terça-feira, 28 de abril de 2015

Um minuto de violência


Esse é normalmente o tempo que dura um ato violento em nosso município. Um assalto, um homicídio ou até mesmo um desentendimento em uma festa qualquer. Após isso, escuta-se e propaga-se o "quem foi, onde, manda as fotos, escapou, pegaram, vai morrer também".
Nada além da normalidade.
Daí vamos pelas matérias sobre violência, noticiando a extrema realidade dos, quase sempre, "não mais viventes".
A violência, praticada, tornada subjetivamente, ou ato violento, decorre de descontrole volitivo ou controle vingativo. A pessoa que violenta, expõe e dispõe sobre outrem, vingança ou revanchismo. A morte, mata a vítima, claro!, mas mata muito mais que uma pessoa ou cidadã, mata "os dias melhores virão".
Cada morte praticada, independente de quem venha a falecer, coloca em suas extremidades, relatos de vidas; impõe o choro e a mágoa, criando nada além do que um mal.
Como combater a violência?
Em sociedades educadas, culturalmente civilizadas, algo que não é o caso brasileiro, matar é incomum.
No Brasil, essa normalidade chega a 60 mil vítimas, diretas, por ano. Digo diretas, pois a morte violentamente causada, ultrapassa o simples ato de apertar o gatilho ou esfaquear. Tal ato, arrasta famílias, já desconstruídas pela banalidade da vida, para a masmorra do conformismo, pois "é assim mesmo".
O poder público, omisso, trata a diminuição de taxas ou o aumento de outras, como se as pessoas fossem meros bonecos de pano, substituíveis se suas cabeças são cortadas ou se suas mãos se atam pela mordaça do conformismo.
Falta educação! Falta educação! No caso, "a falta dos fatores, altera o produto". Fatores de risco, tais como drogas, bebida ou desemprego...

continua...