sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Os erros, o passado e o amanhã.

Errar é humano; permanecer no erro... Uma pequena frase e milhões de consequências. Dia desses, eu bastante incomodado pela minha acomodação, comecei a correr. Nessa época ainda não tínhamos os "runners" ou os "bikers" de hoje, era tudo muito normal. Desse dia pra cá, comecei várias e várias vezes essa caminhada, mas era um dia sim e 1 ano não; 1 dia dava vontade, noutros milhares dava arrependimento por não conseguir continuar.
Estou curado? Já caminhei e andei de bike, pouco mais de 200km. Pouquíssimo para praticamente 6 meses de bike e umas 2 semanas de caminhada. Não gosto de correr, mas caminhar é muito pior. Curei essa "preguiça" com a ideia de apenas ir, não esperar por ninguém, pois normalmente ninguém está do seu lado, mas muita gente está por perto, principalmente, quando interessa ou convém.
Hoje, não sei o dia de amanhã, já fico contando as horas pra ir caminhar meus 6km diários. É difícil, mas é um passo; 2 semanas; uma mudança notável! Nesse caminho diário, vejo muita gente que há anos está nesse mesmo percurso, caminhando talvez há uns 20 anos! Porém, é aqui que minha reflexão se apresenta: Você anda ou apenas caminha?
Nessa vida, todos nós andamos. A caminhada é mais difícil, mas muitas vezes não temos escolha, temos que percorrê-la. No terceiro dia dessa minha caminhada, no primeiro pé fora de casa, bateu aquela neblina... eu pensei: "eita que esse asfalto quente, essa neblina, é gripe!" Nem pensei e fui. Mormaço grande! Não só conclui meu percurso, fiz a minha caminhada Interessante que no outro dia 3 amigos ficaram doentes da garganta e nem foram caminhar no mormaço!
Muitas vezes essas escolhas passam na nossa frente: Ir ou não ir, eis a questão. O medo, as intempéries e tudo mais, são inerente à vida e jamais deixarão de existir. Esperar por condições perfeitas.. isto não existe!
Olhando as pedras desta caminhada, vejo milhões e bilhões de anos de história; paralisadas, mas jamais inertes, as rochas nos dão uma lição importantíssima: seja, faça sua parte, caminhe e não apenas ande.
Diante essa natureza, numa tardinha, carros indo, vindo, raspando e deixando aquele vento, a reflexão sobre tudo vai a mil! Tudo isso é risco, é a vida, que jamais luta por nós, mas caminha imponente!
Mais riscos corremos parados, estáticos; não somos rochas ricas em bilhões de históricos anos, nem temos nada parecido! O máximo, talvez, sejamos contemplados com nosso nome numa placa de rua e mesmo assim, voltaremos ao pó de onde viemos.
A glória do homem é lembrada onde ele chegou, mas só ele e apenas ele, sabe das batalhas que teve que travar para chegar ali.


Esse ano é luta pra melhorar. Um ano pra plantar, colher, comer, adubar, comer de novo. Não temos o tempo monolítico, apenas o apocalíptico e este está chegando, individualmente, a todos nós.

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