Costuma-se convencionar que: de 4 em 4 anos eles aparecem e com eles vem as promessas de sempre a para nunca! Eis que falo sobre a campanha política a nível nacional e estadual.
Nesse período, onde passamos a
maior parte do tempo falando mal daqueles que elegemos, costumamos nem lembrar
em quem votamos. No máximo, lembramos que somos petista e, agora, bolsonaristas.
Esse período eleitoral costuma
vir cheio de promessas; coisas que irão mudar para sempre o rumo de uma região
ou cidade. O país não será mais o mesmo! O povo nas ruas é a voz da mudança e
por aí vamos e por aí vai.
Infelizmente a realidade é
outra...a maioria deles, candidatos, e nós, eleitores, pouco nos atemos sobre a
importância que a política tem em nossas vidas. Por questões mais pessoais, de militância
político-partidária, esquecemos que os candidatos deveriam apresentar propostas
reais e não apenas aquele velho e bom “me engana que eu gosto”.
Não tão infelizmente, mas algo
bem mais real, é a visão de que o mundo deve ter e ser aquilo que queremos para
nós, e não aquilo que é possível ser. Com essa afirmação, impondo a realidade
como pano-de-fundo para o texto atual e o contexto político, caberia a nós uma
nova visão da nossa sociedade fundada e afundada na hipocrisia do bem-estar
social.
E acredite: na nossa
sociedade, poucos são os que veem no bem-estar social algo coletivo. Tendemos a
ser individualistas ao ponto de ignorar os “sinais” de corrupção em nossos
candidatos. Roubou, mas fez! Esse é bandido! Ali é um vagabundo safado. O meu
candidato é o melhor e mais preparado. Até mesmo palavras que mal sabemos o valor
e importância histórico, são usadas para classificar desatinos, tipo a palavra
da moda nessa pandemia: genocida.
Se alguém que, teoricamente,
influencia você a tomar atitudes que são, também na visão da maioria,
anticientíficas, o culpado é o “genocida”? E pelo outro lado, se a mesma
justiça que condenou, absolveu, está justiça só é boa, justa e digna de
aplausos apenas quando me interessa?
Por aqui iríamos até os primórdios
da civilização. Desde muito tempo o homem vive de enganar e enganar-se,
literalmente. Os políticos, também literalmente, mentem para quem quer ser
enganado; existe muito além da cumplicidade entre os que mente e os que
acreditam, pois eles se locupletam; são eles que são a causa e a consequência,
pois só existe o mentiroso porque há quem acredite nele.
E certamente está você pensando:
o que esse doido está dizendo? Digo que somos cumplices por alimentar um sistema
político-social falido e fadado ao fracasso que é. Não existem discussões
políticas sérias num ambiente onde o juiz é vítima, julgador e executor da
pena. Não existe discussão sobre liberdades individuais, sejam elas sobre o
voto ou sobre o que podemos ou não fazer, seja na internet ou no nosso corpo,
quando deixamos que outras pessoas decidam o que é melhor para nós. Devemos ter
o livre-arbítrio e exercê-lo a plenos pulmões, pois aquele que se deixa
escravizar, se acostuma com o estralar do chicote e, por vezes, sente saudade
que chora...
Como visto, é, a meu ver,
impossível falar apenas de política e votos, sem esbarrar no maior problema
nacional que é a ignorância. Estamos acostumados a sermos enganados por nós
mesmo. Não fazemos a menor ideia do mal que estamos a fazer, quando vendamos os
olhos para aqueles poucos e bons(sic) trocados colocados no bolso. Já dizia o
profeta: farinha pouca, meu pirão primeiro.
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