segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Tum, tum, papai...


Certamente tem gente rindo, gente chorando, gente sorrindo e gente cantando. Digo o que não estou vendo, mas não é preciso ver para constatar certas coisas.
"Boa sorte", ´"é isso mesmo" e outras condolências e saudações, não trabalho com elas. Saber ver o todo é ter o destino dos acontecimentos nas mãos. Ninguém vacila com profissional e fica por isso mesmo. Ninguém ganha várias eleições a toa. Alguém que sempre perde, tem um motivo. Alguém que na maioria das vezes ganha, tem que ser respeitado.
Essas eleições serviram e servirão para tudo um pouco; a conjectura do país, a seca, as alianças e outros fatores, definirão o rumo que a cidade irá tomar.
Ter administrador não é certeza de nada, mas já é um rumo ao básico. Ilário ganhou quando disse que ia fazer o básico; Ricardo perdeu quando, sem intenção, ombrou-se com quem o básico não fez e foi isso que o povo viu e entendeu.
Passou-se a impressão, ao povo, que este deveria lutar pela sobrevivência. Quando se está comendo pão com ovo, não se junta dinheiro pra gastar com roupa ou sapatos novos. 
O povo quis a certeza daquilo que não teve minimamente em 4 longos anos. Dr. Ricardo pagou uma conta que não era dele, mas que ele não soube transmitir que dele não era.
Fico triste, não pelo resultado, pois dele não vivo; fico triste de ver uma pessoa do bem, como o Dr Ricardo, mais triste que qualquer um de nós, pois não é fácil perder uma eleição.
Por outro lado, fico ansioso de ver como serão certos comportamentos do futuro prefeito. Não desejo-lhe sorte, pois isso ele não precisa, desejo-lhe visão de perceber que o povo clama por dias melhores, que o servidor clama por dignidade, que o pai e a mãe tenha médico, remédio e atendimento minimamente humano.
Parabéns? Não estou feliz. Mas fico feliz por ter a certeza que nada será pior que esses 4 anos que tão longamente passamos.

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