sábado, 18 de fevereiro de 2012

A incrível arte de se enganar.

Não é segredo, e nem tampouco mentira, o quanto nos enganamos deliberadamente. Achar "nisso", acreditar "naquilo", no mundo dos erros é totalmente aceitável. Pena que muitos erros tem consequências além das nossas possibilidades.
O voto errado é um exemplo ímpar disso. Ao votar errado infligimos pena de no mínimo 4 anos aos nossos eleitores amigos e desconhecidos, que participam da "democrática" forma de alocar bandidos no poder. O poder não veio aos políticos com a intenção de melhorias. Ele veio com a pura intenção de dar certezas e garantias, que iríamos ser roubados. O poder é fictício, assim como é fictício o pensamento que existe democracia. Já foi pior? Já foi melhor? Vai ficar pior ainda? Vai sim.
Olhe pela janela um instante e veja a deseducação. Os governos populistas e "populares" querem isso: que você fique alienado com as “mudanças” que nunca chegam, mas que vão chegar. "É novela neles", diria algum político da situação. Empurra o carnaval, a semana santa, festa do município, férias, feriados dos mais diversos e tudo que puder e não precisar existir. Temos que nos divertir? Evidente, claro e com certeza! Quem não se diverte leva uma vida morosa e sem graça, e a vida passa rápido.
Mas qual é a hora da reflexão? Nas igrejas impregnadas de pedófilos? Nos cultos inchados pela sede de dinheiro? Nos pastores que pouco pastoreiam? Ou nos padres que muitos não tenho a coragem nem de pegar na mão...
A consciência política vem do berço. O berço pode ser balançado por qualquer um, desde que seja e tenha valores. Não é porque meu pai é azul que eu tenha que ser assim. Minha mãe vermelho e eu de foice na mão. Meu avô “antigão” e eu querendo a volta dos coronéis! Temos que ter identidade e principalmente, valores inseridos nessa identidade. De nada adianta “militar” em favor próprio, se não houver um valor socialmente legítimo.
“Eu milito em causa própria”. Sério? “ Sou dessa ala”. É mesmo? “Eu apoio o Dr. Fulano, porque ele disse que vai me dar um cargo de confiança”. Coisa boa... Mas só pra você. Isso é o que destrói a nossa “democracia”. O povo só quer saber de ganhar e nada de repartir. Isso é consciência? Pra mim, isso é assalto! Você está roubando votos!
Quero ser um ladrão de ideias ruins. Escrever ou falar, apenas, em nada irá mudar o que está ai. Mas fazer nada é que não dá. Qualquer palavra que traga o mínimo de reflexão, deve ser dita. Mesmo sabendo que alienação é algo fisiológico. O corpo sofre com isso.
Meus textos procuram tratar bem o que “acho” errado e tentar dar um alento aos que pensam: Aqui ainda existem pessoas pensantes e principalmente, reflexivas. A verdade é só uma e única é a verdade: ela não existe. O que pra mim é roubo, pra você é obrigação. O que pra mim é tristeza, pra você é militância. O que pra mim é lamento, pra você é motivação.
Triste do povo que não se respeita, e aqui somos assim. Trato bem o mal para que ele saiba que não sou igual a ele. Trato bem os políticos interesseiros e eleitoreiros, para que eles reflitam e saibam que existe alguém por ai que ainda pensa. Vocês, políticos, não são nada; o povo é que é. O povo é o poder, mesmo que destituído. O povo é o olhar triste, mas esperançoso de dias melhores e certos.
Sei que um dia, mesmo que utópico, a moralidade e o valor serão as molas-mestres que segurarão a mão dos necessitados. Não precisaremos dos “favores” e nem das mazelas que eles trazem. Votar errado é uma opção e não uma obrigação. Se alguém deve, mesmo que minimamente, porque ariscar e jogar seu voto fora? Lembre-se, são 4 anos e não apenas 4 dias. Você passaria 4 anos sem comer? Pois deixe político sujo 4 anos sem receber “abonos”.
Lugar de político ladrão e desonesto é na cadeia. Mas se a justiça não manda prender, você eleitor, tem o poder de deixá-lo em casa, assistindo novela. Duvido que ele queira passar muitos anos mais tendo um coração insensato.
Eleitor, cidadão, militante, o poder é seu. Só você pode mudar o que está ai. Nesse carnaval divirta-se, mas não se esqueça de voltar e refletir um pouco. Impossível? Certamente, mas como acredito em forças maiores... Quem sabe.

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