Não existem meios-termos na política: ou se é de um lado ou se é doutro. No caso, não referido, dialogo com o problema IPMQ.
Como funcionário que ainda sou, ninguém gosta de pagar mais contribuições. Mas também como funcionário, devo me abster de dizer os erros ou acertos da administração, principalmente, em questões de e que envolvam política. Quem quer ser político, não deveria fazê-lo enquanto funcionário. Não tenho aspirações nesse sentido, pois, normalmente, minto pouco e com o passar dos anos, cada vez menos.
Ser político é, primeiramente, um ato mentiroso. Falo isso de quem está político ou quem vive isso diariamente, algo que passa longe de ser meu caso...mas ser político é, além de mentir, omitir interesses e razões dos porquês.
O político não deve dizer o que pensa, deve dizer o que o povo quer escutar. Mas aqui, nesse ponto, deveria ser o político ideal, aquele que mente por um bem maior. Se a cidade tem um problema, se você é político, a culpa nunca é sua...ou alguém aqui já ouviu um político dizer que errou? Eu nunca vi! E tenho certeza que tenho muita experiência de ouvir e falar com os políticos locais.
Ultimamente tivemos a votação de um projeto de lei que busca equacionar o IPMQ. Pulando todo o blá-blá-blá, digo e repito: ser político é mentir e nunca assumir culpa de nada. Então os que aí estão estão mentindo? Não! Os que passaram, mentiram? Com toda certeza! Eu estou mentindo? Não faço a menor ideia. Mas que existe um culpado, ou melhor, culpados, isso sim existe. Mas o culpado primal, aquele que é culpado a cada 4 anos de eleição, é o povo. As pessoas vendem seu voto, cada vez mais caro, e depois querem cobrar coerência... meus amigos, não muitos e poucos queridos, aprendam a se contentar com as "coisas" que compram e vende. Se seu voto vale 100 reais ou um pneu de moto, como você pode ser compadecer com alguém que está nos hospitais da vida ou nos buracos das ruas... as pessoas mudam de lado como mudam de rua: de acordo com o interesse. Mentem ao cobrar dos políticos, mentem ao ser dizerem indignados, fingem preocupação, mas na realidade, não estão nem aí para o que é certo ou errado... e como diria o popular ditado: farinha pouca, meu pirão primeiro!
É assim e sempre será. Entrará "perfeito"( você não leu errado), sairá perfeito, vereador e afins, e tudo será como é e como sempre foi: apenas migalhas que caem da mesa. Isso sim o povo gosta! Apanha, apanha e pede: bate mais! Parece outra coisa, mas é apenas política. Mais uma sessão, menos uma sessão, todos indo para suas casas e amanhã é um novo dia para olhar no espelho e mentir para si mesmo: eu faço isso pelo povo! Faz nada! Ou faz muita coisa, ou faz mais ou menos ou me engana que eu gosto.
Os políticos são apenas nossos representantes. Simples assim. O poder, que dizem emanar do povo, é desconhecido, ninguém nunca viu. Porém, o povo acha que o tem quando quer apenas falar mal ou defender o seu lado da rua da política local ou estadual ou nacional.
Por isso eu digo e costumo repetir insistentemente: estou nem aí para o que o povo acha ruim, pois se acontece, acontece quando o seu lado da mesa está vazio, povo. Este que grita é o mesmo que se cala quando seu lado da mesa está cheio. Não vejo ninguém defendendo o funcionário público, ele tem o direito de permanecer calado e tudo que disser poderá e será usado contra ele. Por isso, calo eu, calo tu e nada para ninguém, nunca!
Para finalizar, como diria o gaiato: é miocalá.