Vago. Um rosto perdido na rua.
Pele rasgada. Sonolência e medo.
Uivo. Olho. No escuro flutua:
Uma linha. Um brilho. Mas é cedo.
A loucura me carrega nos braços
Dá-me o que de comer. Espero.
Espio e avanço. Quero mais esmero!
Olho. Intuo. Ali não posso ir descalço.
Lá tem vidro. Lá tem fome e briga.
Aqui posso cheirar a fantasia.
Ainda posso inventar a vida.
Mesmo que seja tão rápida alegria.
Mas agora já é tarde. Fica rua!
Calminha ai. Não se mova, eu volto...
E enquanto me espera, flutua
Ao som de saber que amanhã te solto.
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