quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Que ano...

Que ano...

2020 mal começou e já estamos brigando entre si. Em casa onde não tem comida, todo mundo chora. E assim vamos, agora, brigando pelo barulho dos fogos de artifício...
Alguém já foi no hospital brigar por condições HUMANAS? Vamos lá, ver como a vida pouco se importa com barulho. Façam-se esta pergunta: melhores condições humanas, ou não importunar?
É sério, a briga da vez é mesmo essa: barulho dos fogos?
Quixadá vive uma catástrofe e não é de hoje. Passamos vergonha em toda e qualquer pesquisa de qualidade de vida ou ensino. Quantos anos já se passaram e não sai uma notícia positiva daqui? Quantos anos estamos sem emprego e renda? Sem ruas em um estado mínimo de conservação? Qual foi a última rua que colocaram 1m de pedra tosca? Nada, além de nada; mas festa...ah, aí tem briga!
Se pouco temos e realmente temos pouco, não seria melhor priorizar? Fogos ou novos colchões para UPA e hospital? Fogos ou melhoria na malha viária municipal? Fogos, festa, pão e circo, ou uma ação social que funcionasse e não víssemos tantos pedintes nas ruas? Fogos ou segurança? Educação?! Nem peço mais...
Quixadá precisa se atualizar; a população precisa de uma política positiva e não de uma selvageria que impõe, sempre ao mais fraco, a pior derrota que alguém pode ter: desumanidade. É o que vivenciamos, uma onda de “estou nem aí para nada, se não é comigo, não me importo”.
Uma cidade universitária, riquíssima em músicos, com inúmeros talentos nas artes das mais diversas áreas e que não tem um representante na câmara municipal?! Como assim? Parem de perguntar-se “que país é esse” e comecem a lamentar “que cidade é essa”.
Que tal deixar o nariz empinado em casa e começar a por os olhos na rua? Melhor, que tal deixar as aparências e colocar o dedo na ferida: somos irresponsáveis! Os somos responsáveis. A cidade está abandonada, largada às traças e nos incomodamos se fez barulho ou não.
Ah, na boa, vão se F*.

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