sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os heróis fogem do que mercenários amam.

O código disciplinar da PM-Ce e Bombeiros, diz claramente em seu Art. 8º, IV: “servir à comunidade, procurando, no exercício DA SUPREMA MISSÃO DE PRESERVAR A ORDEM PÚBLICA E PROTEGER A PESSOA, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância das normas jurídicas e das disposições deste Código.” Estavam eles servindo a comunidade quando ficaram em greve? Procuravam eles, assim, exercer A SUPREMA MISSÃO? Preservavam a ORDEM PÚBLICA? Promoveram o bem estar comum? Não! Querem mais? No mesmo artigo, temos: “atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios particulares”. Sério?
O artigo 144, § 5º da CF diz: “Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública;” Ordenavam-na por, controle remoto, a partir do quartel? Poderia ficar por vários dias condenando os grevistas, mas de quê adiantaria?
Vi tal movimento como uma chantagem; uma chacota à custa do desespero de quem deveria estar amparado pela lei: os cidadãos. Se nós temos que andar com medo, que andássemos armados; mas a lei arma o policial. Que moral tem um policial de me prender por andar armado? Sabe-se lá quando eles vão ficar de greve novamente! Onde anda aquela frase: “servir e proteger”? Servir ao interesse público e proteger o cidadão.
Começo o texto dizendo que os heróis fogem do que os mercenários amam... Não acredito mais que existam heróis nessa corporação, talvez porque nunca acreditei. Como também não acredito que existam mercenários, mas sim pessoas que deviam proteger os indefesos... Não é isso que deveriam fazer os heróis, proteger? Ao invés disso, abandonam o dever ao relento do acaso, dizendo aos cidadãos que é cada um por si e Deus por todos! Mercenário protege por dinheiro e só isso lhe interessa; mercenário vende sua força e bravura, enquanto o herói da a vida por quem não conhece.
Não queremos heróis, queremos pessoas aptas a fazer sacrifícios pelo dever. O seu dever, policial, é servir e proteger e não fazer chantagem com a ordem pública.

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