segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Qual o futuro de Quixadá: Realidade ou distopia?

 

As últimas eleições evidenciaram um novo amanhecer a nível político da cidade: estávamos, por anos, acostumados ao incômodo petista e agora vimos ele ser massacrado de forma contundente. O quixadaense deu uma maioria de votos ao grupo do Dr. Ricardo Silveira, e agora, com o PT esmagadoramente derrotado e um prefeito que não será candidato a nada, teremos fôlego para uma cidade que pulse rumo as mudanças necessárias.

E como falar assertivamente sobre o futuro? Olhando o passado e tentando não repetir os erros de outrora. Porém, pode ser difícil, mas a meu ver é bem fácil saber o que acontecerá com a cidade, se os atores políticos forem os mesmo em suas intenções, pois a própria cidade nos diz isto: não acontecerá nada.

E por que nada? Porque é o que a história tem se colocado, onde tais atores políticos pensam apenas em trocar de lugar, em eleições, em se colocarem nos melhores lugares perto da fogueira do poder, mas nunca, em momento algum, pensam em fazer a cidade, verdadeiramente, prosperar.

Mas digamos que você não concorde. Digamos que vivemos numa cidade que, apesar dos problemas, está indo de vento e popa, rumo ao desenvolvimento sustentável, com avanços significativos em todas as áreas de atuação pública, com vários e vários canteiros de obra, com drenagem, esgoto, asfaltamento, educação de primeira qualidade, transporte público funcionando como um relógio, segurança e por aí vai! Ufa, cá para nós, algo do que eu disse é de acordo com a realidade que vemos nas ruas e no dia a dia do município?

Por anos Quixadá viveu dos mitos políticos: Páscoa, Baquit, Silveira, Mesquita e Marques. E hoje, mesmo tendo um Silveira, em companhia de Baquit’s, dos Mesquitas e do jovem Páscoa, outros novos nomes aparecem. Mas quem são? De onde vem? Para onde vão? Como vivem? Esta é uma pergunta fácil, também, assim como prever o futuro do município: ninguém, pelo menos à primeira vista, tem um projeto de cidade e para cidade. Até hoje, neste minuto, o único plano era derrotar o PT e olha que isso é para lá de polêmico, pois há uma, digamos, verdadeira corrida de quem chega para uma foto com o governador, petista...

Baquit está lá, Silveira, mais ou menos? Mas lembremos que: a maioria esmagadora dos mais de 31 mil votos que Ricardo Silveira conquistou são de pessoas que não votam no PT. Como isso se sustenta? Pois é, viu como é fácil prever o que vai acontecer: nada.

A administração pública se concentra, ou pelo menos deveria, em solucionar, prever, fazer funcionar e servir a população, a seus interesses e fomentar aquilo que o particular não consegue. Deve ela coibir benesses apenas aqueles que estão se servindo do poder emanado do povo. Mas não é isso que vemos e, mais uma vez eu pergunto: Qual o projeto para a cidade? Vamos ficar nessa de culpar o PT e ser (da melhor forma possível eu coloco esta palavra) a amante do governador petista?

É bíblico: “Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.” Apocalipse 3:15-16.

E para mim, isto diz tudo: não se pode servir a dois senhores. Ou se é quente ou se é frio, mas o meio termo, neste caso, não serve. Ou estamos ao lado dos reais valores pelos quais dizemos lutar, família, religiosidade, amor ao próximo, ou não teremos obra alguma.

É tudo uma questão de perspectiva: ou Quixadá tem um projeto a apresentar, ou estará fadada a ser aquela que come as sobras. Simples assim.

Ah, mas ganhamos prêmios! Ah, mas estamos com escolas nota 10! Ah, mas...mas...mas e quando chove? Pois é, os velhos e os mesmos problemas de sempre. E quando alguém precisa de um hospital com atendimento de alta complexidade? Pois é, lá vamos nós nos deslocar ou para o regional ou para Fortaleza.

É isso que eu falo, é isso que eu vejo e é isso, que graças a Deus, eu pouco passo, mas eu escuto as pessoas falando dos velhos problemas de sempre. Mas também escuto que o fulano ajeita isso, deixa eu falar com o cicrano que ele resolve...isso não é administração pública, é fisiologismo, é curral eleitoral...e não é disso que dizemos que o PT pratica: manter o pobre na coxia, dependente, impotente e ignorante?

Então se é isso que dizemos combater, não podemos fazer igual e muito menos nos acompanhar desse tipo de político. E aqui me vem uma lembrança, daquele radialista que tanto falava da política do pão e circo. Somos isso? Digo somos, pois me relaciono com os que são indescritivelmente contra o PT e o petismo. Não tenho acordo com esse tipo de gente, pois, como disse Churchill certa vez: “Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra.” E podem ter certeza, que eu preferi o silencio da minha própria guerra, a me associar com qualquer coisa que envolva vermelho e uma estrela decadente.

E quem sou eu para dar conselhos..., mas se pudesse, diria ao atual prefeito: não faça política, faça o político. Como assim? Seja político, articule, proponha, imponha e, principalmente, se cerque de pessoas que querem realmente o bem de Quixadá e não apenas de uma meia dúzia que quer continuar eternamente mamando e sugando e matando nossa cidade.

Veja com quem contar na Câmara, imponha uma agenda. Não tem? Prepare, pesquise, procure as melhores práticas administrativas, saiba ver para onde o mundo real aponta. Paremos de ver gente apadrinhada, sem formação, sem história, sem mérito, sem conhecimento de causa e, principalmente, sem ética, moral ou bons costumes; gente que só quer mamar e mamar e mamar.

Por fim, mas não menos importante, por algum tempo convivi com o prefeito e sei quem ele é. E com todos os defeitos que eu tenho, muito mais do que qualquer outro quixadaense, mesmo assim, eu quero o bem da cidade e sei que o prefeito também.

Houve um dia, senhor prefeito, que está ao seu lado era radioativo...eu estava lá. Houve um dia, senhor prefeito, que estar ao seu lado era sinônimo de se dar bem...e eu não estava lá. Veja quem está com você, mas veja quem quer ajudar. Esqueça quem são e foque no que querem para nossa cidade.

Mesmo com o pouco que temos, a nível municipal, é possível fazer muita coisa, mas com toda certeza, isto só será verdade se você estiver cercado de pessoas boas, jovens e não apenas de velhas raposas felpudas, ricas ou pobres de espírito.

Que minhas palavras sirvam para alertar, pois a vida é muito dura com os que tem más intenções e sei que não é o seu caso.

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