Por bem ou por mal, criamos esse alter ego social. Um ser extremo. Autoinduzido a ser perfeito em seus sentimentos. Belo ou pronto a atacar e defender. Mas no fundo, ou até mesmo no raso, somos falsos e altamente indecisos.
Há em todos nós essa necessidade desse "eu" diferente. Somos uma imagem criada, por vezes, minuciosamente. O bom marido, a boa mãe, o atencioso pastor, o caridoso a apiedar-se com os mais pobres, o político que se preocupa 24hs com a população, o amigo de todas as horas...
Passaria dias e mais dias adjetivando e não sairia do "lugar comum".
Agora chega o perigo, o juízo: "não me vejo assim". Chegamos e estamos em negação! Ombro a ombro com o impedimento moral de nós subjugar ao olhar e ao julgo alheio. Somos isso mesmo, tão falsos? Somos. Não resta dúvida.
Moralistas, hipócritas, falsos, péssimos com os "menores" e ótimos com os "maiores".
Não, aqui não é o final dessa luta perfeccionista; não procuro extirpar nada, apenas tento trazer um pouco de luz e reflexão sobre aquilo que aparentando, pois isto nos faz mal.
Estamos nessa busca imperiosa, rumo a conquistas sem prêmios ou sem personas reais a nos abraçar no pódio da vitória.
Melhor seremos com menos e mais seremos conosco, se abraçamos a verdade e a realidade. Claro que as aparências e a propaganda são a alma do negócio, mas nem tudo na vida é bussines.
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