quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A flor que a noite aguarda.

Todo dia, uma flor nascia e um amor morreu.
Mas nem via ou sentia um a outro.
Até que veio um vento forte,
Um som imenso,
Um momento,
Um toque...
Todo dia, um amor nascia e uma flor morreu.

Mas quem diria? Quem ousaria?
Ninguém respondeu.
Nada se ouviu. Nada se fez.
Nada, porém, podia ser:
O mundo hoje foi longe demais.
Naquela noite, naquele toque, algo acabou.

Mas que ninguém prometa, nem amargure.
Todo dia... Toda hora... Todo beijo
Todo rumo perdido... Um afim de sentidos.
Um amor escondido já me basta sentir.
Um toque. E tudo que penso:
Aquela noite, por todo dia...

Todo dia essa flor nascia e ninguém viu.
Houve o toque. Houve o cheiro.
Ouve a caricia e o afago discreto?
Há muito eu havia,
Mas quem mais ousaria?
Um velho bordão usaria:
Por que não eu?

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