sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Eu não sei não.

O poeta, criado da dor e da lamúria,
Faz da tristeza o solo fecundo.
É maltratado, vive na penúria...
Não vê saída, só enxerga o fundo.

É um pobre, por assim coitado.
Não é rico, só de tristeza.
Vive de sonhar acordado
A amar sua própria beleza.

Sua alvorada é ávida de enganos.
Seu coração, inútil, já morreu.
Desconhece, se é que tem planos,
O dia que nem mesmo nasceu.

Por fim, e mais ainda pro norte:
Não há nada além do poeta.
Nem a morte tivera a sorte
De ser assim tão completa.

...por enquanto.

Nesses dias um descontento
Um sabor diferente me destrói.
Contamina pensamentos
E ao coração corrói.

Não é fácil descrevê-lo
Pois está dificil na mente.
É como choque no cotovelo
Ou um azedo no dente.

Não é fácil assim sentir-se
Entorpecido pela maldade,
Enojado por estar triste.
Ferido pela "deslealdade".

Uma coisa é certa, eu sei:
Há algo muito errado.
Mas é assim que fiquei
E por enquanto é meu estado.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Parabéns, você conseguiu.

Quantas coisas se perdem...
Quantos ficaram pelo caminho.
Quem nunca chorou por amor,
mesmo não estando sozinho?

Quantas coisas já ditas...
Quantos passos e receio.
Quem jamais ficou triste,
esperando por quem não veio?

Eu nunca soube amar direito.
Jamais fui o que esperavam de mim,
Mesmo quando estive feliz.

Eu jamais serei perfeito.
Nunca digo que é o fim,
pois não sei o que ele diz...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Manu...

Perder faz parte de tudo que fazemos; assim como deveríamos valorizar o que temos. Ninguém vem aqui sem que deixe saudades; assim como ningúem se vai sem deixar lembranças. Perder faz parte do nosso aprendizado; assim como se perder deveria ser normal. Ninguém vem ao mundo por acaso; assim como não nos fazemos sem quer. Perder faz parte de muitos alivios; assim como deveria fazer parte a arte do ser feliz. Ninguém deixa saudades por acaso; assim como nada acontece por nosso querer.
Perder é uma fase. Perder é um dom humano, que nenhum outro animal tem. Assim como a mãe que perde seu filhote, ninguém merece perder.
Perder é uma frase. Perder é um momento. Ganhar, principalmente lembranças, não nos faz mais tristes, mas deveria nos fazer refletir.
Perder é uma esperança tardia. Perder é um disabor "desgraçado". Ninguém deveria ter raiva de perder; perder faz parte. Perder é oferecer a cara; é deixar de existir. Ninguém deveria ficar triste, assim como a saudade deveria ser alegre, por assim dizer.
Ninguém sabe da dor da saudade alheia. Ninguém sabe o que é sofrer por alguém que vai. Ninguém deveria chorar jamais...Mas não é assim que é.
Perder faz parte de tudo que deveríamos fazer; assim deveríamos valorizar todos os momentos que temos.
Perder é uma frase: perder. Perder é uma oportunidade de crescer... Perder é um alivio, um castigo e um acaso. Perder ninguém é que é ruim. Não ter ninguém para perder é que deve ser triste. Não ter ninguém pra lembrar... Não ter ninguém para para sonhar... Impossivel não perder alguém. Todos temos a lembrança e a esperança de não termos que perder ninguém.
Perder faz parte desse mundo. O outro mundo é que ganha quando perdemos. Hoje, é assim que falo do que todos perderam: triste, mas sabendo que ninguém vem ao mundo por acaso; Manu Costa vai deixar saudades... Felizes saudades.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

BpK.

Depois que é tarde
Vivemos sonho e saudade
Amor e amizade
Mentiras e verdades

Depois que é tarde
O amor vira saudade
O sonho amizade
E tudo nos invade

Invade o peito; amargura.
Transforma e desfigura
É sem noção da aventura
Que desce infinitamente

Até que o suspiro brilha
A gente transpira
O coração respira
E você pressente:

Agora é tarde
O amor é relampejo
O sonho, despejo
E as verdades, infinitas.

Depois que é tarde
A saudade arde
O amor se abate
E o sonho acaba.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A incrível arte de se enganar.

Não é segredo, e nem tampouco mentira, o quanto nos enganamos deliberadamente. Achar "nisso", acreditar "naquilo", no mundo dos erros é totalmente aceitável. Pena que muitos erros tem consequências além das nossas possibilidades.
O voto errado é um exemplo ímpar disso. Ao votar errado infligimos pena de no mínimo 4 anos aos nossos eleitores amigos e desconhecidos, que participam da "democrática" forma de alocar bandidos no poder. O poder não veio aos políticos com a intenção de melhorias. Ele veio com a pura intenção de dar certezas e garantias, que iríamos ser roubados. O poder é fictício, assim como é fictício o pensamento que existe democracia. Já foi pior? Já foi melhor? Vai ficar pior ainda? Vai sim.
Olhe pela janela um instante e veja a deseducação. Os governos populistas e "populares" querem isso: que você fique alienado com as “mudanças” que nunca chegam, mas que vão chegar. "É novela neles", diria algum político da situação. Empurra o carnaval, a semana santa, festa do município, férias, feriados dos mais diversos e tudo que puder e não precisar existir. Temos que nos divertir? Evidente, claro e com certeza! Quem não se diverte leva uma vida morosa e sem graça, e a vida passa rápido.
Mas qual é a hora da reflexão? Nas igrejas impregnadas de pedófilos? Nos cultos inchados pela sede de dinheiro? Nos pastores que pouco pastoreiam? Ou nos padres que muitos não tenho a coragem nem de pegar na mão...
A consciência política vem do berço. O berço pode ser balançado por qualquer um, desde que seja e tenha valores. Não é porque meu pai é azul que eu tenha que ser assim. Minha mãe vermelho e eu de foice na mão. Meu avô “antigão” e eu querendo a volta dos coronéis! Temos que ter identidade e principalmente, valores inseridos nessa identidade. De nada adianta “militar” em favor próprio, se não houver um valor socialmente legítimo.
“Eu milito em causa própria”. Sério? “ Sou dessa ala”. É mesmo? “Eu apoio o Dr. Fulano, porque ele disse que vai me dar um cargo de confiança”. Coisa boa... Mas só pra você. Isso é o que destrói a nossa “democracia”. O povo só quer saber de ganhar e nada de repartir. Isso é consciência? Pra mim, isso é assalto! Você está roubando votos!
Quero ser um ladrão de ideias ruins. Escrever ou falar, apenas, em nada irá mudar o que está ai. Mas fazer nada é que não dá. Qualquer palavra que traga o mínimo de reflexão, deve ser dita. Mesmo sabendo que alienação é algo fisiológico. O corpo sofre com isso.
Meus textos procuram tratar bem o que “acho” errado e tentar dar um alento aos que pensam: Aqui ainda existem pessoas pensantes e principalmente, reflexivas. A verdade é só uma e única é a verdade: ela não existe. O que pra mim é roubo, pra você é obrigação. O que pra mim é tristeza, pra você é militância. O que pra mim é lamento, pra você é motivação.
Triste do povo que não se respeita, e aqui somos assim. Trato bem o mal para que ele saiba que não sou igual a ele. Trato bem os políticos interesseiros e eleitoreiros, para que eles reflitam e saibam que existe alguém por ai que ainda pensa. Vocês, políticos, não são nada; o povo é que é. O povo é o poder, mesmo que destituído. O povo é o olhar triste, mas esperançoso de dias melhores e certos.
Sei que um dia, mesmo que utópico, a moralidade e o valor serão as molas-mestres que segurarão a mão dos necessitados. Não precisaremos dos “favores” e nem das mazelas que eles trazem. Votar errado é uma opção e não uma obrigação. Se alguém deve, mesmo que minimamente, porque ariscar e jogar seu voto fora? Lembre-se, são 4 anos e não apenas 4 dias. Você passaria 4 anos sem comer? Pois deixe político sujo 4 anos sem receber “abonos”.
Lugar de político ladrão e desonesto é na cadeia. Mas se a justiça não manda prender, você eleitor, tem o poder de deixá-lo em casa, assistindo novela. Duvido que ele queira passar muitos anos mais tendo um coração insensato.
Eleitor, cidadão, militante, o poder é seu. Só você pode mudar o que está ai. Nesse carnaval divirta-se, mas não se esqueça de voltar e refletir um pouco. Impossível? Certamente, mas como acredito em forças maiores... Quem sabe.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Triste.

Nossa cidade é uma projeção da nossa casa. Tudo que está lá fora, começa aqui dentro. As pessoas "ruins" são fruto e desfruto dos nossos desmandos. Não há como falar em imparcialidade ou versões, pois não existem lados que não estejam "premeditados". Ver e ouvir as pessoas dizerem que estão preocupadas com a cidade, é no mínimo cômico para não dizer trágico. Muitas eleições virão, como tantas outras que já passaram; muitas pessoas votaram e se arrependerão, pois nunca pararam pra ver que ninguém está nem ai pra nada. Eu não estou nem ai pra nada, assim como uns poucos acham que estão. A cidade está entregue as baratas, as moscas e aos bandidos. LADRÕES MESMO! Assim como aqui, na capital e em qualquer canto desse mundo. É nítido ver que nada vai mudar, pois a geração que está ai não tem preconceitos, e sim, premeditações. Somos e estamos fadados a vitória e qualquer coisa menos que isso é derrota. Os políticos daqui, como os de qualquer cantos do país, só querem mamar e mamar. Se aparece o fulano, quer ter vantagens. O sicrano diz que vai esquecer, o outro diz que nem lembra. É tudo um conchavo e uma falácia. A política e a vida andam juntas, mas somos nós que deveríamos nos certificar disso realmente acontecer. Não podemos deixar que a política faça parte apenas da nossa revolta diária, temos que trazê-la para a nossa mente, refletindo sobre ela e como podemos mudá-la.
Quantos políticos vão a igrejas repentinamente e coincidentemente em época de campanha? Eles só invadem a nossa casa? Porque não invadimos a casa deles? Invadir cobrando vergonha! Mas essa vergonha tem que partir de nossa realidade, buscada a finco, dia a dia. Não adianta cobrar algo que não temos, honestidade. Não adianta saber e fazer de contas que não estamos sendo usados. "Ai eu apoio o fulano porque ele é o melhor". Se nem nossos pais, às vezes, são o melhor! Não respeitamos nossa família, mas respeitamos e IDOLATRAMOS quem, a custa do povo, enriquece.
Não existe nessa cidade ninguém honesto ao ponto de dizer: " Na minha casa não tem um centavo do dinheiro do povo". Uma prefeitura falida de pessoas e uma cidade "rica" de mentes miseráveis. Uma cidade que festeja durante 4 minutos, um ano que durou 365 dias!
Em algum momento desse texto eu quis DIZER muito mais coisa, mas ainda quero sair na rua amanhã. Dá vontade de esculhambar mesmo. Sou cidadão quixadaense e morro de vergonha de ver a cidade abandonada. Tenho duvidas se eu poderia fazer algo diferente, mas se não faço nada de concreto, pelo menos tenho coragem de dizer que eu e todos nós somos INCOMPETENTES. Assim somos, por nos permitir achar que "lá fora" a coisa tá feia, sabendo que a coisa está feia dentro de nossas casas. Pais e mães que mandam filhos as ruas sem preparo nenhum, são tão incompetentes quantos políticos que não sabem fazer nada além de roubar.
A partir do momento em que a família se perdeu dentro de casa, o mundo lá fora esqueceu que a família existe. Assim, deixemos de hipocrisia, em pensar que lá fora é que está o problema, e nos resolvamos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O poder insípido da mente.

Os olhos se abrem após falsarem a realidade e a ela retornarem. Foi apenas mais uma noite de sono; poucos e não lembrados sonhos. Parece, por alguns instantes, que tudo está diferente e que essa é a diferença que irá salvar meu dia! Respiro mais uma vez... Outra vez... Aos poucos tudo vai ficando mais nítido e normal. Eis que dou o primeiro passo e outro e outro, até chegar a porta. Abro. Observo. Calculo se poderei chegar até a cozinha sem “nenhum obstáculo humano”. Eis que isso é impossível... Aqui parece lembrar de um trecho do sonho que tive essa noite. Pessoas, elas ainda estão por aqui.
Passada a “euforia”, dão-me bom dia. Dão-me pão ( o circo é daqui a pouco). Oferecem de tudo... Eis que mais um trecho do sonho relembro. Mais uma vez as pessoas... Saio dali rapidamente. Busco ligar novamente meu quarto. Nele ligo a vida e as novidades; elas são muitas, mas é como diriam: “mais do mesmo”. Nada de muito novo. Coisas comuns de um cotidiano nefasto. Dificilmente pessoas importantes são pegas de surpresa. A mesma coisa todo dia e todo dia a mesma coisa.
Tento acessar meu “face”. Estou online. Pessoas estão on. Conectados, ávidos e prontos a verem o que temos a dizer. É uma busca por sonhos... Eis que mais um trecho da noite me vem à mente... Busca... Pessoas... Parece que as tento buscar e nelas encontrar um pouco do que não tenho...
Perdido entre bits e downloads, saio um pouco na calçada. Aqui que tem informação demais! Parecem que as pessoas realmente estão aqui fora. Um mundo digno dos palhaços que nos “alegram”. Mais um pouco, vem um e fala. Outro “dá” com a mão. Buzinas. O sol incomoda. A árvore não é suficiente para aplacar a voracidade solar. Desisto. Volto, fecho e me tranco novamente. Mundo doido. Existe e ao mesmo tempo não. Realidade?! Vai saber qual é...
Chega o almoço, e depois aquele sono... Hora de sonhar? Ainda não, não consigo. Calor e barulhos na rua. Agora um pouco de silencio e calmaria. A mente parece insípida. Hora de relaxar...
Aula, rua, professores, rua, trânsito, buzinas e mais gente. Essa gente parece que não some. Por que não vivem em outro planeta? Sala, sentar, silencio... Aqui não vai mudar nada a realidade lá fora. Intervalo, amigos e blá blá blá... Comida. Malefícios. Gordura, pressão e depressão. Hora de voltar pra casa, aqui já deu o que tinha de dar hoje! Uns perguntam se já vou... Outros sequer sabem que cheguei. Mas certamente ninguém se importa com nada disso. Nem eu me importo.
Bye, teacher! Hi, home! Mas antes... Trânsito, pessoas e mais pessoas... Esse povo parece que não tem outra coisa a fazer! Droga, buraco FDP! Prefeito, isso. Bando de incompetentes! Casa, finalmente. Aqui estou seguro... De quê mesmo? TV... Vou nem comentar o que estão assistindo. Dormir que é melhor.
Calor. Calor. Calor. Ventilador. Sombras e a luz amarela da rua... Podem entrar, já tem coisas bem piores aqui dentro mesmo. Sono... Sono... Sono...
Nossa que sonho estranho. Sonhei que tinha passado o dia sem sentir nada. Senti apenas o que o sonho havia me dito. Sonhei indo e vindo, mas não sonhei porque fazia isso. Sonhei andando, caindo, falando, mas não sonhei porque fazia isso. Sonhei que tudo era a minha realidade, mas não sonhei o porquê disso. Sonhei com as pessoas, mas não falei com elas sobre nossa realidade. Será que muda, ou tudo é apena um grande sonho? Não sei dizer.
Quem sabe se eu sonhar a vida toda, transformando isso na realidade... Não ia funcionar, pois o mundo nunca respeitou os sonhadores. Eles não causam nada além de alentos e esperanças. Revoluções sem sangue ou sofrimento... Quem sabe um dia! Quem sabe o sonho um dia seja realidade e eu possa gostar das pessoas. Quem sabe elas passem a se respeitarem e assim respeitem os idealistas.
Por enquanto, “ando só e só eu sei, aonde ir, por onde andei...” Ando só e eu sei por quê. Não é ruim viver sonhando, ruim é viver de sonhos... Pelo menos nesse mundo é assim.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cordeiros do mundo.

Desde muito cedo aprendemos que OBEDECER é quase que um dogma a ser seguido em nossas vidas. Apanhamos ao desobedecer a pai ou mãe; apanhamos na escola por desobedecer à professora; apanhamos se não entregamos o dinheiro da merenda ao valentão da escola.
Na mesma escola aprendemos a obedecer aos rituais da moda, seguindo a miúde toda e qualquer “tendência”.
Roupas, brinquedos e nossas primeiras decepções, pois quem tinha dinheiro pra tudo comprar? Daí vem nossa segunda lição: além da obediência, agora temos que vencer a concorrência para “termos”. A qualquer custo e custe o que custar, demovemo-nos de toda e quaisquer dificuldades, para passarmos por cima da nossa vivencia.
Não existe, e se existem, aprendemos que tímidos, negros ou pobres são de outra espécie que não humana. Não existe pessoa quando não se está de acordo com a maioria. Temos que obedecer aos limites impostos e não aos limites que temos, por sermos.
Somos como as ovelhas, tratadas e cuidadas para obedecer a uma força maior. Nossa vontade é secundária diante a “dureza” da vida. Não podemos, temos que conseguir!
Religiões, times de futebol, “gosto” pra isso, “gosto” pra’quilo, simplesmente não existem. Somos como uma máquina de caça-níqueis, onde nossos pais “investem” suas moedas na tentativa de sermos aquilo que eles imaginam.
O ser humano há muito não é respeitado, já chega levando palmada quando nasce; já chega “pra apanhar da vida e ser vencedor!” e se nasce brasileiro? Vixe, F*deu, pois “brasileiro não desiste nunca!” O brasileiro é filho de Deus...
Somos filhos de nossos pais. Isso pelo menos é o que dizem. Sabe-se lá... Tudo é questionável a luz de tantas mentiras que vemos no dia-a-dia.
Nossos pais de verdade carecem e aparecem durante toda a vida, ensinando-nos; costumo chamá-lo de ser-contrário, o fugitivo das normalidades. Onde eu mando e ele obedece meus instintos. Assim, mais do que ser, procuro não ser, impedindo que “batam” eternamente em mim.
O homem jamais desperta após uma agressão, ele se subdivide em ódio e vontade de ser outra pessoa. O homem não foi feito para progredir, foi feito pra ser livre e autor de seu destino. O homem não foi feito de barro, pois mão nenhuma é mais capaz do que aquela que é livre para acenar ao destino que quer.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Segundas e suas intenções.

Eita que hoje é dia de mudar. Segunda-feira das intenções mais queridas e precisas. Dia de todas as promessas... Que bom que fosse de todas as promessas mesmo, tipo como cumprir as de campanhas passadas. Mas olhando bem, não seria um bom dia!
Hoje é dia das pessoas que querem mudar; hoje é dia de mudanças boas, para melhorar: saúde, fazendo aquela caminhada; atitude, reunindo e jogando fora velhos hábitos; mas um dia é pouco demais quando uma vida inteira foi o bastante.
Temos isso em nós: o imediatismo circunstanciado. Dele veem todas as promessas e atitudes sem valor algum. Somos feitos para nos adaptar a vida que levamos e não é possível que a vida faça por nós o mesmo. Ou mudamos ou tudo muda pra pior, e o pior, sem nossa vontade.
Muito melhor vencer aquela barriga do que vencer uma futura cadeira de rodas; muito melhor vencer uma tristeza, do que uma depressão; muito melhor ser amigo de si mesmo, do que esperar pelos outros.
Somos e muitas vezes não entendemos o que somos. Vida é cuidado individual e coletivo, mas não os dois ao mesmo tempo. Vida é esperança acompanhada de ações; vida é sonhar e acordar.
Que façamos de todos os nossos dias segundas-feiras, para que juntos ou separados, cresçamos sem a necessidade de apenas prometer.
O homem vive de realizações; quem vive de promessa é político! Então, seja uma boa mudança no ambiente em que vive e será o espelho em que todos querem se ver.
Mude para melhor e deixe o que passou para trás.


Bom dia!