domingo, 27 de março de 2011

Embebido

quero me atar nessa corrente
e descer lentamente
para o fundo do mar.
espero que não insista
e que logo desista
de nós "matar".

nesse mágoa besta
que desde sexta
fere meu pensamento.
Posso viver em descrença
morrer de qualquer doença
mas nunca de arrependimento.

é luto que me machuca
é farra, é luta!
é nobre queda e descida.
é suor, é morada!
é tudo ou nada...
é minha querida.

sou leigo, evidente.
há quem saiba mais a frente
que nada podemos fazer.
pois o destino, sendo traçado,
mata, do lado,
quem não deveria morrer.

mesmo estando em pedaços
não se acabam os laços
que a vida quis unir.
pois é tão perfeita a bravura
que a nossa cura
é não querer desistir.

e dessas batalhas perdidas
não há preferidas
e nem as que quero fugir.
lutarei todas elas,
as feias e as belas
que nos há de submergir.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mera mente.

Tu tens um troco pra me dar?
pode ser qualquer coisa.
podes também me emprestar:
um abajur, uma roupa,
uma demão de tinta
ou um brinquedo.

se nada tens a declarar,
pois dificil é a vida e isso sei,
quanto vale esse risco no teu braço?
posso comprar? ou vai me vender?
é pra gastar? é pra ouvir melhor?
ta bom, posso esperar um pouco.

mas me dê uns conselhos,
esses dizem ser grátis e baratos.
perca seu tempo e ganhe crédito!
dilua seus pecados e seus gastos.
alguns valem a pena e outros se perdem,
será que devo tê-los?

melhor do que está ou pior ficar?
mas porém com tanta duvida...
hei de querer outros tempos
onde nunca se perde uma luta,
e que eu tenha menos a doar
indo assim mais a frente.

sem olhar pro lado e evitando
os olhos, as pessoas, e seus sentimentos.
não sabemos quem é esse a frente
e nem aquele que "matamos"...
mal sabemos quem somos
o que dirá com quem estamos.

devagar, em frente: sempre! sempre.
pensando: pra cima! pra baixo!
quero perder o que tenho e conquistar.
evitando tantas coisas inuteis, sem graça.
renovando todos os passos possiveis
e reanimando os impossivelmente improvaveis.

sábado, 19 de março de 2011

Um segundo sol.

não sei se te conheço ou se te fiz
de tanto olhar pra lua e refletir.
alguns sons, teus, vem de longe e não os escuto bem;
alguns amores são impossiveis, porém, não são pra mim.
a última mão que toquei...
a última lembrança feliz.
o último amor que vivi
não são para mim... não são para ninguém.
é tão confusa essa mente.
não são para mim... não são de ninguém,
nada é tão inutil quanto a minha alma.
não dá pra vender. não dá pra calar,
só te sabe sentir e nem te sabe agradar!
é inutil como um grão de areia,
mas é parte de tudo e nela tudo há!
alguns amores patéticos;
alguns nem são o que são.
alguns sonhos perdidos,
e outros achados pela rua.
outros vistos de longe, lá da lua!
não são para mim e não são de ninguém,
calam quando falam e amam quando morrem.
tão inuteis como o arco-íris monocromático...
esse sim, diz-me quando parar e refletir:
não sei se te conheço ou se te fiz,
mas sei que está em mim.
assim como a nuvem do céu
que se dissipa, chove, molha e marca.
não são para mim e não são para ninguém,
os amores nascem para a eternidade.
não são para mim e não são verdadeiros,
os amores são fábulas e contos de fada.

sexta-feira, 18 de março de 2011

"...que eu quero passar."

o que vem do mar?
um céu dourado,
um olhar nublado
e um pensar:

qual o seu lugar?
ao meu lado,
de sorriso embargado
sob um luar.

um azul estampado
numa data perdida.
amor, despedida;
assim não a tenho

pois de onde venho
o rumo não é norte
e muito com sorte
você possa achar:

o mesmo lugar
o mesmo poente
a mesma gente
a nossa imagem

perdida na areia
achada na praia
perigo de arraia
encanto de sereia.

o que vem do mar
é o meu céu:
em perfeita lua-de-mel
com vontade de amar.

o que vem do mar?
é tudo que quero
é meu castelo
é meu penar.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Agora vai.

Não é desmerecer quem está a frente e nem favorecer, quem lá, a frente não está, mas nessas horas da na gente saudade do "Oi de bila". Sujeito "jeitoso", pois tinha o seu jeito peculiar; Um cara amigo, há de se dizer. Mesmo que já tenha morrido, o referido, muito por nós poderia fazer.Quem sabe ser prefeito, será que ia faltar alegria? Com obras malucas, há de se resaltar. Mas pense nos benefícos, não haveriam sacrificios para a população entender: como pode ser prefeito um louco e que não sabe escrever? Mas ora vejamos o que ai está: é boa gente, não podemos discordar. É honesto e dele o que podemos dizer? Uns dirão que não faz nada e outros que é do PT. Então está decidido: Próxima eleição troque de partido, e que seja "elejido", "Oi de bila".

De mim, pra eu.

Se eu fissesse um poema por dia,
que me declarasse,
o que diria?
que não sou poético com as palavras
e que as repito
por dias e dias ?

E dessa breve realidade
brotasse a flor
da apatia...
uma quimera de subjetividades,
será que alguém
me entenderia?

Eu que já busco me encontrar
nos loucos tombos
do devaneio,
como posso alguém amar
tendo em mim
tantos receios?

E se por mim me declarasse
que só haveria, assim,
felicidade?
acabaria com a esperança
de alguém...
deiraria saudade?

Ou que loucamente noutra face,
que pequei tornar
em pranto,
que tão doce,
o meu amor,
enjoou do meu encanto.

Meu amor é pobre e sofredor
não se atreve a pensar
em gente.
faz o sonho virar água
e o passado virar
presente.

se eu podesse externalizar
a cada dia
um poema doçe,
jamais declararia o meu amor
a quem quer
que fosse.

Os guardaria para mim: um solitario
a cada passo
e a cada queda.
pois me bastava ser meu amor
a cada sonho
e a cada entrega.

Saberia de cor e saltiado
onde locar a alma
e o coração.
que jamais morreriam de fome
por amor
ou paixão.

Onde eu estive, eu queriria estar
não abusaria da minha
confiança.
deixava livre essa alma louca
que tanto procura
por bonança.

Se eu pudesse que por pouco recordar
do último beijo
que me vivenciei,
certamente não iria deixar
que me dessem
menos do que me dei.

sexta-feira, 11 de março de 2011

viva

O amor é uma página trágica dos corações que não tem amor próprio. Dou o que tenho, ao passo que recebo o que dou.

terça-feira, 8 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Pensamentos meus...

Certamente, existem dois motivos pra viver: Um eu desconheço e o outro me faz acreditar que o primeiro existe.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dê os primeiro.

Sei que o passo é cada dobro um cento.
E que o centro é certo, passo duvidoso.
Não me acabo de começo, tento
Alcançar o que me é mais proveitoso.

Até que achar é fácil e compreendo
Seus motivos perdidos ao meu encanto.
Quando eu passo, não passo, invento.
Quando caio, não saio, vaio e pronto.

Não levanto, bambeio, porém nunca caio.
Levito, evito, acredito, imito e acabo.
Sou a fera que espera a alvorada

A lenda escondida nos olhos d'água.
Cheios de torpor e glória; sou macabro:
Uma mistura de Deus com o Diabo.