E em rápidas olhadas na última
sessão da câmara, sexta, que não era 13, pode-se notar um verdadeiro turbilhão
de mensagens subliminares e outras tantas mais diretas. Na parte “mensagens
subliminares”, entendam “piadas”, pois subliminar requer um pouco de inteligência.
Mas algo me chamou bastante atenção, que
foi a participação da divina evocação do imponderável: "bondade" dos
nossos políticos.
Quixadá se situa no Brasil, mais
precisamente no Ceará. Acredite, após tanto “mim”, essa explicação é devida. A
política daqui é igual à política de qualquer local do país: conchavos, acordos
e trocas. Quando surge alguém querendo fazer algo pelo povo... "Compra,
pra não dar trabalho mais tarde".
Eu mesmo não me preocupo muito
com a sociedade. Nunca doei sangue, nunca participei de manifestações, nem
recolhei bichos pelas ruas, ou garrafas PET e muito menos fui ler livros em
escolas, creches ou asilos. Ou seja, eu sou um cidadão praticamente
imprestável.
Dentro disso, vejo intermináveis
discussões sobre quem é culpado e quem não é inocente. "No Brasil é
assim!", "Em Quixadá não é diferente". "Mas aqui perto é
assado!"... A Suíça não é tão longe, também...
Então, a culpa é do eleitor ou do
eleito? A culpa é demográfica ou social? A culpa é dos incapazes ou dos
incapacitantes? A culpa não é de quem esteve ou de quem está, isso eu sei.
Talvez a culpa seja minha, por
acreditar que os políticos vão mudar. Eles, assim como nós, mudamos quando o interesse,
em mudar, é um benefício irresistível. Ou não é?
A política é a unanimidade do
interesse. O povo, esse, aquele ou qualquer outro, paga pela própria
ignorância, quando deixa ser levado pela voz do interesse próprio.
“Como nenhum político acredita no que diz,
fica sempre surpreso ao ver
que os outros
acreditam nele”.
Charles de Gaulle
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