Terno riso de sonho insano
Preparo o suspiro do mal-feito,
Quero tudo que sem direito
Possa eu ter de desengano!
Pois quem diz a minha hora
Faz pensar que sou plebeu,
Diz: “sem dinheiro que nasceu,
Este pobre que implora!”
Nem farelos, nem migalhas
Ponha aos meus pés, senhora.
Mas vivo de comer estas falhas
Vivo delas sem ter glória
Sentindo, contudo, agora:
Vexame, cobrança e vitória!
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