segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Desculpe os erros de quem ama.

Parte do amor é uma dor profunda;
Dor que mata, fere, mas que sempre passa.
Muitos, sem ela, vivem sem graça,
Não por não amarem, mas por não tentar.
Sei lá, será que tenho tanto amor em mim?
Será que tudo que já tive foi amor...
Coisas acontecem e com elas vem o fim,
Porém, porque não tentar?
Parte do amor é um fogo triste,
De chama azul, celeste como o mar!
Muitos feridos nesse fogo se curam
Mas os poucos que perduram...
Mal querem lembrar.
De um caso, chamam amor!
Num retalho de lembrança é carinho!
Um afago, um torpor, um sorriso...
Mais que isso preciso pra chamar de amor.
Que me lembre;
Que me esqueça;
que se dane!
Isso sim é amor verdadeiro.
É justo, como uma jovem injustiça.
É lento, como uma dor triunfal!
Seca os mais jovens;
Nos mais velhos morre;
Contamina o vento; mata o ar...
Tanto tempo, e mesmo assim, ainda dá.

Autor do amor, o jovem poeta,
Entrega-se aos vícios do próprio amor.
Traz em si o soneto-profeta:
Aqui jaz mais levado pela dor!

Diz querer mais, e sem mais querer,
Trafega entre os mundos sem maldade.
Tranca o peito, entregue de ansiedade,
Por saber se amor ainda vai ter.

Insano... Quem sabe. Doente e mundano;
Figura triste das maiores tristezas.
Pequeno e sombrio no seu próprio oceano.

Espera encontrar atitude e nobreza
Pois mais quem dera certeza
No seu perdido pensar.

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