Incrível como o ser humano é
reacionário! Deveríamos ser pensantes, mas não dá tempo, pois a paixão nos
governa! O amor? Temos a cada dia e
damos a quem mais agradar. A razão? Esconde-se no peito e quando se vê, meio
sem jeito, chega pra nos salvar! Que é que há... Deixa a saudade pra depois,
vira a página, a vida é muito mais que sofrimento! E quanto tento... Quanto
espreito... Vejo sem jeito, até parece impossível mudar! O amor é o ódio; eu
odeio o amor! Faz pouco tempo e eu apaixonado! Agora é raiva, é revolução! É
EXCLAMAÇÃO! Mas não acaba. Abre-se uma nova aba, um novo amanhecer.
Ensinaram-me a resposta, mas não como encontrá-la. Disseram que é possível
todas as impossibilidades. Falaram a verdade. Mentiram com a mentira. Atira!
Eis ali a primeira pedra. Mostre, jogue e machuque.
Incrível como o ser humano é
idiota. Poliglota do próprio sofrimento. E o descontento, já acabou? Já
amanheceu... O dia? Não, a noite! Que imbecilidade... Frutos de nossas
verdades, querências e movimentos, não fazem um bom poema sempre que o amor
está aqui. É revolução do coração da razão e do “por que não”? Abre-se e
conta-se uma velha história. Não há nada de novo. De novo mesmo, só as olheiras
de tanto pensar. Incrível como o ser humano é humano; é um erro atrás do outro.
Justificado... Nem tanto, pois jamais entenderão.
Pode-se amar um dia, mas nunca o
dia todo. Pode-se amar um minuto, mas sempre haverá tempo pra odiar. Pode-se
amar de verdade, mas nunca amar a verdade e o amor. O amor é mágoa e inconstância,
absoluto; enquanto a verdade é relativa. O amor é par, a verdade é infinita! Incrível
como o ser humano é fútil: Não sabe nada do amor, mas venera suas paixões.