sábado, 23 de abril de 2011

Broken.

Hoje quis lembrar, quis esquecer o poente;
quis ser e ao mesmo tempo não estar.
quis ouvir algumas vozes a frente,
quis saber o que me faziam lembrar.

Ontem, eu nunca lembraria de hoje, jamais!
até os sons que agora escuto, vários,
não dizem mais o que faltava, e mais
Agora, eu não pintarei nosso armário.

até já quis mudar as nuances e cores,
mas a noda, a lata de som turvo e cumprido,
nos vestidos e nos pobres amores.
está cada vez mais forte, acabando comigo.

amanhã, talvez, eu não lembre de tudo isso,
que ontem fui alguém ao teu lado.
os contos que escondo, sob feitiço,
mataram, mas não queimarão meu fardo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ei...

é fácil e nada é fácil
tão quanto um erro cometer
vista seus sonhos na realidade
e a verdade tudo será
o que te impeça parecer.

é fácil e tudo é fácil
tão quanto alguém possa correr
das buscas e dos sofrimentos
é mentira que tu podes
mais do que podes fazer.

é fácil, é muito fácil
tão quanto possa a morte mecerer
pensar o quanto é longe
as palavras dificeis
que eu nunca poderei dizer.

é brisa, é fácil
o amor que tudo possa ver.
imaginar, permitir
amar mais do que eu possa amar...
é um erro que todos podem cometer.

é lindo, é fácil
todo amor que eu possa abraçar
é amor fiel e fatigado
sempre e pra sempre ele acaba
enquanto não estou preparado pra perder.

é fácil, tudo é fácil
diante tão quanto eu possa ser:
um pássaro, um galho, um ninho
ou um orvalho, é fácil, muito fácil
ser o que queremos ter.