certa forma, é mais fácil ficar calado do que falar esse tipo de coisa; é mais cômodo e talvez, mais seguro.

No mais, espero que aqueles que estão passando necessidade, com os alagamentos, tenham melhor sorte e que nós, privilegiados, consigamos nos ajudar, vendo o que é preciso ser feito para melhorar a vida da população. 

Melhor tirar a venda e sofrer, do que continuar vendado e continuar sofrendo. Quixadá merece mais.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Certa vez, em 2013…

 

Não “era uma vez”, nem um talvez, foi uma vez e não apenas naquele momento, mas em muitos outros. Vínhamos em 4 conversando sobre política e coisas afins e de repente Pedim disse assim: “mah tu já imaginou, eu sem sinal numa época dessa”...e continuou: “mas imagine aí como era em 90 e tanto que não tinha nem celular e nem internet”.

pois é, imaginemos…

O que vivemos hoje, em termos…aliás, em todos os termos, hiperconectados, nos faz mal e um mal sem precedentes na história da humanidade. E eu pergunto: onde vamos para com isso? Tudo, hoje em dia é comunicado, é dado notícia, é postado, curtido, compartilhado e mais uma infinidade de outras coisas; mas de certa forma, é apenas uma forma de pedirmos socorro de nós mesmos!

Quem hoje em dia é capaz de sair de casa, primeiramente, sem levar o celular? Só isso já soaria esquisitíssimo! Mas quem é capaz de, estando com o celular, não fotografar um almoço ou uma simples caminhada? impossível! Como eu disse antes, nós nos acostumamos a dar notícia de tudo que fazemos e onde estamos. Mas eu te pergunto: onde estamos?

Não estamos bem, com toda certeza. E cada dia mais, cada vez mais, aquilo que deveria ser um milagre do mundo tecnológico, se tornou, literalmente, uma algema digital. Tenho 43 longos anos e sou incapaz de dizer quando estive sozinho comigo mesmo por mais de 24hs! É quase que uma insanidade imaginar algo assim, e pior, se você “some”, provavelmente ninguém “dará fé” do seu sumiço…ou do meu, sei lá.

Porém, uma coisa é certa: ninguém nunca me ligou dizendo que eu havia ganhado na loteria ou, menos ainda, ninguém nunca me mandou uma mensagem dizendo: estou aqui e me importo com você. Acredito que nos damos importância demais, demasiadamente. O mundo, claro!, continua girando independente de sabermos disso ou daquilo ou se vimos a última postagem de quem quer que seja! A natureza humana pede, e a humanidade se autoignora.

Sim, fazíamos isso diariamente, nos importávamos uns com os outros, ao ponto de ir na casa das pessoas! E pasmem, sem avisar antes. Deixa eu explicar como era: toc toc, e aí!!!! A mágica acontecia. Claro que cada um tinha seu ritual de encontrar-se fisicamente com os amigos, e para o espanto de todos, conseguir prestar atenção no que as pessoas amigas diziam, sem desviar o olhar para a tela do celular.

Sim, o celular é meu inimigo. Como disse meu amigo: “já imaginou um negócio desses?” Imagino todo dia…o que eram notificações em 1990? Acredito que poucos de nós saberíamos usar tal palavra em um contexto bem extenso… nesse tempo, tínhamos até apelidos, não éramos tão brancos ou negros, nem tão lgbt…o mundo era analógico e o amor era muito mais do que esta palavra tão esquecida. Sim, o amor existia sem que precisássemos “dar notícia” dele.

Saudosista demais este rapaz? Com toda a certeza! Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que estou pensando seriamente em abandonar esta tela. É o vício dos vícios! É literalmente a amplificação do vício. Beber? Vamos marcar. Jogar? Vamos marcar. Sexo, drogas e nem o rock and roll existem mais! “Esquema”? era esperar passar em frente ao colégio ou na calçada. Tudo fazia sentido e nada precisava ter sentido. Nossa conexão era lenta, porém, duradoura. Nossa necessidade de mais e mais e mais e melhor e pior e sei lá mais o que, era apenas quando as coisas estavam muito ruins…

Sim, a humanidade falhou. Estamos condenados a vagar pela tela super amoled ultra-hd gorilla glass infinito! O homem se tornou mulher, a mulher perdeu a graça e a "minha nossa senhora", só deus sabe!

Talvez, se eu saísse agora da tela, eu melhorasse como pessoa e melhoraria em pessoa. O “eu” nunca esteve tão presente entre, literalmente, nós. Vamos tentar viver sem? Se a resposta for "impossível", lamento, pois padecemos do mesmo mal. quem sabe diminuir e aumentando a ausência do aparelho...quem sabe consiga, sei lá. Tentamos ou está bom assim mesmo? Enfim, a vida é aquilo que acontece ao nascermos. Viver é aquilo que se faz antes de morrer. Então, cada um escolhe como viver.

Vivemos a ampliação do nosso ego, em detrimento da busca de sentido que a vida deveria ter. Concorde ou não, está é minha opinião. Certo ou errado, nem o tempo dirá...

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Cadeado

Há uma ponte, bem distante, 
Cheia de cadeados nela. 
As pessoas lá com belas
Vãs Palavras como antes.

Lembram, choram e divagam. 
Ouvem gemidos longos e gritos
Fazem promessas e ritos
Querem ser felizes e se calam.

Nessa náusea por estar suspenso
Numa realidade sem igual
Achamos ser aquilo, como tal

E talvez não seja nada demais. 
Mesmo isto não sendo, 
e quem chora eu entendo
Implora, se perde, mas se ergue

A tempo, a todo tempo, 
jamais desiste. Insiste! 
Persegue a felicidade
Nessa ou em outra ponte
Que é a fonte para a calamidade. 

Não é o cadeado que te prende
Nem a fuga que nos cala,
Pois acredite, quem mais entende,
De sofrer, é quem vos fala.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

A quem der mais!

Vendo meu veneno.
Não sou cobra, mas cobro.
Não sou rico, mas há risco:
No chão e no ar.

Do que sou feito?
Defeito.
Do que tenho medo?
Segredo.

Em que acredito?
Omito.
E quem sabe?
Ninguém.

Se tem, invade.
Se vem, metade!
Não sou completo!
Porém, repleto 
De medos e aparências
Entre outras tantas evidências...

Para findar o papo:
Cansei, de fato,
De ficar escrevendo
E vc prevendo
O que vou rimar.

Não há! Admita,
Pepita nesses dizeres.
Só há lama
Que se derrama sobre mim.

E assim, o fim,
Como velho começo,
Vou de frente pro avesso
Ao risco e aos fatos.
Pois, entre tantos retratos,
De mim, não será assim
O novo velho e presente começo


Agradeço a impaciência
Porém, a inconsistência
Que me é peculiar...
É de família? Talvez.
Nós três: eu, tu e ela
Foi uma prequela do que virá.

Fim, por enquanto.