quarta-feira, 20 de julho de 2022

Não é chuva, mas tem período e consequências.

 Costuma-se convencionar que: de 4 em 4 anos eles aparecem e com eles vem as promessas de sempre a para nunca! Eis que falo sobre a campanha política a nível nacional e estadual.

Nesse período, onde passamos a maior parte do tempo falando mal daqueles que elegemos, costumamos nem lembrar em quem votamos. No máximo, lembramos que somos petista e, agora, bolsonaristas.

Esse período eleitoral costuma vir cheio de promessas; coisas que irão mudar para sempre o rumo de uma região ou cidade. O país não será mais o mesmo! O povo nas ruas é a voz da mudança e por aí vamos e por aí vai.

Infelizmente a realidade é outra...a maioria deles, candidatos, e nós, eleitores, pouco nos atemos sobre a importância que a política tem em nossas vidas. Por questões mais pessoais, de militância político-partidária, esquecemos que os candidatos deveriam apresentar propostas reais e não apenas aquele velho e bom “me engana que eu gosto”.

Não tão infelizmente, mas algo bem mais real, é a visão de que o mundo deve ter e ser aquilo que queremos para nós, e não aquilo que é possível ser. Com essa afirmação, impondo a realidade como pano-de-fundo para o texto atual e o contexto político, caberia a nós uma nova visão da nossa sociedade fundada e afundada na hipocrisia do bem-estar social.

E acredite: na nossa sociedade, poucos são os que veem no bem-estar social algo coletivo. Tendemos a ser individualistas ao ponto de ignorar os “sinais” de corrupção em nossos candidatos. Roubou, mas fez! Esse é bandido! Ali é um vagabundo safado. O meu candidato é o melhor e mais preparado. Até mesmo palavras que mal sabemos o valor e importância histórico, são usadas para classificar desatinos, tipo a palavra da moda nessa pandemia: genocida.

Se alguém que, teoricamente, influencia você a tomar atitudes que são, também na visão da maioria, anticientíficas, o culpado é o “genocida”? E pelo outro lado, se a mesma justiça que condenou, absolveu, está justiça só é boa, justa e digna de aplausos apenas quando me interessa?

Por aqui iríamos até os primórdios da civilização. Desde muito tempo o homem vive de enganar e enganar-se, literalmente. Os políticos, também literalmente, mentem para quem quer ser enganado; existe muito além da cumplicidade entre os que mente e os que acreditam, pois eles se locupletam; são eles que são a causa e a consequência, pois só existe o mentiroso porque há quem acredite nele.

E certamente está você pensando: o que esse doido está dizendo? Digo que somos cumplices por alimentar um sistema político-social falido e fadado ao fracasso que é. Não existem discussões políticas sérias num ambiente onde o juiz é vítima, julgador e executor da pena. Não existe discussão sobre liberdades individuais, sejam elas sobre o voto ou sobre o que podemos ou não fazer, seja na internet ou no nosso corpo, quando deixamos que outras pessoas decidam o que é melhor para nós. Devemos ter o livre-arbítrio e exercê-lo a plenos pulmões, pois aquele que se deixa escravizar, se acostuma com o estralar do chicote e, por vezes, sente saudade que chora...

Como visto, é, a meu ver, impossível falar apenas de política e votos, sem esbarrar no maior problema nacional que é a ignorância. Estamos acostumados a sermos enganados por nós mesmo. Não fazemos a menor ideia do mal que estamos a fazer, quando vendamos os olhos para aqueles poucos e bons(sic) trocados colocados no bolso. Já dizia o profeta: farinha pouca, meu pirão primeiro.

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