quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

ad me.

Alguém disse não entender,
Como se houvesse o entendível!
Absoluto ou incessível:
Quem desses é você?

Existem pensamentos paupáveis
Terras em que se pode pisar
Mas muito além, de mim ou de você,
Nada mais há.

Nessa trilha que te levo
Nesse domo que te choco
Quente brisa de ar que toco
Na sede do saber

Queres tu entender,
Se nada há pra entender!
Se fato nenhum há!

Como há pouco disse,
Duvidas em alguém haver...
Existem pensamentos
Que não existem
Em terras que não se pode pisar.

Muitos dos quais

Eu nem tanto lamento
Que tão poucos tenham ficado
Cada um para um lado
Cada qual com seu vento...
Apenas lamento
Não ter escolhido um lado.

Alguns mais vexados
Outros nem tanto
Sem bem que pra meu espanto
E para um melhor aprendizado
Meu erro não foi ficar,
Foi ter me domesticado.

Há canções que me explicam;
Poesias que confundem...
Barulhos que se fundem
Aos sons mais ousados

Eu nem tanto confundo
Que muitos tenham partido
Coisas que nem mesmo eu saiba
O que querem dizer.

DOg

Você está aí?
Está “entre nós”?
Os “perfeitos” caem
E os pecadores não levantam...
Ainda está aí?
Mesmo?!
Com os mesmos dedos?
Mesmo que não lhe sinta...
Mesmo?!
Não desista.
Que nós pobres e humanos
Podres e tolos... Vamos!
Pedindo... Deixando...
Indo, indo, indo...
Até quando, até onde?
Porém, se deixarmo-lo,
Terás vida?
Serás pobre como nós.
Ignorante como nós...
Humilde como nós!
Aqui paira Tua liberdade!
Somos Tuas tábuas e leis
Prontas para serem apagadas.

A bem da verdade

Você não me ama...
Me agüenta;
Também não me quer
E me sujeita
A viver na espreita
Em busca de cama...
Quem é afinal?

Duro viver, ser ausente.
Teu remorso vive assim...
Tampouco os olhos dizem
O que queres de verdade
Pois que já na tua idade
O mal já presente
Esconde quem quer ser.

Ninguém mais te ama.
Estais solitários.
Um pobre ordinário
A mal se fazer.
Que queres da vida?
A vida te chama...
Você não me ama
E nem mesmo a você.

Vi um dia, num claro dia,
Tudo o que fostes pela vida.
Nela estavam, em ausente presença,
Sorrisos e braseiros
Como naqueles tempos...
Deixaste por dentro
O tempo apodrecer.