sábado, 14 de agosto de 2010

Solares.

Nunca pude velejar:
Não tinha sol não tinha mar,
Nem vinha vento, nem vinha gente...
Nem amor, chovido, tinha em frente
Seguir, e permanecer me olhando
No espelho da água, viva!
Será o mar? Serei eu o vento?
Não vou passar em esquecimento.
E nem cair em desuso?
É meu o sol e ele lá.
É meu o sol e ele cá.
É meu mar! É meu o mar!
Vem me roubar.
Tirar do esquecimento!
Vem me levar pra perto d’onde está!
Vem, meu desaguar,
Matar minha sede...
Não tinha vento e nem gente vinha,
Pois eu quis olhar a vida
Sem que ele pudesse me olhar.
Não tinha sol, nem sol conhecia,
Pois eu quis secar o mar
Com o sol do acontecia.

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