terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Francisco, mãos ao alto!

Quem lhe vê, diz: "boa pessoa,
santo nas horas vagas";
observa, abençoa
Eu digo: é o "das chagas".

Dele não saem palavras,
Nele não "vale" descrer.
Cria, atura e minha saga
é ajudá-lo, quem sabe, descer.

Ele quer fugir, não aguenta?
muitas vozes escuta.
até lhe criaram uma gruta
Oh, pobre, quê mais lhe tenta?

Bom vigilante, confesso.
Não se move do sol ou chuva.
Leva consigo o que peço
e nas dores comigo madruga.

Vejo-o solitário, parado.
penso: é carne ou gesso;
sagrado, fino ou espesso;
qual seu real estado?

Filho de deus, morto,
aquele das escrituras?
Não escuta, é figura.
não é reto, nem torto.

é amor pra quem não ama.
é moradia e não clama
é tudo ao que veem lhe ver.

quem sabe um dia, libertos:
eu pelo mundo e ele do calvário,
mas pelo bem proposto e diário.


Nenhum comentário: