quarta-feira, 18 de abril de 2012

Atrás do vento...

Por baixo dos olhos e dos pensamentos
Miríades caem por todo entardecer.
Trazidas das profundezas da alma
A calma,
Dispersa e vazia, em nada me faz entender.

Por baixo dos olhos a solidão cansada
De contar constelações e amanheceres.
Jogadas na cara de todas as formas,
Transbordas,
Cor do aluvião, dos sentidos seres.

Por baixo dos olhos a penúltima lágrima;
A estrela encantada cheia do proibido fruto.
Calada, ao sopé da boca alheia,
Semeia
Infindavelmente meu luto.

Por cima dos olhos a luz refaz seu caminho.
Agora, sozinho, não querendo mais ser.
A dor não existe como antes
Vozes navegantes
Se vão ao primeiro raiar que romper.

E nessa terra de tantas perguntas perdidas
Não fazem mais as respostas Suas sentido.
Escrevo pelo bem da minha loucura,
Que me assegura,
Realmente estar curado e perdido.

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