quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um céu; dois infernos.

Levo embora teu corpo mudo,
Tal que nunca o vi desta forma;
Tal que jamais quis de qualquer jeito;
Tal que vai de “livre aceito”;
Tal qual de vê-lo me arrepio!
Lindo, leve e absurdo!
Tal qual fora uma santa!
Uma menina devassa!
Mas esta é nossa farsa.
Este frio, agora é nosso beijo!
Não te importa com o que vejo?
Teu corpo, não mais bate a porta,
Vê que o amor é dor que mata...
Sem pensar; sem deixar cair;
Sem deixar... Não deixar.
Não quero ir.
Sem de qualquer jeito,
Forçar do fundo do peito
Os instantes sem vida...
Querida! Querida!
Viva! Viva! Fuja de mim!
Pois bem que te quero assim.
E agora em minhas mãos,
Fará tudo que quero,
Mesmo que em vão;
Na dor possível e na derrubada
Teu aconchego foi minha morada,
Sendo o meu crime a desilusão.
Vou perdido por amar demais,
Perdido por sentir demais...
Sem poder... Sem poder te amar.
Sem tê-la ali em frente;
Mesmo que nos abraços de outra gente,
Não descanse em paz.

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