quarta-feira, 18 de novembro de 2009

VAZIO

Havia um espaço sem dono
Onde repousou meu coração.
E lá, como trem sem rumo,
Como um mundo sem prumo,
Descansa meu abandono.

Há de raiar em seus olhos lindos
Um olhar bem mais especial.
E lá, naquele instante,
Como nunca dantes,
Vive algo sem igual!

É o amor... São seus pensamentos?
Não há de entender-me. Não.
O que mais quero e o que espero
Dista léguas destes lados.
Não vem, nem manda recados.
Apenas existe.

E como um espaço sem dono...
Um acaso abandono;
Um instante de sono...
Num mistério doentio.

Visto não existir remédio
Nem notícia de tal situação.
Escrevo para animar o tédio
Onde repousou meu coração.

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