sábado, 16 de novembro de 2019

Alter ego

"Estou com raiva!" Descarregou nas redes sociais!. "Estou comendo." Tome a mostrar. Mas somos aquilo mesmo? Somos a fiel sincera forma que a imagem passa? Jamais. Assim como aquilo que mostramos aos desconhecidos, somos bem diferentes, principalmente aos olhos de quem nos conhece.
Por bem ou por mal, criamos esse alter ego social. Um ser extremo. Autoinduzido a ser perfeito em seus sentimentos. Belo ou pronto a atacar e defender. Mas no fundo, ou até mesmo no raso, somos falsos e altamente indecisos.
Há em todos nós essa necessidade desse "eu" diferente. Somos uma imagem criada, por vezes, minuciosamente. O bom marido, a boa mãe, o atencioso pastor, o caridoso a apiedar-se com os mais pobres, o político que se preocupa 24hs com a população, o amigo de todas as horas...
Passaria dias e mais dias adjetivando e não sairia do "lugar comum". 
Agora chega o perigo, o juízo: "não me vejo assim". Chegamos e estamos em negação! Ombro a ombro com o impedimento moral de nós subjugar ao olhar e ao julgo alheio. Somos isso mesmo, tão falsos? Somos. Não resta dúvida. 
Moralistas, hipócritas, falsos, péssimos com os "menores" e ótimos com os "maiores". 
Não, aqui não é o final dessa luta perfeccionista; não procuro extirpar nada, apenas tento trazer um pouco de luz e reflexão sobre aquilo que aparentando, pois isto nos faz mal.
Estamos nessa busca imperiosa, rumo a conquistas sem prêmios ou sem personas reais a nos abraçar no pódio da vitória.
Melhor seremos com menos e mais seremos conosco, se abraçamos a verdade e a realidade. Claro que as aparências e a propaganda são a alma do negócio, mas nem tudo na vida é bussines.

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