quarta-feira, 10 de março de 2010

Meninos e lobos.

Enquanto esqueço de pensar,
De pensar o que fomos,
A vida recai sobre os olhos
E vejo o que somos.

Vejo o que fui ontem ainda
Não tão longe daqui. Amanhã.
Pode ser uma cova ou uma linda
Mulher num longo divã.

E mesmo que tudo termine,
Que tudo ao sabor do hortelã,
Saiba que aqui jamais estarei
Sendo seu último fã...

Vejo que tudo agora é tudo.
Que todo esse tempo parou.
Que toda essa busca é insana
E que em mim, nada mudou.

Ainda conto essas rimas;
Conto de tudo e de todos.
Volto a pensar, volto às esquinas.
Conto os meninos e lobos.

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