quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Percurso.

Nessa estrada sem dono.
Nessa colina desterrada.
Nesse alvoroço uníssono,
Essa dor é quase nada!

Esse alívio é passageiro.
Essa dívida, forjada!
Essa estrada de nevoeiro,
Neva sonhos e mais nada!

Prego os olhos na curva.
Prego no pé do sapato.
A vista, focada e turva
Alinha-se mal ao retrato.

A linha desperta o sono
O sono mata o criado.
O criado foge do dono
O dono não manda nada.

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