quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A bem da verdade

Você não me ama...
Me agüenta;
Também não me quer
E me sujeita
A viver na espreita
Em busca de cama...
Quem é afinal?

Duro viver, ser ausente.
Teu remorso vive assim...
Tampouco os olhos dizem
O que queres de verdade
Pois que já na tua idade
O mal já presente
Esconde quem quer ser.

Ninguém mais te ama.
Estais solitários.
Um pobre ordinário
A mal se fazer.
Que queres da vida?
A vida te chama...
Você não me ama
E nem mesmo a você.

Vi um dia, num claro dia,
Tudo o que fostes pela vida.
Nela estavam, em ausente presença,
Sorrisos e braseiros
Como naqueles tempos...
Deixaste por dentro
O tempo apodrecer.

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