terça-feira, 19 de novembro de 2019

Aquele que há.

A alvorada espanta os males;
Atrás de mim nada há, pior:
Só sinta, nada fales,
Aproveite o silêncio e só.

Senta na escada infinita,
Abuse da Minha companhia, 
Vista, veja: não há fantasia!
Nem ramos, enganos; és bendita!

E digo: enquanto for Eu teu guia,
Nesse céu de tolos e cansados,
Evite repousar magoado,
Com remorsos ou agonia. 

Sigamos descalços nessas brasas,
Que o mal dispôs no chão.
E enquanto não cria tuas asas
Disfarça a dor no coração. 

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