Vou soprar meu barco rumo norte;
Procurar saltar no vasto resquício,
Pois ao sul, do sol, irei rever a morte
E sua imensidão azul de precipício.
Bem que fosse cavalgar no sombrio
Sem enxergar as partes mórbidas,
Correndo de fronte; batendo de frio,
Nas dunas paradas do coração.
Que vive sim, que vive não;
Que sente vir , que sente paz;
Que vai assim, e pra nunca mais.
E por mais uma vez deixar existir.
Deixar a dor vagarosamente me levar
Ao relento... Ao esquecimento.
Que morre sim. Que sofre em mim.
Que é som sombrio. É frescor.
Vou soprar e nunca mais voltar
Ao sabor amargo do meu amor.
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